CAPÍTULO 39

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✧O plano de Elly ✧

Elly

Poucas coisas conseguiam mudar meu humor pra melhor, e torta de chocolate com toda certeza era uma delas.

Mesmo que ainda estivesse um pouco chateada pela pancada na cabeça, fiquei contente em saber que Dean não estava mais me olhando com aquela cara de decepção... Afinal de contas, era muito difícil pra mim ter de conviver com a ideia de desapontar alguém que amo.

No início do dia, fiquei surpresa em saber que ele iria me buscar no fim da aula, mesmo que já não estivessem mais na cidade.

—— Bom dia. — Falo Alto me sentando a mesa do bunker. — Vão investigar alguma coisa hoje?

— Não, no momento estamos focados em encontrar Azazel. — Responde Sam. — E você? Está animada pro segundo dia de aula ?

— Claro, eu até passei parte da noite estudando sobre algumas matérias novas que eles têm, preciso ser a melhor da classe. — Respondo abocanhando um pedaço de torta.

— Não devia comer torta de chocolate no café da manhã. — Ele gargalha.

— É minha recompensa por quase ter ficado com um galo na cabeça. — Respondo fazendo uma careta para Dean.

— Que história é essa ? — Pergunta Sam.

— Pergunta pra ele, foi ele que freou o carro como se tivesse visto um fantasma ontem, por pouco não parte o meu crânio. — Faço beiço dando uma leve exagerada na história.

— Não seja tão dramática, foi só uma batidinha de nada. Além disso assim você aprende que precisa usar o cinto de segurança. — Da de ombros.

— Sem graça...

Sam cai na gargalhada observando nossa discussão atentamente. — É melhor você se apressar, não vai querer perder o primeiro sinal.

— E cadê o Castiel ? — Pergunto olhando em volta.

— Estou aqui.

Aquele anjo facilmente poderia ser o flash...

— Isso que eu chamo de velocidade. — Sorrio boquiaberta.

— Vou estar te esperando assim que o sinal bater. — Avisa Dean. — Toma, leva isso aqui. — Ele joga uma caixa pequena em minhas mãos. — Eu acho que você não tem um, então achei que poderia precisar.

Abro a embalagem sutilmente percebendo que as tratava de um pequeno celular digital. — uau. — Suspiro. — Eu nunca tive um...valeu mesmo Dean. — Agradeço com um abraço apertado.

— Vai, não quero que se atrase. — Ele bagunça levemente meus cabelos um pouco sem jeito.

Seguro em uma das mãos de Castiel piscando meus olhos uma única vez, e assim que os abro, lá estou eu....

— Obrigada por tirar tempo pra me trazer aqui. — lhe agradeço sutilmente.

— Não foi nada. — Ele responde em seu jeito meigo de sempre.

— Elly. — Escuto os gritos de Layla vindos de longe em minha direção. — ELLY!!! — Eu estava te esperando a um tempão! Lembra do garoto com a mão do demônio?

Sinto minha espinha congelar assim que me dou por conta da presença de Castiel. — Layla... esse aqui é meu amigo Cass.

— Oi — Ela sorri lhe estendendo a mão.

— A... olá.

— Desculpe por isso, a Layla é um pouquinho exagerada as vezes.... A gente se vê mais tarde. — Grito a tirando do lugar o mais rápido que pude.

— Espera mais eu ainda nem me apresentei direito. — Resmunga.

— Xiii, você Ficou maluca ? Não pode sair falando disso na frente dos outros.

— Eu pensei que sua família já era acostumada com essa coisa de demônio. — Responde confusa.

— Acontece que eles não sabem que eu estava investigado. Além disso não tem mais fantasma nenhum, o caso já foi resolvido!

— Eu não teria tanta certeza disso, olha só. — Ela aponta na direção do rapaz do corredor o qual ainda tinha a marca em seu braço. Mas desta vez sua cor estava muito mais vivida e intensa.

— Minha nossa. — Suspiro. — Parece que tá apodrecendo.

— Eu sei, sinistro...

— Vem comigo. — Puxo Layla pelo braço até a sala da biblioteca tirando de minha mochila os papéis de pesquisa que Kevin havia impresso no outro dia.

— O que é isso ?

— Um amigo me ajudou a juntar esses matérias de pesquisa sobre a lenda. Não achei que fossem servir de alguma coisa já que pensei que o caso já estava solucionado...mas talvez tenham simplesmente mentido para me manter longe.

Analiso com cautela cada um dos artigos impressos, dando destaque para uma parte importante.

"Segundo a lenda, aqueles que se atreverem a entrar na floresta serão marcados e perseguidos pelo espírito durante 5 dias antes de sua morte"

— Talvez a mão seja a marca do espírito, e conforme o tempo passa ela vai ficando mais marcante. Isso significa que aquele garoto só tem mais três dias de vida.

Layla leva uma das mãos a boca roendo suas unhas. — E o que vamos fazer?

— Aqui diz onde ela foi enterrada...se tudo der certo nós só temos que salgar e queimar os ossos antes do prazo terminar.

— Ta me dizendo que quer abrir um túmulo? — A pele de Layla fica pálida como a neve.

— Na verdade seria ótimo se tivéssemos ajuda nisso...

— Por que você não mostra isso pra sua família ? Eles caçam essas coisas não é? Vamos deixar eles resolverem!

— Eu não cheguei até aqui pra dar pra trás agora, além disso você não precisa vir se não quiser. — Dou de ombros. — Mas eu mesma vou acabar com esse fantasma.

— E como você pretende abrir uma cova ? Ainda mais durante o dia...vai acabar sendo pega.

— Mas é óbvio que não vai ser durante o dia Layla...vou dar um jeito de sair de casa durante a noite, marcamos um lugar e nos encontramos!

— Eu não tenho certeza se concordo com isso... — Soluça.

— Deixa de ser medrosa, pensa que vamos estar salvando a vida de alguém! Além disso eu vou chamar mais uma pessoa pra vir com a gente.

— Quem ?

— Um amigo da turma avançada. Ele tem carteira de motorista então pode levar a gente até o cemitério.

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ATENÇÃO
Alerta de gatilho
nos próximos capítulos.

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