CAPÍTULO 54

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O grande dia

Elly

—— Layla... Por favor, por favor fala comigo. — Ajoelhada ao chão sentindo cada pedaço do meu coração palpitar de dor eu não conseguia me soltar dela. Não podia acreditar que estava morta, nem aceitar que não pude impedir.

— Elly...Meu Deus...eu sinto muito. — Mesmo sem a conhecer direto, Sam se ajoelhou ao meu lado fazendo de suas lágrimas as minhas também.

— É minha culpa...eu coloquei ela nessa bagunça e agora está morta...eu matei a minha amiga tio Sam. Eu sou uma assassina. — Gaguejo.

— Não fala assim Elly, por favor não se culpe. — Ele me abraça.

— Sua garota mimada insolente. — Sinto meu corpo todo ser comprimido contra o chão assim como o do meu tio. — Eu estava apostando que sua morte fosse rápida e indolor, que não a faria sentir muita agonia. Mas agora que se atreveu a usar contra mim o poder que eu mesmo lhe dei, vou fazer você ver cada membro da sua família morrer bem diante dos seus olhos, e depois disso você vai ser a minha escrava!

Tento usar minhas habilidades mais uma vez, faço força, me concentro...mas nada acontece!

— Você acha que é mais forte que eu? Acha que pode me derrotar ?

— SAMMY, ELLY... — escuto meu pai Gritar um pouco distante dali sentindo um pouco de esperança mais uma vez.

— DEAN. — grita Sam.

— Ora, que bom que ele chegou...assim você também pode ver ele morrer. — furioso Azazel nós leva bem para o meio da cidade mantendo nossos corpos imóveis flutuando a poucos centímetros do chão. — Primeiro eu vou matar o seu tio na sua frente, depois vou acabar com o Bobby, e por último o seu pai!

— SOLTA ELES MALDITO. — Ainda de longe Dean dispara a arma contra Azazel que se desvia usando o corpo de Sam como escudo. A bala o atinge bem do lado esquerdo do peito...

— Não, não, não, não — Em choque, sem acreditar no que havia feito ele deixa com que a arma caia ao chão e sai correndo em direção ao meu tio, o agarrando pouco antes de cair ao chão.

—  NÃO, não não, por favor Fica comigo sammy, por favor...por favor fica comigo.

Eu não conseguia me mexer, mau podia acreditar que aquilo era real, e com o som da Gargalhada de Azazel a minha única reação foi gritar, gritar tão alto que quase pude sentir a minha garganta se rasgar.

Com o meu grito consigo o jogar mais uma vez para longe, não tão longe para que pudesse o ferir, mas longe o suficiente até que Bobby jogasse o colt outra vez para perto.

E eu sabia, sabia que bastava um tiro em sua testa para que ele finalmente deixasse de existir! Mas não era isso que eu queria....Eu queria o ver sofrer, queria poder sentir o gosto da sua agonia. E pouco me importava se aquilo parecia cruel ou não...

Então antes que meu pai pudesse pegar ao colt outra vez, eu apenas faço o maldito flutuar pelo ar, e vou fechando minha mão lentamente, sentindo cada osso do seu corpo se quebrar...

Seus olhos amarelos se mantiveram fixos aos meus, e sua Gargalhada aguda ecoou por toda aquela mata... Ele estava sofrendo, eu sabia que estava. Mas ao mesmo tempo parecia se divertir com o fato de eu estar o torturando.

— É isso aí garota... Mostra pro seu pai o monstro que você, mostre a ele o quanto pode ser perversa e sombria. — Berra.

— Cala essa boca. — Rosno fazendo seus olhos sangrarem. — Eu não sou um monstro, e não dou a mínima se estou sendo cruel... Por que eu sei que você não ligou, não ligou quando quebrou o pescoço da minha mãe ou da Layla... não ligou quando matou o meu tio, SEU MALDITO IMBECIL. — As lágrimas não paravam de correr por meu rosto.

— Você quer saber a verdade pequena Elly? Quer saber quem é aquele homem que você via gritar em meio ao fogo? Você quer saber por que a sua mãezinha te desprezava? Por que ela passou a vida toda odiando ter que acordar e olhar pro seu maldito rosto?

— Eu não quero ouvir nada de você. — Rosno.

— É claro...por que aí no fundo você já sabe de toda a verdade não é? — Gargalha. — Você sabe que era o seu padrasto, sabe que sua mãe sempre lhe culpou pela morte dele por que na noite em que eu entrei na sua casa ele tentou impedir. Ele veio correndo até o quarto, preocupado com o choro da pequena Elly... E aí então eu o fiz queimar, o fiz arder em agonia bem diante dos olhos da sua mamãe.

— CALA BOCA. — grito furiosa não conseguindo mais conter a fúria que havia dentro de mim.

— Foi sua culpa Elly, ele morreu por sua culpa, e sua mamãe também...

Eu sabia que não era verdade, sabia que a culpa de tudo sempre foi dele... Sabia que eu era apenas uma bebê quando aquele homem inocente morreu, e mesmo que minha mãe tivesse me culpado por toda sua vida, eu jamais poderia ter impedido que algo acontecesse.

Mas as provocações de azazel despertaram em mim um lado que jamais imaginei que existiria...

Parecia que quanto mais eu usava aqueles poderes, mais corrompida era a minha alma...

E eu estava prestes a acabar com ele, estava disposta a por um fim de uma vez por todas em seu legado de atrocidades. Mas antes que pudesse... escuto o som de duas balas serem disparadas, acertando em cheio a testa de azazel.

— Já chega... — Escuto meu pai suspirar largando a arma de suas mãos mais uma vez.

Mesmo prestes a morrer, Azazel contínua gargalhando e uma estranha luz de eletricidade pipoca dentro do seu corpo. Era como se ele queimasse de dentro para fora. Eu não sabia se aquilo era tão dolorido quanto parecia, mas do fundo do coração eu rezei que fosse...

— Tio Sam... — Suspiro me ajoelhando ao seu lado. — Isso não pode ser verdade... não pode.

Não importava se o demônio havia morrido, pouco importa se a morte de minha mãe havia sido vingada... Do que isso iria me servir tendo perdido duas pessoas tão importantes?

— Vamos lá meu irmãozinho, você não vai partir assim tá me ouvindo? Eu não vou deixar. Eu tô aqui pra cuidar de você, essa é a minha função não é? — Soluça.

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