New York.
13:30 pm.Eu estava no refeitório com as meninas, elas conversavam sobre alguma coisa que eu não estava prestando atenção e Lucy estava mais uma vez em nosso meio.
Calmamente me mantive ali, pela primeira vez estávamos tendo uma conversa sem que faíscas entre Lucy e eu começassem a se espalhar.
Ela as vezes me olhava e sorria como se quisesse pedi desculpas, não conseguia devolver o mesmo tipo de sorriso, então, simplesmente dava de ombros e fingia que nada tinha acontecido.
- Ei Alissa. - Samanta me chama, assim que larga seu suco de lado. - Você é bastante amiga do Henry né?
- Sim. - Digo, mas dou de ombros.
- Ele alguma vez chegou a mencionar algo sobre mim? - Seus olhos estavam brilhantes, parecia tão esperançosa.
Fiquei quieta apenas encarando-a.
Henry nunca me falava das pessoas com que ele ficava e muito menos de quem ele poderia gostar. Não éramos tão íntimos como antes e mesmo que fossemos, duvido que ele me contaria algo do tipo.
Quando passávamos o tempo juntos, conversávamos sobre coisas como futebol, carros e qualquer outra coisa. Era estranho porque ele nunca mencionava nada além de disso.
- Para ser sincera, ele nunca falou nada de garotas comigo.
No mesmo instante seu olhar de esperança se torna um olhar triste, ela que havia deixado seu suco de lado, tomou um grande gole e desviou o olhar de todas nos.
- Vocês dois estão tendo alguma coisa? - Lucy perguntou, quebrando o silêncio que havia se instalado entre todas.
- Não, só ficamos uns dias atrás. - Sorriu sem muito ânimo.
Eu a entendia, antes de conhecer Dylan tive um namorado que era atleta. Infelizmente queríamos coisas totalmente diferentes, eu queria o seu amor e carinho. Já James queria apenas a minha virgindade.
- Henry é assim, muito reservado. - Tento amenizar a situação. Aparentemente não deu muito certo, pois, Samanta apenas deu um sorriso fraco e se retirou da mesa.
Droga, Henry!
Ficamos uma olha para a outra até Samanta ir sumindo do refeitório no meio de tantos alunos.
Ela merecia alguém melhor, é uma garota tão bonita, com cabelos ruivos até os ombros, alta e não tinha o corpo de modelo - pelo contrário - seu corpo era meio cheinho, com curvas belíssimas.
Todas éramos diferentes uma da outra, isso que mais destacava. Pois, cada uma gostava de um tipo de roupa, tínhamos gostos diferentes, cabelos de cores diferentes - uma ruiva, uma loira de tom mais escuro, outra loira de tão bem claro e por fim, eu, morena.
Os cabelos de Samanta era ruivos com as pontas um pouco onduladas. Kristen era loira de tom mais escuro e seu cabelo era totalmente liso. Lucy era loira de tom claro e tinha cabelos lisos também com as pontas mais onduladas e eu era morena com o cabelo cacheado, porém, usava ele mais liso.
Já tive meu cabelo pintado de loiro, mas quis deixá-lo desta vez diferente. As vezes cansamos de estar sempre do mesmo jeito, então, sempre gosto de radicalizar meu visual.
- Será que eles transaram? - Lucy perguntou. Seu sorriso malicioso estava bem estampado em seu rosto.
Dei de ombros e tentei ignorar aquilo.
- Ela com certeza fez com ele. - Indagou. - Não ficaria perguntando dele ou chateada se apenas tivessem ficado.
- Nem tudo é do jeito que você imagina. - Digo e coloco um pedaço de carne na boca.
- Pode ser. - Se indireitou na cadeira. - Alguém precisa fala com ele.
- Depois eu falo. - Digo.
- Você e o Henry já tiveram alguma coisa? - Alex estava sentada ao meu lado direito, mas se vira totalmente para me ver.
- Não!
- Parece. - Alex me olhava atentamente. Seus olhos esbanjavam curiosidade. - Ele olha pra você com tanta intensidade, como uma pessoa apaixonada.
- Já está vendo coisas. - Digo. Tento me concentrar em minha comida e esquecer de todos aqueles olhos em cima de mim.
(...)
- Será que da pra você fala comigo? - Minha voz saiu mais alta do que eu desejava que saísse.
- Não tenho nada pra fala com você. - Dylan continuou caminhando de um canto para o outro do seu apartamento na tentativa de me ignorar, mas eu estava indo atrás dele para onde ele ia.
- Sério que você vai fica me tratando assim?
Novamente fui ignorada, desta vez, sua cabeça estava dentro da geladeira procurando por alguma coisa que eu sabia muito bem que não tinha.
- Você vai fica me ignorando? - Pergunto mais uma vez.
- Pretendo. - Por fim, ele diz. Mas continua sem me olhar.
- Por que? - Minha voz sai num tom de mágoa.
- Eu me declarei pra você, abri meu coração e recebo um não como resposta. - Sua voz se eleva. - Eu achei que você me quisesse passa sua vida do meu lado, mas vejo que me enganei.
- Eu quero. - Tento me defender. - Eu realmente quero, mas não que seja o momento.
- Ou talvez, você seja muito imatura pra sua idade. - Ao me encarar, seus olhos tinham raiva e mágoa. Ouvir aquilo tinha me quebrado em inúmeros pedacinhos.
- É isso que você acha de mim?
Por favor, diga não.
Por favor, diga não.
Por favor, diga não.
- Infelizmente, sim. - Ele volta andar, mas para na sala, ligando a televisão e trocando os canais sem parar.
- Não faz nem muito tempo que voltamos e está falando assim. - Meus olhos se enchem de lágrimas. Tento ao máximo não deixá-las cair.
- Alissa, é melhor você ir pra casa. - Sua voz saiu totalmente seria, sem qualquer rastro de bom humor.
- Está me mandando embora agora? - Fico totalmente sem reação, Dylan nunca foi de me manda embora do seu apartamento, pelo contrário, ele sempre quis que eu ficasse por mais tempo ou que eu nem fosse embora.
- Apenas vai.
Relutante me dou por vencida, balanço a cabeça e ele vai até a porta e abre. Passo por ele e paro no corredor ainda em sua porta, mas ele fecha rapidamente sem que eu tenha tempo de dizer nada.
Ali meu coração desaba.
Me encosto na parede ao lado de sua porta e da porta do Foster. Sinto meu celular vibrar em meu bolso da calça e o pego rapidamente na esperança que seja alguma mensagem de Dylan dizendo que estava arrependido.
Triste não é mesmo? Até seu professor pode trair seu coração.
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Clube Da Meia Noite
RandomCONTEÚDO PARA MAIORES... Ele me beijou como se fosse a ultima vez, sua lingua brincava com a minha de uma forma excitante. Suas mãos deslizavam pelo meu corpo, era como se ele quisesse mapear-me. Foi quando ele me invadiu, me dominou, me fez ir da...