CAPÍTULO 48

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✧Noite de tiros✧

Elly

aqueles minutos de conversa com Castiel fizeram meu coração palpitar na velocidade máxima de uma montanha russa. Temi com todas as forças que o plano fosse por água a baixo, mas por sorte ele pareceu convencido com minha invenção.

Felizmente o local que marquei para Kevin me encontrar ficava um pouco distante do bunker, assim não teria o risco de acabar sendo pega, nem de arriscar que o som do carro fosse ouvido.

—— Poxa, onde você tava ? Já estou a mais de meia hora te esperando aqui sabia? — ele Resmunga descendo do carro assim que chego.

— Foi mal eu tive um probleminha na saída e acabei me atrasando um pouco. — Sopro. — Você pegou a Layla?

— Ainda não, ela disse que estaria nos esperando na esquina da colégio. — Responde abrindo a porta do carro para que eu pudesse entrar.

— Vamos depressa, temos apenas uma hora para treinar e voltar antes de amanhecer, eu pensei de irmos para algum cemitério. O que você acha ?

Ele arregala os olhos quase que se engasgando com o vento... — Ficou doida?

— Kevin, estamos literalmente nos preparando pra caçar um fantasma e você está com medo de entrar em um cemitério ? — Sorrio. — Deixa de ser frouxo.

Ele faz beiço como se estivesse grandemente ofendido e liga o carro logo em seguida.

{Estamos chegando, esteja pronta}
Enviar: Layla ♡

O cemitério podia até não ser o lugar mais perfeito do mundo, mas com certeza não iria estar lotado de pessoas em plena madrugada, então no fim das contas até que o plano não era assim tão ruim...ou pelo menos era o que eu achava.

— Bendito seja Deus, vocês demoraram uma eternidade. — Susurra Layla batendo os dentes. — Tem ideia de como tá gelado aqui ?

— E por que você não pegou algo mais quente? — Retruco percebendo que sua roupa de frio era mais fina que uma folha de papel.

— É da minha vó, foi a primeira coisa que eu vi. — Responde ainda se tremendo.

— Eu tenho uma jaqueta ali no banco de trás, você pode vestir se quiser. — Murmura Kevin. — mas agora nós temos que ir, já são três da manhã e temos que voltar antes do sol nascer.

•••

Escolhemos um cemitério quase na saída da cidade, ele não era muito grande e a Julgar pelas condições das lápides com certeza não era muito frequentado.

Saímos cuidadosamente para os fundos pegando uma arma cada.

— Eu não tenho ideia de como se usa essas coisas. — Gagueja Layla. — Na verdade eu não sei se devo, e se Deus se zangar comigo?

— Você não tá matando ninguém, além disso se formos atirar vai ser em fantasmas! Tenho certeza que Deus não vai se importar. — Dou de ombros lhes entregando os silenciadores.

— Vem cá, porque as cápsulas são assim tão estranhas ? — Questiona Kevin analisando a munição.

— São modificadas, estão todas carregadas de sal grosso, eles afastam os fantasmas. — explico pausadamente.

— Você já viu algum ?

— É... inclusive quase fui morta. — Respondo enquanto empilhava algumas garrafas de vidro que havia encontrado sob o muro do cemitério.

— Hum...eu não sei se quero mais brincar de caça fantasmas. — Choraminga Layla.

— Fifa tranquila amiga, eles não vão nos machucar...vamos estar preparados! — Assim que término de falar disparo contra uma das garrafas acertando em cheio o meu alvo.

— Isso ! — Vibro.

— Nossa, belo tiro. — Elogia Kevin. — Você parece ter experiência na coisa.

—valeu, mas vocês também vão conseguir, basta segura firme na arma e esperar pelo impacto.

— Minha vez! — Grita Layla antes que eu terminasse de explicar, acertando sem querer uma das lápides de um túmulo.

— Santo Deus... — Suspira Kevin. — Tomara que os mortos não sejam rancorosos em relação aos túmulos.

— Eu espero que não. — Gargalhei.

Foram vários disparos e várias garrafas estouradas simultaneamente. Não tínhamos lá a melhor prática e muito menos a melhor pontaria, mas pelo menos estávamos no caminho certo...

— Um...eu acho que devia ter trazido mais balas. — Sopro notando que estávamos ficando sem munição.

— Será que tem alguma forma de acabar com monstros que não seja com balas de sal ? — Pergunta Layla.

— Na verdade... — Eu não tinha a menor ideia do que iria tentar fazer agora, nem como iria fazer. Mas por alguns segundos eu me senti tão confiante que apenas aceitei que as coisas dariam certo. E sem que nenhum deles entendesse, apenas ergo meu braço direito em direção as latas me concentrando calmamente sob elas.

— O que ela tá fazendo? — pergunta Kevin em Sussurro.

— Eu sei lá, vai ver ela tá achando que é a eleven de stranger things... — Responde baixo.

— Dá pra vocês dois fazerem silêncio? — No mesmo momento que grito para chamar atenção de ambos escuto as latas pipocarem para todos os lados pegando nós três de surpresa.

— Puta merda... — Suspira Kevin.

— Ei, olha a boca! — Adverte Layla. — Mais é, puta merda.... Como você fez isso ?

Nem eu mesma sabia que aquilo ia dá certo, mas a verdade é que me senti extremamente feliz por finalmente ter usado aqueles poderes pra explodir algo que não fosse uma pessoa.

— Eu não tenho a menor idéia... — Suspiro.

— Aí meu Deus, vocês ouviram isso ? Eu acho que em alguém vindo!

Com o som de alguém se aproximando pelo portão do cemitério a primeira reação que temos foi de saltar o muro e dar a volta até chegar ao carro.

Não sabíamos o quem era, ou O que era...podia ser um coveiro ou até mesmo um Fantasma assassino. De toda forma estávamos quase sem balas, e ainda não estávamos prontos para enfrentar nenhum ser sobrenatural.

— Depressa. — Grito correndo em alta velocidade até o carro.

Mas quando coloco meus olhos no veículo, meu corpo todo se congela. E imediatamente paro de correr... — P-...pai. — Engulo seco.

Minha Pequena Winchester Onde histórias criam vida. Descubra agora