Minha Pequena Winchester

CAPÍTULO 1

Início: 25/03/2023

✧ᴀ ɢᴀʀᴏᴛᴀ ɴᴀ ᴇsᴛʀᴀᴅᴀ✧

— Sammy, você está bem ? — O rosto de Dean ainda estava coberto de sangue, seu ombro doía como se houvesse sido arrancado do lugar. Mas só o que podia lhe preocupar naquele instante era a certeza de que seu irmão ficaria bem.

— É eu tô legal. — O mais novo se levanta devagar, próximo a Bobby, ajudando-o a se recompor.

— Me digam que os dois idiotas pegaram aquela coisa. — Pigarreia Singer limpando o sangue que cobria parte de sua barba.

— É, foi por pouco, mas a vadiazinha tá queimado no inferno uma hora dessas.

O trio estava abatido, tal caçada havia sido exaustiva! - E embora não fosse a primeira vez que topavam com um grande desafio, aquele fora meramente inesperado.

— Bom, da próxima vez que quiserem minha ajuda pra caçar, me avisem que se trata de um ninho de demônios. — Tosse.

— Foi mal Bobby, não deviamos ter te arrastado pra isso. É um milagre estarmos vivos. — Sam deixa escapar um suspiro profundo passando a mão em seus cabelos. — jamais imaginei ver tantos demônios juntos sem motivo.

— Devo admitir que não esperava nada do tipo, mesmo com todos os presságios. — Ele confessa pausadamente. —  Mas de uma coisa tenho certeza, não estavam em reunião atoa. — vem coisa grande aí.

— É, tipo o que ? Uma bela e divertida orgia do diabo ? Eu não sei se curto muito a ideia.

Dean tinha o dom de transformar qualquer situação pavorosa em uma piada qualquer. Na maior parte da vezes envolvia sexo e bebida... Aquilo irritava seu irmão, ainda mais quando a piada er sobre algo que quase acabou de os matar.

— Cala essa boca cara. — Sopra Sam. — Você viu o que àquele demônio disse, o olho amarelo está na cidade, e quando souber que matamos 5 dos filhinhos dele aposto que vai vir furioso encima de nós.

Os winchester já lutaram contra muitas coisas... Vampiros, metamorfos, lobisomens, espíritos raivosos com sede de sangue... Mas os demônios eram sempre um pé no saco, ainda mais quando se sabe que um deles foi diretamente responsável pela morte de sua família.

— E não é essa a razão pela qual estamos aqui afinal ? Quer dizer... Estamos em busca do colt. — Da de ombros. — Azar o dele se resolver dar as caras.

— Eu não contaria vitória tão cedo ainda rapaz ... — Reprime Bobby. — Sabe que as coisas sempre costumam dar errado quando fazemos isso. — Além disso nosso amiguinho de asas ainda não deu notícias sobre a arma.

— É, tem razão...

Azazel tinha planos em mente, e é claro que os rapazes estavam bem no centro disso tudo. Eles só não imaginavam o que poderia ser...

— Tudo bem, chega de caçada ao demônio por hoje. Eu estou quebrado, e cheio de fome! — O que levanta a questão: "quem eu preciso matar para comer um hambúrguer aqui"?

Sam e Bobby reviram os olhos em conjunto, seguindo Dean até o impala.

— É isso aí, pé na tábua rei do colesterol. — cochicha Singer, se recostando sob o banco traseiro . — Mais 20 minutos olhando pra cara de vocês e vou vomitar o que comi no almoço.

Dean não perde tempo ao pisar no acelerador, os levando novamente de volta a estrada.

•••

Por hora, tudo estava meramente calmo,  até que a presença misteriosa de algo em frente ao carro fez com que Dean fosse obrigado a jogar o veículo pra fora da pista.

Por sorte Ninguém se feriu...

— Caramba — Grita. — Mais o que foi aquilo?

Sam abre a porta do carro correndo o mais rápido que pode até a figura caída em meio ao chão. Cujos cabelos molhados frente ao rosto escondiam a feição de uma jovem menina, aparentando ter entre 12 a 14 anos.

— É um demônio ? — Pergunta Bobby.

— Socorro — Surra fraca.

— Parece ser só uma garota.

A menina de cabelos castanhos tinha ematomas por todo corpo, suas roupas molhadas pela chuva e cobertas de algum tipo de lama se misturavam com algo que parecia ser sangue.

— Eu preciso... preciso achar os Winchester.

— Winchester, ela disse Winchester? — Dean encara seu irmão lhe oferecendo uma feição de espanto.

— É eu acho que sim. — Murmura. — Vamos, temos que levá-la daqui. — Sam sempre foi o cérebro da turma, geralmente o mais óbvio e pensativo. As vezes essa qualidade era admirada por seu irmão, outras era motivo de briga.

— Calma aí cara, ficou maluco? e se ela for um demônio ?

— Isso é fácil de descobrir. — Resmunga Bobby jogando um pouco de água benta sob o rosto da garota. - nada acontece..- — Está limpa.

— Como podemos ter certeza? Já viu o que aconteceu quando o olho amarelo possuiu o pai, água benta se quer fez cosquinhas.

— Dean, relaxa...antes de você querer sair cortando a menina com tudo que é tipo de faca, repare bem. É só uma criança. — Responde Sam. — Ela nós conhece, pode até ser alguma amiga do pai. — Vamos só tirá-la daqui e esperar que acorde.

Dean não relutou quanto a decisão do seu irmão. Afinal de contas era só uma garotinha. eles não poderiam a deixar em meio aquela estrada, ainda mais com o tempo do jeito que estava.

— Tem algemas no porta malas, eu vou pegar.

— DEAN!

— O que ? É errado querer previnir agora?

— você não vai algemar uma criança! Bobby você vai na frente. — O mais novo passa para o banco de trás aínda com a menina em seus braços a deitando sob o banco com cuidado.

— Tem algum documento ? — Dean volta a estrada ainda curioso com o que estava acontecendo.

— Não. — responde baixo. — Ela pareceu estar fugindo de algum lugar.

— Deve ter ums 14 anos... Acho que essa menina saltou de alguma janela.

— Por que acha isso ? — Pergunta Dean, sem tirar os olhos da estrada.

— Esses cortes nos braços e na roupa. Além dos vestígios de vidro no cabelo dela. — Aponta Bobby. — eu não sei o que está acontecendo aqui mas por alguma razão havia uma coisa atrás dessa garota. — E se tinha alguma coisa atrás dela, seja o que for, virá atrás da gente também...