Treze

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Nova York
11:58 am.

Dor. Era tudo que eu sentia nesta manhã. Uma dor incontrolável. Atordoante. Minha cabeça estava prestes a explodir a qualquer momento.

Se o arrependimento pudesse matar, era bem capaz que nesta manhã eu estivesse durinha no chão.

Droga. Droga. Droga...

Esse joguinho já estava começando a ficar perigoso e eu não consegui nenhuma pista de quem poderia ser.
Possibilidades era o que menos me faltava, suspeitos mais ainda.

Estava em um fogo cruzado e o grande alvo era meu relacionamento, o futuro de Dylan e o meu. Desde o começo tomando o maior cuidado, para alguém sem mais nem menos destruir tudo a nossa volta.

Praticamente vivemos em uma bolha, onde nossos problemas não poderiam interferir, seja qual o nível. Tínhamos sempre um jeito de resolver, sem deixar que isso pudesse mudar o nosso clima.

Nosso namoro era perfeito.

Brigavamos muito pouco, sempre tentávamos conversar. Dizem que relacionamentos assim não duram muito tempo, mas eu estou aqui para provar que isso é mentira.

Dylan era o homem perfeito.

Me sentei na minha cama segurando a minha cabeça, sentia que ela a qualquer momento poderia larga o meu pescoço e toma vida própria.

Olhei para o meu criado mudo e tinha um copo com água e dois comprimidos, ao lado um bilhete escrito com uma caligrafia muito bonita e super legível.

Espero que com esse remédio você fique melhor.

Obs: Cuidado com suas dosagens de álcool.

Thomas Foster

Chocada. Isso era tudo que eu poderia descrever, estava atolada em uma imensa confusão e perplexa.

Meu pais provavelmente estavam em casa, não me deixariam sozinha com um estranho dentro do meu quarto, muito menos que ele mexesse nas coisas. Se eles tivessem visto, estariam me acordando aos surtos.

Eu não poderia ter feito nada, afinal nem me lembrava de nada. A minha última lembrança era quando eu estava sendo carregada porta a fora da festa.

Foi enquanto que tomei consciência de que depois daquilo não entrei mais em contato com Dylan.

Porra Alissa!

Me levantei as pressas, corri para o banheiro e arranquei minhas roupas para tomar um banho rápido e me arrumar.

Eu sabia que ele estava bravo, na verdade muito bravo mesmo. Nosso relacionamento poderia estar por um fio por uma falha minha e por uma desatenção.

Não conseguiria me perdoar.

Nunca foi fácil esse namoro, passamos situações complicadas, por crises e por dramas constantes. Dylan, já foi extremamente difícil, brigavamos por qualquer coisa, ele tinha crises de ciúmes o tempo todo; nós nos desentendiamos o tempo inteiro, diversas vezes por coisas mínimas que um fala ou fazia que causava brigas.

Depois de muito sacrifício, hoje em dia estamos bem, quase nunca brigamos, e estávamos nos esforçando o tempo inteiro para manter tudo em ordem.

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