CAPÍTULO 52

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A torre...

Elly

—— Layla... Layla fala comigo. — Faço força na tentativa de romper as correntes. — Mais que droga. —Grito. — O que aquele idiota quis dizer?

— Fica calma Elly, vai acabar se machucando se puxar as correntes assim.

— O que vamos fazer? Quando ele voltar  vai fazer picadinho da gente. — Sopro apreensiva.

— Precisa manter a calma! Se ele quisesse nós matar já teria feito isso.

Sam tinha razão, não havia motivos para poupar nossa vida se não fosse usar isso a seu favor. Azazel era presunçoso, sabia exatamente o que estava fazendo, ia brincar com nossa mente, confundir nossas cabeças e só então revelar o seu plano.

— Que se dane, eu vou tirar a gente daqui. — Suspiro erguendo minhas mãos em direção a porta.

— Elly não faz isso... é exatamente isso que ele quer.

— Se ele quer que eu use esses malditos poderes então eu vou usar! Não vou deixar que a gente apodreça aqui. Além disso a Layla está ferida, ela precisa de um médico.

Ainda de olhos abertos me concentro em explodir pelos ares aquela porta. Mas ao invés disso o que se rompe são as correntes em meu pulso.

— Mais o que...— Suspiro confusa. — Esses poderes realmente tem vontade própria.

— Não foram os poderes. — Sam coloca as mãos em meu ombro mostrando que as suas algemas também se romperam. — Deve ter sido ele... Ele quer que a gente saia.

— Por que ? — Cochicho.

— Eu não sei...mas boa coisa não é!

Sam pega Layla em seus braços a levando conosco para fora daquela maldita torre.

O lugar era exatamente igual a minha visão, a floresta, o riacho... até o barulho do vento contra as folhas das árvores.

A única coisa que estava diferente da minha visão é que o bosque da floresta parecia mais morto. As folhas estavam secas, e o solo degradado. Não tinha aves, muito menos quaisquer outros animais pelo lugar...

Tiro o telefone do bolso em uma tentativa de obter algum sinal, mas era óbvio que não conseguiria...

— Acha que o meu pai sabe onde a gente está ? — Pergunto olhando em volta.

— Sabe sim, ele vai vir atrás da gente... só precisamos sobreviver até lá!

— Sobreviver? — Enruguei a testa torcendo para que fosse uma Metáfora.

— Estamos em uma cidade infestada de fantasmas e demônios...os moradores do lugar saíram daqui a décadas. Não temos armas então vamos ter que dar uma volta por aí em busca de qualquer coisa útil.

— Cidade ? Eu só vejo essa maldita torre e um monte de árvores secas.

— Devemos estar mais adentro da mata, vamo andar depressa e encontrar as casas. Fica atrás de mim e se vir qualquer coisa grita.

— Com certeza. — Suspiro sentindo um terrível calafrio.

Se o Kevin ficou com medo daquele cemitério, nem queria imaginar o que ele iria fazer se estivesse aqui agora. — Penso comigo mesma torcendo para que ele estivesse bem.

Infelizmente Layla não teve a mesma sorte de ficar de fora daquela encrenca. Eu me senti terrivelmente culpada por tudo, nunca devia tê-la colocado no meio dessa confusão. Nem se quer devia ter dito a ela sobre a a existência dessas coisas...a verdade é que eu fui um péssimo exemplo de amiga, e talvez mudar de escola no fim das contas fosse melhor pra eles.

Quem vai querer por perto uma pessoa que só serve para atrair o mal ?

— Olha, tem algumas casas ali. — Aponta Sam. — Vamos entrar e procurar por ferro, sal...qualquer coisa que possa ser útil.

— Não vai ser melhor se a gente se separar? — Pergunto. — Quer dizer, eu sei que geralmente quando as pessoas se separam nos filmes de terror sempre tem tudo pra dar errado, mas talvez a vida real seja diferente... né?

— Não, com certeza a vida real é bem pior!

— eu temi que dissesse isso. — Sopro. — Ei, e se a gente rezar pro cass?

— Eu já tentei, ou ele não está ouvindo ou com certeza tem algum sigilo por aí... Azazel não iria querer um anjo pra atrapalhar os seus planos.

— É, faz sentido.

Continuamos procurando por um bom tempo em busca de qualquer coisa que pudesse ser útil, mas tudo o que encontramos foram algumas barras de ferro e um pequeno pacote com sal, tão pouco que mal de podia cobrir uma janela.

— Talvez o olho amarelo confie o bastante em nós para sobreviver só com essas porcarias. — Resmungo.

— A confiança dele não é o bastante pra mim.

— Ora Sam, eu me sinto magoado com essa palavras. — Azazel aparece bem ao centro da sala nos deixando em posição de ataque. — Você sabe que é meu favorito não sabe ? — Ele sorri de modo sombrio.

— Fala logo o que você quer de nós. — Rosna Sam.

— O que eu quero, não ficou claro ? — Gargalha. — Quero que lutem, quero que vocês sobrevivam.

— Sem essa...tem muito mais coisas aí.

— É verdade, mas por hora tudo o que vocês precisam saber é que somente um de vocês vai sair daqui vivo. E não me leve a mal pequena winchester mas o seu titio aqui tem toda a minha torcida. Mas é claro que você tem força, tem garra e muita capacidade pra virar o jogo como quiser.

— Vai se ferrar imbecil. — Rosno Semi Serrando os dentes.

— Mais que boquinha suja...

— O Meu pai vai encontrar a gente, e quando ele chegar você vai desejar estar morto seu maldito.

— Dean winchester...A sim, eu espero muito que ele venha. Eu até já preparei uma cerimônia especial para recebê-lo. E quando ele chegar, vai ter que assistir um de vocês morrer bem diante dos olhos dele... Fascinante não é?

Foram as últimas palavras que saíram de sua boca até que desaparecesse outra vez, nos deixando novamente sem respostas...

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