Vinte e um.

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New York.
22:39 pm

Um mês depois.

Não tive mais nenhuma mensagem do Dylan e nenhuma ligação, os piores momento eram quando acabavamos ficando sozinhos em alguma sala e eu não poderia fala nada sem que brigassemos.

Ele realmente achava que eu havia traído-o e eu não tinha nada para dizer ao contrário, porque infelizmente isso havia acontecido.

Então, toda vez que ele me rejeitava ou me evitava, apenas suspirava deprimida e seguia meu caminho.

Hoje resolvi sair com a Lucy e as meninas para uma festa em uma balada, me arrumei ao máximo que eu poderia e fui encontrar com elas na pracinha onde nos encontrávamos as vezes nos finais de semana para beber.

Agora estávamos em pé, em uma grande fila para entrar, meu corpo e minha mente queriam estar em minha casa, mas não poderia dar o pé justo agora que já estava aqui e arrumada.

Quando a nossa vez chegou apenas entramos e eu já fui atingida pela música alta e pelas luzes coloridas que estavam por toda parte.

- Vem, vamos procurar um lugar perto daquele barmem gostoso. - Lucy segurou firmemente a minha mão e me arrastou.

- Ele parece gay. - Digo, enquanto o analisava sorrindo para alguns caras, enquanto entregava as bebidas.

- Claro que não, ele é apenas simpático. - Sorriu. - Quer aposta que eu ainda saio daqui com o número dele? - Ela me olhava de um jeito convencido.

- Tudo bem. - Dei-me por vencida, não queria que essa noite virasse uma guerra por causa de um número de celular ou por um barmem que poderia ser gay.

- Que foi? - Tocou meu braço como se estivesse preocupada e logo em seguida segurou minha mão. - Está com saudade do seu professor?

- Cala a boca. - Revirei os olhos. Lucy sabia em partes o que tinha acontecido, claro que não contei nada sobre o Foster.

- Qual é Alissa, o tanto de gatinhos que tem aqui e você está pensando naquele cara? - Me olhou enojada.

- Não estou pensando nele. - Menti.

- Ainda bem, porque temos uma noite inteira pra beber e curti com vários por aqui. - Sugeriu. - É só você escolher o cara.

Apenas balancei a cabeça concordando.

Eu precisava me distrair e esquecer pelo menos por um dia a dor que existia em meu coração e que me torturava todos os momentos.

Dylan fazia muita falta e só agora eu percebi que eu realmente precisava dele, não queria ninguém além dele e ninguém no mundo poderia me fazer tão bem quanto ele fazia.

Eu precisava dele.

(..)

- Vira, vira, vira... - As vozes a minha volta me incentivava a virar mais um copo com vodka pura. Aceitei o incentivo e virei.

Minha vista já estava começando a ficar desfocada, muitas das vezes tinha que me segurar pra não cair, mas desta vez quem estava me segurando era um cara no qual eu tinha beijado, graças a uma aposta da Lucy.

- Você é tão linda. - Ele sussurrou em meu ouvido. Eu não consigo lembrar o nome dele, muito menos a idade ou qualquer coisa do qual conversamos antes.

Não respondi ao seu elogio, apenas me aproximei dele e o beijei.

Me agarrei a ele com força e aproximei meu corpo do dele sem me importa com quem estivesse olhando ou com que falassem.

- Vamos sair daqui? - Sugeriu contra meus lábios.

- Vamos. - Peguei sua mão e o puxei para que levantasse, mas desequilibrei. Por sorte ele me segurou a tempo e em vez de ficarmos chocados ou de eu me senta, apenas rimos.

Andamos pelo meio das pessoas que estavam conversando e dançando com seus copos nas mãos.

Caminhamos até o banheiro, mas logo me arrependi quando vi que havia vários casais ali no meio do corredor para o banheiro se pegando e um deles era o Dylan com uma loira magrela.

Eles se beijavam tão intensamente e ele fazia carícias no corpo dela.

A dor voltou a aparecer e dessa vez estava muito maior. Eu podia sentir ela me destruindo agora mesmo.

De repente o álcool parecia ter evaporado do meu corpo e eu estava totalmente no meu controle, as lágrimas começaram a cair e eu me sentia paralisada ali.

- O que houve? - O rapaz que estava comigo se colocou ao meu lado e secou uma lágrima.

Merda! Não consigo lembrar o nome dele!

- Nada. - Sequei minhas lágrimas e fingir um sorriso.

Meu mundo pareceu ter parado quando ele separou a boca dele da dela e me encarou. Seu corpo ficou rígido e eu sabia que a opinião dele nunca mudaria ao meu respeito.

Você é uma mentira. Ele estava certo, eu era uma mentira para todos, me comportava de uma forma que não era de mim mesma, fingia as coisas na frente das pessoas, mas com ele, eu sempre fui eu.

Aquilo era demais pra mim, vê-lo com outra pessoa me destruía e eu não poderia fala nada, porque passei todo esse tempo tentando e tentando com alguns caras para tenta esquece-lo.

Ele tinha o direito de fazer o mesmo.

Corri dali antes que qualquer um pudesse me alcança, empurrei as pessoas que ficavam na minha frente e quando senti verdadeiramente o ar gelado ao lado de fora, me sentir melhor, mas não dá forma que eu queria.

Peguei o primeiro táxi que estava passando bem ali na frente e voltei para a minha casa.

As lágrimas não paravam de cair, a dor me consumia e eu tive que segurar os gemidos de agonia.

Ele não era mais meu e aparentemente não era mais dele.

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