Vinte e três.

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New York.
00:32 am.

- Fique quieta Alissa. - Resmungo. - Assim não consigo tira sua roupa.

- Você vai me tomar para si? - Perguntei. Eu tinha as minhas costas encostada na parede do banheiro, enquanto Dylan tentava desabotoar a minha calça, porém, eu sentia tanta cosquinha que acabava me mexendo demais.

- Tomar para si? - Arqueou as sobrancelhas. - Que tipo de livro está lendo desta vez?

Eu ia responde-lo, porém, achei melhor ficar quieta. Não conseguiria explicar para ele que meu tipo de livro era os romances adolescentes, cheio de sentimento e de momentos prazerosos.

Com dificuldade consegui me livrar da calça e da calcinha, assim como também da camiseta e do sutiã.

Estava completamente nua para a pessoa que eu amava e ele não fazia nada a não ser ficar de costas para mim vendo a temperatura da água.

Ele não me desejava mais e aquilo doeu imensamente.

Senti uma lágrima cair sobre meu rosto e me enrolei na toalha, me sentia envergonhada e a culpa caia sobre mim de uma forma tão pesada que eu precisei me senta no vaso para não cair.

- Está passando mal? - Dylan se aproximou de mim e me encarou com preocupação. Balancei a cabeça negativamente.

- Só quero aproveitar esse momento com você. - Suspirei. - Mesmo que possa ser a última vez.

Dylan permaneceu calado apenas me observando por um longo tempo, não existia muitas palavras naquele momento. Só existia dor e tristeza, seu rosto parecia triste igual ao meu.

- É melhor você toma um banho. - Esticou a sua mão para mim e me ajudou a levantar.

Eu não sentia mais o álcool em meu corpo, ele já havia evaporado.

Eu necessitava do Dylan.

Meu corpo se encheu de necessidade, precisava dele mais uma vez, apenas mais uma vez.

- Entra comigo. - Choramingo.

- Não, é melhor só você. - Seu corpo fica rígido assim que ele me olha dos pés a cabeça.

- Por favor, não me deixa toma banho aqui sozinha. - Me encolhi em seu corpo. Eu sabia que ele tinha ficado com reação, não esperava que eu simplesmente o abraça-se do nada.

- Alissa, entre logo. - Suspirou segurando em meus braços e me fazendo larga-lo.

- Eu só vou entrar se você entrar comigo. - Cruzei os braços e fiquei no cantinho do banheiro ignorando a sua cara de irritado.

Sorri quando vi ele se dando por vencido e tirando a sua roupa.

Meu corpo estava completamente em alerta, eu sentia uma pressão em meu ventre e descia até a parte mais sensível de mim.

- Vamos. - Ordenou. Entrei primeiro e logo em seguida ele entrou, me agarrei ao seu corpo quando senti a água fria caindo sobre mim.

Levantei minha cabeça para olha-lo e ele me olhava com ternura, tinha amor e admiração em seus olhos, porém, ele tentou disfarça pegando um sabonete e me entregando.

- Por que está fugindo de mim? - Perguntei. Minhas bochechas coraram com a intensidade do seu olhar sobre mim. Eu estava nua em sua frente e aquele olhar era o suficiente para me fazer derreter em desejo.

Ele apenas balançou a cabeça negativamente e tentou focar em outra coisa, mas eu não poderia perde aquilo, aquele olhar novamente.

Me aproximei e fiquei na ponta dos pés, nossas bocas estavam próximas, com uma mão segurei seu ombro e com a outra apoiei em seu peito.

- Mesmo você me evitando, me desprezando e até mesmo me odiando, eu amo você. - Digo. Tento beija-lo, só que ele se distância, tenta sair do banheiro, porém, entro em sua frente. - Eu não trai você com o Henry, ele me pediu para ajuda-lo com uma caixinha que ganhou da mãe dele, é a única lembrança que ele tem. A mãe dele morreu, deixando ele sozinho, sem apoio, se não fosse a nossa amizade, não sei o que seria dele.

Seus olhos estavam arregalados, a surpresa e choque estavam estampados em seu rosto. Então, ele tirou os olhos de mim e começou a olhar um ponto fixo no alto da minha cabeça. Segurei seu rosto para que me encarasse e fiquei novamente na ponta dos pés, meus lábios tocou os dele.

Ele não estava rígido, muito menos recusou. Nem relutou.

Seu braço direito segurou em minha cintura me trazendo para mais perto e me agarrei ao seu corpo.

Sua mão grudou em meus cabelos e os puxou levemente. Seus dentes passaram entre meu lábios e o tempo parou, o mundo parou e nada mais importava.

Eu precisava dele.

(...)

- Vou preparar alguma coisa para você comer. - Dylan estava vasculhando a geladeira na procura de algo que eu não fazia ideia.

- São três horas da manhã, não podemos simplesmente dormir? - Resmunguei. Meus olhos ardiam de sono, mas a minha barriga reclamava a cada cinco minutos.

- Não, você vai comer primeiro, antes de que passe mal.

Apenas balancei a cabeça concordando.

Eu não queria arruma uma briga agora, não depois do que tivemos no banheiro, foi como sexo de reconciliação, aquilo é maravilhoso.

- Seu celular está tocando. - Ele aponta para a minha bolsa que estava jogada no sofá.

Contragosto me levanto e vou pega minha bolsa, abro e tento acha-la no meio de tanta bagunça.

Por que eu levo tudo isso se não uso nem a metade?

Tinha três ligações de meus pais, acabei deixando mensagem para eles dizendo que estava na casa de uma das meninas.

E a outra mensagem era anônima. Meu sangue gelou e eu sentia arrepios pelas minhas costas.

Nada como uma reconciliação para melhor a noite. Mas será que você vai conseguir uma reconciliação com as pessoas em sua volta?

Logo chegou outra mensagem.

É como dizem, vadias adoram o perigoso e eu estou no controle.

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