Minha Pequena Winchester

CAPÍTULO 20

Elly

✧ A descoberta ✧

A noite anterior havia sido de fato muito evolutiva, eu havia aprendido e descoberto muita coisa nova. E estava mega feliz em saber que Dean havia confiado o suficiente para me mostrar tudo que sei agora.

Confesso que dês de que crowley apareceu, minha cabeça não podia parar de pensar em quais eram as coisas que ele sabia sobre mim...

—— Dean ? — Minha voz sai sonolenta.
— Será que acordei muito cedo ? — Falo alto observando a hora no relógio.

9:48

— É, com certeza não está cedo...

Dou mais algumas voltas no bunker até me convencer que estava de fato sozinha, sentando me a mesa próximo ao laptop.

— Acho que o tio Sam não vai se importar se eu usar um pouquinho. — Dou de ombros.

Não é que eu não gostasse daquele lugar, nem que minha antiga vida fosse lá a melhor coisa do mundo, mas ficar fora de contato com o restante do mundo, as vezes era entediante...

{Últimas notícias}

"Fazendeiros temem que algo possa estar afetando a produção de bovinos.
A quantidade de gado mutilado vem crescendo absurdamente dês da última safra. Especialistas afirmam que constantes tempestades possam ter ligação a morte dos animais"

— Gado mutilado, tempestades de raios... Não são presságios demoníacos? — serro meus olhos a tela do computador tentando entender o que aquilo poderia significar. Talvez ambos tivessem visto a matéria e saíram para caçar de madrugada.

— Elly ?

Fecho o computador brutalmente com o susto assim que a voz de Sam ecooa pela sala.

— Tio Sam. — Gaguejo. — Onde...onde  vocês estavam?

— Resolvendo alguns pequenos problemas. — Ele sorri jogando uma latinha de refrigerante em minhas mãos. — O que estava vendo ai ?

— Eu...tava vendo se tinha algum jogo. — Falo rapidamente. — Sabe como é, acordei e vi que estava sozinha, achei que não se importaria se eu usasse.

— Tá tudo bem, pode usar sempre que quiser.

— Cadê o Dean ? — Pergunto me afastando do computador.

— Lá fora.

Sam parecia um pouco inquieto. Mesmo que não aparentasse cansaço físico para estar voltando de alguma caçada, minha pergunta de alguma forma o  deixou nervoso, por mais simples que pudesse ser.

— Está bem...eu vou lá falar com ele então. — Quando estava prestes a subir as escadas para a saída, Sam se colocou em minha frente impedindo-me de prosseguir com meu objetivo.

— Eu acho melhor você esperar ele descer. É que o Dean não acordou de muito bom humor hoje. — Ele força um sorriso torto.

— Tem alguém lá fora com ele não tem ? — Cruzo os braços impaciente mudando rapidamente minha feição.

— O que ? Claro que não.

— Já te disseram que você mente muito mal ? — Me esforço para segurar um sorriso ao ver sua expressão de completa surpresa.

— Tem razão, o Alce aí é um péssimo mentiroso. — A voz alta e rouca de crowley ecoou por todo bunker. E embora Sam tivesse ficado irritado, não me senti surpresa ao saber do que se tratava.

— DEAN, você deixou ele descer ? — Sam fuzila o irmão com os olhos carregados de raiva do demônio.

— Deixei nada, esse sem escrúpulos que foi entrando. — Resmunga.

— Enquanto aos sigilos do bunker, por que não estão funcionando?

Merda...
será que as fotos estavam mesmo enfeitiçadas afinal?

— Rapazes, rapazes, rapazes.... Não vamos começar a nós ofender outra vez vamos ?

Por mais que eu soubesse que se tratava de um demônio, a forma de crowley usar as palavras não me amedrontava. Talvez por que agora eu sabia exatamente como mata-lo.

—  Caso tenham se esquecido, assinamos um contrato! E eu costumo cumprir muito bem com minha palavra. — Ele da alguns passos em minha direção sendo impedido de continuar por Dean.

— É melhor segurar a onda se não quiser um tiro na testa. — Rosna.

— Papai super protetor? Fofo! — Sussurra. — Não vou machucar a sua pequena pródiga seu idiota, só quero conversar.

Dean não parecia confiar nenhum pouco em crowley, e é claro que por se tratar de um demônio ninguém ali iria tirar a sua razão. Mas alguma coisa me dizia que ele realmente não queria me machucar, pelo menos não naquele momento...

— O que você quer ? — Pergunto seria.

— Que me diga a quanto tempo tem visões.

O demônio não parecia nenhum pouco apressado para ter a resposta, de modo que enquanto esperava se recostou sob uma das paredes da sala pigarreando levemente.

— Cerca de um ano... — Sussurro baixo arrancando uma expressão de surpresa de Sam e Dean.

— Como é, UM ANO ?

— Eu não tinha ideia de que isso podiam ser visões até conhecer vocês. — Gaguejo. — Sempre achei que fossem apenas sonhos doídos que aparecem de vez em quando. — Dou de ombros. — Até porquê eu não sentia as dores de cabeça como foram das últimas vezes, elas só apareciam como um flash de luz.

— É, com certeza é sangue de demônio.— Fala com naturalidade.

— A não diga ? — Dean o fuzila irritado. — Disse que contaria coisas que não soubessemos! E isso com certeza não é nenhuma novidade.

— Vai com calma esquilo, está com pressa ? — Crowley da uma longa espreguiçada em seus braços se sentando em um dos degraus da escada. — A menina é uma arma, e muito poderosa arrisco dizer! Seu irmão alce ainda está na lista de desejos do olho amarelo. E para chegar até ele a garota será um excelente meio.

— O que ? — Sam o encara atentamente se sentindo tão perdido quanto eu. — Eu não tenho tido visões, isso já não acontece a quase dois anos.

— Sinto dizer que isso não influencia em nada, já que o sangue dele ainda corre em suas veias. Aliás, eu tenho mais trabalho para vocês, então é bom estarem prontos quando eu aparecer novamente. — Sorri. — Alias, agora que sabem, sugiro que fiquem de olho na pequena winchester, talvez ela seja o próximo mostro que queiram matar.

Aquilo foi a última coisa que ele disse antes de desaparecer como um passe de mágica, deixando-me completamente abalada e preocupada. Não podia ser real, eu jamais seria capaz de fazer mal a alguém, muito menos a minha família.