Prólogo

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New York.

Club Nuit d'Amour

00:00 AM

O ambiente não estava tão iluminado, as luzes coloridas rodopiavam pelo salão, a música era alta e sensual, algumas pessoas dançavam estremamente coladas.

Nos cantos do salão havia alguns sofás de vários tipos, em formatos diferentes, de cores em preto e vermelho. Na grande maioria deles, já estavam ocupados por homens trajados de terno e gravata, porém, todos com mascaras diferentes combinando, estavam acompanhados por uma ou mais mulheres.

Era a primeira vez que eu ia naquele clube e já me sentia desconfortável. As pessoas naquele lugar me olhavam diferente, era como se eu fosse um pedaço suculento de carne nova.

Caminhei um pouco pelo lugar afim de conhecer melhor, era nesse momento que eu agradecia mentalmente pela mascara que eu usava, não cobria muito o meu rosto, porém já dava pra disfarça.

Peguei meu celular dentro da minha bolsa de mão, liguei a tela principal e não tinha nada nenhuma mensagem e nem se quer uma ligação.

Abri a caixa de mensagens e comecei a ler novamente a mensagem misteriosa que tinha recebido hoje de manhã.

Como num jogo de esconde-esconde, procuramos pelo amor que está oculto dentro das boates.

Um numero restrito. Sem nenhuma identificação.

Isso em partes me deixava assustada por saber que eu estava sendo observada e ao mesmo tempo curiosa.

Hoje na faculdade um bilhete apareceu dentro de um livro meu, mas eu não sabia como aquilo tinha parado ali já que eu não tinha larga o livro em momento algum.

É esta a condição. É pegar ou largar. Que saber quem eu sou? Me procure. Me descubra. Deixe o jogo rolar.

No final da aula, quando eu estava indo para o meu carro, um pedaço de papel enrolado num barbante parou nos meus pés, quando fui abri-lo era o endereço desse clube e é isso que me levou até aqui.

Dei uma olhada novamente sobre o salão e parecia estar mais cheio do que antes, as mulheres estavam mais a mostra apenas vestindo uma minúscula fantasia de coelhas,tinha umas que eu cheguei a deduzir que poderiam ser garçonetes já que andavam para lá e para cá com bandejas.

O final do salão que mais me chamo atenção, um homem de máscara e vestido todo de social me encarava, ele segurava firmemente um celular e no mesmo minuto que eu o vi o meu celular começou a vibrar avidamente.

Eu certamente estou por ai,precisa apenas descobri e agarrá-me o mais rápido possível, pois posso te ensinar o prazer.

Quando eu voltei a olhar para o fundo do salão, ele já não estava mais lá.

Olhei de um lado para o outro e não conseguia vê-lo devido as pessoas que estavam andando de um lado para o outro, foi nesse momento que eu me toquei que todos os homens ali estavam vestidos no social.

Caminhei em passos largos até onde ele estava, um pouco escondido da multidão e num lugar um pouco mais escuro que o resto do lugar era onde ele se encontrava.

Ele olhou para mim e balançou a cabeça para que eu o seguisse, por uns momentos eu exitei, mas logo resolvi segui-lo.

Tínhamos poucos metros de distancia o que me ajudou bastante para pode avalia-lo melhor enquanto caminhavamos por um corredor com pouca iluminação e aparentemente bem satisfatório para alguns casais que se pegavam ali sem se preocupar.

Subimos algumas escadas que nos levava para o segundo andar onde pelo que aparentava ser os quartos. Ali também tinha diversos casais que se pegavam, porém já estavam quase transando ali no meio do corredor.

Ele entrou na ultima porta a esquerda deixando-a aberta para que eu podesse entrar.Caminhei devagar ao seu encontro e fiquei esperando alguma reação dele.

- Eu não vou machuca-la. - A voz grossa dele preencheu todo o quarto. - Feche a porta.

Meu coração estava extremamente acelerado mais obedeci.

Quando me virei para encara-lo novamente, tive a oportunidade de ver seus olhos de perto, muito perto. Era tão perto que eu podia sentir seu hálito quente se chocando com meu rosto.

- Quem é você? - Perguntei temerosa.

- Eu vou responde-lá, mas depois. - Ele sorriu sedutoramente.

- Eu preciso de respostas ou vou embora. - Dei um passo para trás.

- Acho bem difícil você ir embora depois do que eu vou te fala. - Suas mãos grandes passaram pela minha cintura.

Franzi o cenho sem entender nada do que ele estava falando, segurei em seus braços na tentativa de afasta-lo e quando consegui de fato ficar pelo menos um pouco longe, andei pelo quarto.

- Então diga logo. - Digo já impaciente.

- Eu quero possui-la. - Meus olhos se arregalaram com sua audácia, ele não parecia nem um pouco afetado pelo que tinha dito, era como se fosse algo totalmente normal a se dizer.

- Escuta, você bebeu toda a garrafa ou sobro um pouco pra mim? - Ironizei.

Com toda a minha indignação, sai pisando duro até a porta de madeira polida do quarto, girei a maçaneta e abri a porta, mas antes mesmo que eu pudesse sair do quarto, uma mão fechou a porta num único empurram e seu braço se enrolou em minha cintura me impedindo de dar mais um passo.

- Eu quero você. Nunca quis tanto uma garota como quero você. - Seus lábios estavam colados em minha orelha me causando arrepios.

- Me solte. - Ordenei.

- Eu quero beija-la até todo o nosso ar sumi. Quero escuta-la gemer cada vez mais alto enquanto a possuo, enquanto te dou total prazer. Quero tê-lá suspirando ao me ver nu e quero vê-lá pedindo cada vez mais para que eu a foda sem parar. Eu quero ser o único a tê-la só para mim. Apenas pra mim.

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