CAPÍTULO 6

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O potergaist

Elly

A viagem foi mais longa do que pude imaginar que seria, felizmente consegui dormir um pouco pelo caminho, o que diminuiu um pouco do clima estranho e desagradável que se formava sempre que eu fazia uma pergunta.

A casa de Bobby ficava próximo a uma oficina, mais precisamente um ferro velho. Haviam inúmeros carros para todos os lados, tantos que eu mau podia contar.

—— Então...pra qual cidade vocês vão mesmo ? — Pergunto.

— Não tem que se preocupar com isso. — Dean ignora minha pergunta pegando uma cerveja na geladeira de Singer.

— Por favor, vocês não podem me deixar aqui, e se aquelas coisas aparecerem ?

— Não vão! — Responde Bobby. — Além disso estará segura aqui.

— Como podem ter certeza ? — Choramingo.

— Escuta Elly, eu sei que está com medo, e tem todo direito de estar. Mas seríamos completamente irresponsáveis te arrastando pra um caso. — Explica Sam. — Queremos que fique segura, e com certeza estará melhor aqui do que perto de um Potergaist.

— Tudo bem. — Suspiro...eu queria ir

— Ótimo, Nós voltamos logo.

Eu sabia que estaria mais segura na casa do Bobby. E toda aquela coisa de monstros e fantasmas realmente mexeu comigo, mas de alguma forma despertou minha curiosidade sobre o assunto. E com toda certeza eu não ficaria sentada durante sei lá quanto tempo aquela caçada poderia durar...

Corro sem que percebam e me escondo atrás do banco do impala, encolhendo o máximo que pude. Silenciei os telefones que estavam no cofre e torci para que não me vissem.

•••

— Então, o que diz o jornal ? — Pergunta Dean.

— De acordo com isso a casa já foi alugada duas vezes, uma por uma família de Oregon, cujo o filho mais novo afirmava que havia um mostro morando no sótão. Pouco tempo depois todos desapareceram misteriosamente. A polícia decretou que eram foragidos e é claro arquivaram o caso. O mesmo aconteceu com a última família também.

— Tudo indica que a casa foi alugada a cerca de 5 dias pelo casal Smith, e dês de então a filha mais nova Cassy, vem relatando casos de como: "objetos voando contra a parede, hematomas estranhos e sons agudos vindo do sótão. "

— Esses malditos... Sempre implicam com as pobres das criancinhas primeiro. — Resmunga Dean.

— Bom... Vamos torcer pra ele não achar que tenho 11 anos então. — dou um sorriso fraco saindo de trás do banco vagarosamente.

— Mais o... O que é que você está fazendo aqui menina . — Dean freia o impala rapidamente me lançando um olhar de reprovação.

— Chamadas perdidas do Bobby... — Sam mostra o telefone para o irmão que não demora a notar que os seus também estavam silenciados.

— Só pode ser brincadeira. — Resmunga. — Tem ideia de quanto tempo de viagem vamos gastar só pra te levar de volta?

— estamos a vinte minutos da cidade Dean, não podemos voltar agora. — Sam ergue uma sombrancelha como se tentasse disfarçar sua vontade de sorrir.

— Escuta aqui, você vai ficar no carro entendeu? E nem pensar em descer.— Adverte.

— Qual é, por favor me deixa ajudar. — Imploro. — Sam, você mesmo disse que não posso ter a minha vida de volta, eu só quero aprender com vocês como caçar essas coisas. O que há de tão ruim nisso ?

— Tem que você é uma criança! — Grita Dean.

— Uma criança que viu a mãe a ser morta ! Uma criança que sabe que monstros são reais... Uma criança que está sendo caçada por demônios! Não acha que são motivos suficiente pra querer aprender a ficar viva ?

— Acho que são motivos suficiente pra querer ficar de fora. Você não sabe o que tem lá, não imagina o quanto essa coisa te destrói, vai por mim menina, você não vai quer essa vida.

Talvez ele tivesse razão, talvez eu realmente não quisesse nada daquilo. Mas com certeza não iria ficar de fora, não depois do que aconteceu com minha mãe, não depois de descobrir que faço parte de algum plano sombrio.

— Por favor... Eu sei que Vocês não confiam em mim o suficiente pra deixar que eu vá, mas me dêem uma chance. — Imploro.

— NÃO! — Dean volta a ligar o carro ainda furioso com minha presença. — vai nos agradecer mais tarde.

— Estraga prazer. — Suspiro me jogando contra o banco.

— Olha Dean, eu não quero quebrar o clima da sua decisão, mas com Azazel na cola da Elly eu não acho que deixá-la sozinha no Impala vai ser lá uma boa ideia.

— Escuta seu irmão, ele tem toda razão. — Assinto devagar tentando conseguir arrancar um mero sorriso do rosto de Dean, embora essa missão parecesse impossível.

Sam por outro lado, parecia se divertir bastante com a situação...

— Não pense que vamos tirar os olhos de você tá entendendo? Vai ficar por perto, e nem pensar em falar! — Resmunga contrariado.

— Por mim tudo bem. — Sorrio. — Mas me diz, como é que se pega um Potergaist ? — Pergunto curiosa.

— Um Potergaist é um espírito como qualquer outro, só que imensamente mais agressivo. Pra acabar com ele temos que descobrir quem é, salgar e queimar os ossos. — Responde Sam.

— Não parece muito divertido. — Murmuro.

— É, você não viu nada...

As luzes da cidade começaram a surgir pouco a pouco, e quase que por alguns segundos, pude ter alguns feedbacks de quando viaja com a mamãe.

Era estranho pensar que meu pai estava tão perto esse tempo todo, e mais estranho ainda saber que estava no mesmo carro que ele agora...

— Tudo bem, vamos. — Dean estaciona o impala em frente a um hotel simples onde deveríamos ficar até que o caso fosse resolvido.

— Sobe com as coisas e a garota, vou conversar com os recepcionistas e ver se sabem algo a respeito da família. — Ele entrega duas bolsas a Sam que não fica nenhum pouco contente.

— O que, vai me deixar de fora do caso agora?

— Não seja dramático, são só perguntas de rotina. — Ele sorri dando dois leves tapas no ombro do irmão.

— Seu prego.

— Imbecil. — Rebate.

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