CAPÍTULO 26

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✧Em posse da arma✧

Com a confissão de Elly, os irmãos ficaram preocupados sobre o que aínda poderia estar por vir. É claro que nenhum deles tinha noção de quanto poderosa era a garota até ouvir aquela história. E mesmo que para Elly o perdão fosse algo impossível de se conquistar, ninguém ali poderia de fato a culpar pelo infeliz incidente.

—— Ouça bem garotinha. — Suspira Dean. — Eu sei que não foi sua culpa, tá legal ? Todos aqui sabem disso!

— Não há ninguém nesta sala que não tenha sangue nas mãos menina. — Intervém Bobby. — Além disso você não sabe com o que está lidando, se quer sabia que era telepata.

Elly toma coragem para finalmente levantar a cabeça, tendo suas lágrimas enxugadas por Sam. — Não foi sua culpa.

— Foi sim, eu fiz aquilo com eles. — Gagueja. — Se eu tivesse aceitado, se tivesse deixado o crowley me mostrar como controlar isso, talvez eles ainda estivessem vivos.

— Pode parar, entendeu ? — Dean se levanta bruscamente mantendo seus olhos na menina. — Não pode pensar desse jeito por que é exatamente isso que ele quer. É só isso que o crowley faz, ele ferra sua cabeça.

— Me desculpe, desculpe por decepcionar vocês. Eu sei que são heróis. — Suspira. — pensei que poderia salvar vidas também, mas no fim foi justamente o contrário.

— Ninguém aqui está decepcionado Elly. — Responde Sam. — Eu já estive onde você está agora, eu sei como é sentir medo do desconhecido. Sei que é assustador e tudo o que você mais deseja é dar o fora de tudo. Mas nós estamos aqui por você, e não vamos soltar sua mão.

Dean cossa levemente o nariz sentando-se ao lado de Elly mais uma vez. — Sinto muito que você tenha que ter passado por tudo isso. E sinto muito por não ter estado aqui para te proteger. Mas se me der uma chance, só uma...eu prometo que não vai se arrepender.

Sem dizer nenhuma palavra, Elly o abraça repentinamente afundando seu rosto ao ombro de Dean. — Obrigada. — Soluça. — Por tudo.

Sam deixa escapar um sorriso de canto, feliz em ver os dois se aproximando.

— E então, o que vão fazer a respeito do colt ? — Pigarreia Bobby.

— Eu não sei se o crowley está vivo. — Responde Elly.

— Como assim ? Ele tá morto ? Você viu ele ? — Questiona Dean.

— Estou bem vivo se querem saber. — com o som grave da voz de crowley, Elly se agarra forte ao braço de Dean temendo que o pesadelo viesse a tona mais uma vez.

— Eu tenho que admitir, a garota é mais feroz do que eu imaginei. — Pigarreia.

— Tem que ter muita coragem pra aparecer aqui depois de tudo. — Dean puxa a faca do bolso de sua jaqueta partindo pra cima do demônio que imediatamente estende sua mão o lançando pra trás.

— Mantenha distância seu verme insignificante. — Rosna. — Eu não vim lutar.

— E é claro que nós vamos acreditar em você. — Retruca Sam, lhe lançando uma careta nada amistosa.

— O que vocês pensam ou não tanto faz. — Da de ombros puxando o colt de dentro de seu terno. — Aqui está a arma.

— Por que está a entregando agora? — Bobby permanece atento a cada movimento de crowley, esperando qualquer sinal de que aquilo se tratasse de uma armadilha.

— Eu ia o entregar mais cedo ou mais tarde, só precisava ganhar um pouco de tempo para me aproximar da garota prodígia. — Ele sorri para Elly, que encolhe os ombros.

— Acontece que ela é imprevisível e perigosa, tive sorte de não ser desintegrado. Então podem ficar com ela, e boa sorte matando o olho amarelo. — Foram as últimas palavras de crowley antes de desaparecer mais uma vez.

— É mesmo o colt? — Bobby não pareceu confiar nas palavras de crowley. Por mais que a arma estivesse bem diante dos seus olhos.

— Eu sei lá, parece que sim. — Responde Dean.

— Não tem como saber, pelo menos não  sem atirar em alguma coisa antes. Vai por mim, vocês não vão gostar de bater de frente com Azazel e só então descobrir que o brinquedinho é falso.

— De toda forma vamos ser cuidadosos. Até lá eu preciso resolver algumas questões. — Dean olha sutilmente para o rosto assustado de Elly pedindo que ela saísse do cômodo. — Você pode dar um minutinho pra gente?

— Vem, te faço companhia. — Castiel acompanha a garota até seu quarto deixando com que os irmãos tivessem um tempo para conversar a respeito de tudo.

— Conheço essa cara, está pesando em fazer alguma idiotice. — Resmunga Bobby.

— No que está pensando? — Sam também conseguiu perceber a diferente expressão no rosto de seu irmão. Talvez não se tratasse nada mais do que mera preocupação, mas a verdade é que Dean se sentiu encurralado.

— Olha, eu não posso fazer isso tá legal ? Eu sei que vocês tão ai me olhando com essa caras de quem estão julgando até o meu último átomo, mas não dá! Eu não faço ideia do que fazer.

— Não está culpando a Elly pelo o que aconteceu está ?

— O que ? É claro que não. — Sopra. — Eu só tô dizendo que precisamos fazer alguma coisa a respeito disso. Sabe que não podemos deixar que mais ninguém se machuque.

— E o que você sugere ? Tranca-lá no quarto do pânico até ter certeza do que fazer?. — Bobby o encara semi serrando os dentes. — Ouça filho, eu sei que esse lance de paternidade é novidade, mas precisa parar de agir como um garotinho assutado. A menina está com medo, e precisa do pai dela pra dizer que vai ficar tudo bem.

— Talvez seja melhor manter a Elly longe de tudo isso. Caçadas e tudo que envolvam qualquer coisa sobrenatural. — Sugere Sam. —Ela é só uma criança, talvez não seja tarde pra levar uma vida normal.

Dean permaneceu calado por um tempo, mas logo concordou com seu irmão.

— Coloque ela de volta na escola, incentive a fazer amigos, vai por mim...vai ser bom pra ela esquecer isso tudo.

— É... talvez você tenha razão.

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Atenção leitores
Sempre que for sair capítulo extra irei postar um aviso no perfil, então fiquem atentos!

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