CAPÍTULO 14

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✧Velho inimigo✧

—— E então Castiel, o que você trás de novo ? — Pergunta Sam.

— Crowley, eu o encontrei!

— Fantástico! Onde?

O anjo permanece mudo perante a pergunta, encarando o rosto de Elly.

— Já entendi, não tô convidada pra festa não é? — Suspira.

— Eu não acho muito prudente que se envolva em assuntos a qual o Crowley esteja metido. Ele não é lá o tipo de "pessoa" que você queira conhecer.

— Castiel tem toda razão, isso aqui é papo de adulto. — Retruca Dean.

— Vem garota, vou te mostrar o meu jardim. — Bobby chama a menina para os fundos da casa na tentativa de a manter o mais longe possível daquela conversa. E embora Elly apreciasse flores e tudo que possuísse ligação com a natureza, o que despertou sua curiosidade foi outro cômodo.

— Senhor Singer, pra onde dão aquelas escadas? — Pergunta encarando um corredor escuro.

— A... é coisa de trabalho.

— Legal. — Ela sorri correndo em meio a escuridão, sendo seguida por Bobby no mesmo instante.

— Volta aqui menina — Ele grita. — Não pode entrar aí... Mais que merda

Bobby tenta a alcançar a tempo, mas é claro que a garota foi mais veloz. Seus olhos pairaram assim que viu do que se tratava.

— Aí meu Deus... vocês tem uma masmorra de tortura? — Gagueja olhando para todas as correntes e objetos estranhos.

— Eu disse que não era pra você vir pra cá. — Bobby Respira fundo assim que a alcança. — Isso é um quarto do pânico... Mantém os monstros de fora, agora sai daí.

A menina permaneceu imóvel, observando cada sigilo desenhado pelas paredes. Cada livro velho empilhado em uma estante estreita, potes d'água com terços de madeira e tudo que é tipo de esquisitisse que ela jamais imaginou ver.

— Tem muita coisa ruim lá fora não é? — Murmura. — Bem mais do que eu possa imaginar. — Seus olhos marinados fixaram o rosto de Bobby.

— Você é criança menina, não vai querer ficar sabendo disso, vai por mim. O que você sabe já é fardo suficiente. — Retruca.

— E se essas coisas aparecem aqui ? E se vocês um dia precisarem de ajuda e eu for a unica que possa fazer alguma coisa? — Gagueja. — Eu preciso saber senhor Singer, preciso que me contem como me defender, preciso saber o que há de maligno fora dessas paredes.

— Eu poderia fazer isso, poderia lhe contar tudo o que sei e mostrar cada horror que um dia já enfrentei. Mas não vou, porquê não é isso que seu pai quer.

— Enquanto ao o que eu quero ?

— Você acabou de completar 14 anos menina, não tem essa de "enquanto ao o que eu quero". Agora vem, vamos plantar algumas verduras.

Bobby estava prestes a segurar na mão da menina quando seu rosto ficou pálido mais uma vez, Elly levou as mãos sob a cabeça gritando alto com a dor aguda.

Singer sabia que se tratava de outra visão, então imediatamente tratou de a deitar sob um dos colchões do quarto, garantindo que não se machucasse com movimentos involuntários.

A temperatura corporal de Elly subiu como se estivesse dentro de um forno, sua respiração acelerada e ofegante deixaram claro o quão terrível era aquilo que ela acabará de ver.

— Menina, está me ouvindo ? — Grita Bobby.

— Eu...

— O que você viu ? Foi outro incêndio ?

— Não, foi estranho. — Ela Suspira. — Eu vi a sala de estar, Castiel estava falando alguma coisa para o tio Sam, e então um homem de terno apareceu atrás deles. Dean tentou ir pra cima dele mas ele foi arremessado contra a parede, e então eu pude ver a cor de seus olhos, eles eram vermelhos.

— Mais que merda.... — Assim que terminou de escutar o relato, Bobby correu as pressas de volta até a sala, se deparando com a exata cena que Elly havia descrito.

Os irmãos estava presos contra a parede, enquanto Castiel encarava o rosto de Crowley furioso.

Singer tentou alcançar a faca caída ao chão, mas levou mais que dois segundos até que ficasse preso assim como os rapazes.

— Solte-os Crowley. — Rosna Castiel. — Seus truques de demônio não funcionam comigo.

— Relaxa — Ele ergue os braços para o anjo em sinal de rendição. — Não vim aqui para brigar. — Bem pelo contrário, eu soube que os pombinhos queriam me ver.

Com o som da confusão, Elly se sentiu atraída de volta a sala, pairando seus olhos em cheio ao rosto de Crowley, que lhe lança um sorriso apertado.

— Ora, ora ora... A pequena winchester. — Ele sorri. — Por que não se junta a nós querida ?

Dean o fita furioso, fazendo ainda mais força para se soltar. — Se encostar um dedo nojento nela, eu juro que vou usar aquela faca pra te fazer em pedacinhos. — Rosna.

— Vai com calma aí esquilo. — Ele estala os dedos soltando o trio da parede. — Eu disse que vim conversar...

Elly corre até Dean se escondendo atrás de suas costas.

— Um amigo, de um amigo, de um amigo... Disseram que vocês palhaços planejam acabar com a raça do olho amarelo. — E eu, como um bom samaritano, vim aqui de livre e espontânea vontade os ajudar com isso.

— Ata pode deixar que vamos acreditar em você sim. — Resmunga Dean.

— Acreditem ou não eu o quero morto ! E se vocês idiotas pretendem chegar até ele é claro que vão precisar disso aqui. — Crowley puxa o colt do bolso de seu terno o balançando em frente ao rosto dos irmãos.

— Ótimo, então entrega. — Sam estende uma das mãos ainda com sua expressão seria.

— Com prazer. — Sorri estendendo o braço. — Mas....

— É claro que tem um mas. — Suspira Dean.

— Eu estou lhes entregando um dos objetos que tive trabalho para conseguir. A arma perfeita para destruir aquele que assassinou a sua preciosa mãezinha. É óbvio que isso vai ter um preço.

— E o que você quer ?

— Ela. — Crowley aponta o dedo para Elly que aperta firme um dos braços de Dean.

— Nem pensar, pode esquecer. — Rosna.

— Bom, nesse caso, boa sorte matando Azazel... — Ele estala os dedos desaparecendo da sala antes que Castiel pudesse chegar até ele.

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