CAPÍTULO 27

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✧Baby✧

Elly

—— Escola ? — Repito a palavra boquiaberta. — E se eu perder a cabeça e acabar explodindo algum almofadinha? Não sei se você sabe mas paciência não é lá o meu forte, além disso já perdi as contas de quantas vezes fui parar na detenção. — sopro.

— É só a escola... não pode ser tão ruim assim. — Dean cruza os braços para a menina encarando meu rosto por alguma segundos, mudando de expressão logo em seguida. — Pensando bem é, é um pesadelo. — Da de ombros. — Mas você vai se sair bem, tenho certeza disso.

— Olha eu entendo, sei que sou perigosa e devo ficar longe de tudo isso por um tempo. Mas enquanto a Azazel ? Ele matou minha mãe, não tem como esquecer disso.

— O sammy e eu vamos cuidar dele tá legal ? Isso não é sua responsabilidade. A única coisa com que deve se preocupar de agora em diante é fazer novos amigos.

— Você ia a escola antes de tudo isso acontecer, não vai ser difícil se enturmar outra vez. — Susurra Sam.

— Acontece que eu já tinha me acostumado com a ideia de não ter de voltar lá outra vez. Além disso vocês estão sempre viajando atrás de casos, não quero continuar nessa vida de mudar de escola a cada duas semanas.

— Você não vai precisar, vai estudar Aqui mesmo no kansas. Vamos estar sempre perto, e o Cass prometeu te trazer pra casa no fim do dia.

— E o Castiel sabe dirigir? — Pergunto completamente perdida.

— A.... não mas ele tem asas. — Da de ombros.

— Irado. — Suspiro. — Quer dizer que eu realmente não vou precisar me preocupar em me mudar de cidade, e que finalmente vou poder estudar em uma única escola ?

— É isso aí, a gente sabe como isso é desgastante. — Responde Sam. — Nosso pai costumava fazer bastante isso quando éramos crianças, sei o quanto é difícil fazer amigos e ter que se despedir pouco tempo depois.

No fundo eu estava feliz por finalmente poder ter uma vida acadêmica tranquila. É claro que a escola não era lá o meu lugar favorito da vida, mas eu gostava de fazer amizades, gostava de fazer bagunça, ficar apreensiva em dias de prova, mesmo que no fim minhas notas eram sempre boas. E com certeza sentia saudade de pensar em outra coisa que não envolvesse a minha morte.

Talvez ficar de fora do mundo sobrenatural por um tempo, entender os meus poderes e me aproximar da minha família fosse tudo o que eu mais precisasse.

—  Eu pensei de irmos até alguma loja da cidade e escolher o material necessário. Vamos fazer sua matrícula hoje!

— Então eu já posso conhecer a escola? — pergunto empolgada.

— É... você tá mesmo animada? — Dean ergue uma sombrancelha como se estranhasse meu comportamento.

— Bom, é a primeira vez que alguma coisa vai ser fixa em minha vida. — Dou de ombros. — Você não gostava de estudar?

— Ah... Com certeza não.

— E você tio Sam ?

— Seu tio Sam sempre foi um completo nerd. Deve ser por isso que as garotas sempre fugiam dele. — Dean solta uma gargalhada genuína feliz em conseguir uma careta de seu irmão.

— Há ha muito engraçado, pelo menos eu nunca fiquei de recuperação em artes. — Rebate.

— Artes, é sério mesmo ? Olha eu até entenderia se fosse geografia ou matemática, mas Artes ? Quem fica em recuperação em artes ? — Não consigo segurar o riso ao ver o rosto vermelho de Dean.

— Engraçadinha, suas notas devem ser muito boas pra ficar debochando.

— Na verdade a menor nota que já tirei foi 8.5, eu fiquei muito mal inclusive, passei a semana toda me achando burra. — Sopro. — Acho que herdei a cobrança excessiva da mamãe, por isso sempre fui boa aluna.

— Sorte a sua ter puxado a ela. — Cochicha Sam.

— Vocês vão ficar aí de papinho o dia todo ou podemos ir até essa escola? — Interrompe Dean já sem paciência.

— Claro, vamos logo.

O sigo saltitante até o impala, finalmente com outra coisa em mente que não envolvesse sangue e muita dor.

Já fazia alguns dias que eu queria poder passar um tempo com o Dean. Entender sua personalidade e acima de tudo tentar uma maior aproximação.

Ele era misterioso e seu humor estava sempre mudando, mas de forma geral ele era legal comigo, mesmo quando não atendida minhas expectativas ou quando não respondia minhas perguntas.

estar com ele me transmita um sensação de segurança, e isso era maravilhoso.

— Eu posso dirigir? — Peço esperançosa.

— O que ? Não. — Ele me olha pasmo como se sentisse ciúmes do carro.

— Sem graça. — Bufo.

— Nem me olha com essa cara de criança rebelde. Não vou deixar você usar o meu bebê pra bater em alguma árvore por aí.

— Seu... bebê ? — Aperto o lábio  tentando ao máximo conter minha expressão de riso que logo se transforma em uma alta gargalhada. — Fala sério, bebê ?

— Ih ala...não entendi a graça. — Susurra ligando o carro.

— Qual é, tem que admitir que isso é Ilário. Quer dizer, quem em sã consciência da um apelido para um carro ?

— Não é só um carro, é O carro.

— É parece que você tem mesmo um apego com ele. — Sopro ainda sem fôlego. — Quem sabe um dia eu seja digna de o dirigir.

— Se continuar debochando pode esquecer, não se esquece que ele tá escutando cada palavra sua.

— Você não pode estar falando sério. — Sorrio.

— Eu pareço estar brincando?

— Bom, neste caso...— Perdão querido Impala 67, vulgo "bebê". — Eu Elly winchester prometo honrar a sua história e nunca mais caçoar do seu magnífico apelido carinhoso. — Respondo sutilmente acariciando o painel do veículo.

— E aí, que tal ?

— Não senti muita sinceridade no seu pedido de desculpas, mas ele vai levar em consideração. — Sorri.

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Boa tarde leitores
Vocês terão aula amanhã?
Tenho prova hoje e amanhã também...
Estou me borrando de medo das ameaças. 😥 Mas espero que ocorra tudo bem.

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