CAPÍTULO 11

5.1K 558 153
                                    

Presente

Com o fim da noite, os irmãos pegaram a estrada voltando a casa de Bobby antes do  amanhecer.

Elly estava exausta, mas ficou feliz em poder ajudar de alguma forma. Embora ainda estivesse chateada por Dean não ter respondido a sua pergunta.

—— Bom dia Bobby. — Dean pegou uma cerveja na geladeira se jogando sob o sofá da sala.

— Você sempre bebe pela manhã? — Elly olha para o relógio da sala, que ainda marcavam 6:21.

— O que, vai implicar comigo agora é ? — Ele a fita de realce.

— Longe de mim. — Responde estendendo as mãos. — Sam, posso sair um pouco ? — a menina o encara com seus olhos brilhando.

— Pra onde ? — Os irmão perguntam em conjunto.

— Em um mercado. — Da de ombros.

— Nós acabamos de chagar, o que é tão importante assim ? — Resmunga Dean.

Elly continua em silêncio, ignorando sua pergunta. — Por favor Sam. — Implora.

O mais novo se sente vencido pegando as chaves do carro das mãos de seu irmão. — Tá legal, vamos.

Elly se sentiu empolgada como se aquilo fosse a coisa mais importante da sua vida. Ao levantar da cadeira, ela da vários saltos em direção a porta, segurando em uma das mãos de Sam.

— Toda essa empolgação pra ir em um mercado ? — Dean arqueia uma sombrancelha ao vê-la saltar do sofá.

Elly revira os olhos passivamente dando um pequeno sorriso para Sam. — Obrigada.

— Não tem de que. — Ele assente a levando até o impala.

— Sammy... — Grita Dean. — Vê se toma cuidado.

— Claro. — Responde baixo. — E então, o que você quer comprar? — pergunta ligando o veículo.

— Eu não sei direito, talvez uma fatia de bolo. — Da de ombros. — Desculpa te fazer sair assim, sei que deve estar cansado.

— Não tem problemas. — Sorri. — O que você achou da caçada ? — Pergunta.

— Assustador, e ao mesmo tempo muito legal. — Suspira boquiaberta. — Mas sabe o que é mais legal nisso tudo ?

— O que ?

— Saber que conseguimos salvar a Cassy. Mesmo que no fim de tudo ela tenha ficado sozinha... — Elly se mantém cabisbaixa olhando atentamente para suas mãos, com pensamentos distantes.

— Ela é uma garota forte, tenho certeza que vai ficar bem.

— Sabe, ontem eu perguntei ao Dean o que iria acontecer comigo depois que vocês descobrissem o plano de Azazel. Mas ele não quis me responder. — Suspira. — Acha que o Dean vai me mandar para um orfanato?

— O que ? — Sam percebeu a preocupação pelos olhos de Elly. Ele sabia o quanto a menina estava com medo, e vê-la daquela forma o deixou tremendamente mal.

— Que besteira, ninguém vai te mandar pra um orfanato. Você é da família Elly, não abandonamos a família.

Com a afirmação, a menina coloca um sorriso ao rosto mais uma vez, sentindo um tremendo alívio. — Queria que tivéssemos nos conhecido antes.

— Estamos juntos agora, é isso que importa!

•••

Chegando no mercado, Elly desceu em alta velocidade, indo direto até a sessão de bolos e Salgados. Seus olhos brilhavam como estrelas para as fatias de bolo de chocolate. Sam não conseguia entender, e embora estivesse cansado, ele achava tudo muito engraçado.

— Sam, será que aqui tem velinhas ? — pergunta empolgada.

— Velinhas ? — Ele Franz o cenho. — Espera aí... Hoje é seu aniversário?

— Eu não quis dizer antes pra não parecer chata. — Da de ombros. — Não é todo dia que se faz quatorze anos não é ?

Sam passa suas mãos por volta do pescoço da garota dando um sorriso grande. — Quer saber de uma coisa ? Vamos procurar um mercado maior.

— O que ? Não... não Sam, não precisa. Esse aqui está ótimo. — Suspira. — Já lhe dei todo trabalho de me trazer até aqui.

— Como você mesma disse, não é todo dia que se faz quatorze anos...

Sam não queria que aquela data passasse em branco na memória da garota. Mesmo que não pudessem dar a ela nenhum tipo de festa grande, ou comprar o tipo de presente caro que boa parte dos adolescentes esperam, mas  podia fazer bem mais que uma fatia de bolo.

E assim que encontrou o melhor estabelecimento da cidade, Sam e Elly escolheram o sabor e recheio do bolo juntos, comprando o maior que havia na prateleira.

— O que devo escrever encima? — Perguntou o confeiteiro.

— Elly. — Ela sorri.

— Winchester! — completa Sam. — Elly Winchester.

A menina não conseguia descrever a sua gratidão, mesmo que para muitos fosse pouco, aquele era o maior bolo de aniversário que ela um dia já imaginou ter. E saber que foi lhe dado com tanto carinho, tornava tudo ainda mais profundo.

— Obrigada Tio Sam. — Elly o abraça apertado deixando algumas lágrimas correr por seu rosto. — Eu nunca tive um bolo de aniversário antes, esse é o melhor aniversário de todos.

Sam retribuiu seu abraço a acolhendo de forma carinhosa e sútil. — Não é nada demais Elly... Desculpe não poder fazer mais que isso.

— Melhor? esse  já é o melhor presente que alguém poderia me dar. — Ela sorri secando as lágrimas do rosto. — Vamos voltar logo, eu quero mostrar ele pro Dean.

A menina carregou o grande bolo em seus braços de volta ao carro, mais contente do que nunca imaginou estar. O brilho em seus olhos lembravam a Sam o tempo em que ele foi de fato uma criança. Quando não tinha de se preocupar com caçadas ou monstros, e mesmo que esse tempo tivesse sido terrivelmente pequeno, ele achava que Elly Merecia algo a mais, que enquanto eles pudessem a afastar daquela vida terrível, eles iriam fazer! Mesmo que lá no fundo, ambos soubessem que nada poderia ser como antes outra vez.

— Eu nunca achei que teria um sobrenome tão bonito quanto esse. — Ela suspira olhando a decoração do bolo.

— Jura ? Quando era criança eu odiava. — Gargalha Sam. — Me sentia estranho perto dos meus colegas.

— Tá brincando ? WINCHESTER. — ela soletra. — Sente o peso da palavra ? É incrível.

Sam não consegue segurar um sorriso para a menina bagunçando levemente seus cabelos. — Vem, vamos mostrar o bolo ao Dean...

Minha Pequena Winchester Onde histórias criam vida. Descubra agora