CAPÍTULO 34

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✧Mal estar✧

—— Isso foi tudo o que eu consegui achar. — Kevin entrega os papéis para Elly no mesmo instante em que o último sinal bate. — posso pesquisar um pouco mais quando chegar em casa.

— Não precisa se preocupar, sua ajuda até aqui já foi muito importante pra mim. De verdade... — Sorri.

— Então... Você é daquelas garotas que gostam de história de terror? Tipo uma garota sombria... — Kevin da um sorriso pequeno colocando as mãos para trás.

— É, minha família adora uma história de terror. — Da de ombros. — Valeu mesmo Kevin, espero poder retribuir um dia.

— Eu não fui expulso nem nada do tipo, então fico feliz em ter ajudado. Posso te levar pra casa se quiser, você mora aqui mesmo ?

— Não se preocupe, mas um amigo já ficou de vir me buscar. — Explica passivamente.

— Tudo bem, a gente se vê garota sombria. — Ele da uma gargalhada abafada acenando para Elly uma última vez, antes de sumir pelos corredores em meio a multidão.

Os papéis coletados iriam ser de grande utilidade para Elly, de todo modo, a menina achou que seria melhor manter em segredo que estava investigando.

— Cass, tá com a rádio dos anjos ligada ? — Ela Sussurra colocando os papéis dentro de sua mochila.

— Estou aqui. — Ele responde segundos depois, atendendo o chamado da menina.

— Poxa, você é muito rápido. Como consegue?

— Hum...asas.

— Oh, claro... — Cadê o restante do pessoal, estão aí fora ou.... você sabe, ainda estão investigando o caso ?

— Dean disse que não devo falar a respeito disso com você.

Elly da uma leve revirada de olho ignorando a situação. — Tudo bem, vamos pra casa então.

•••

Como o caso ainda não havia sido resolvido, e os rapazes não queriam que elly ficasse sozinha, foi decidido passar uns dias na cidade até que tudo tenha se solucionado. Assim eles poderiam voltar ao bunker o mais breve possível e dar continuidade a caçada a Azazel.

— Voltei. — Sorri jogando a mochila sob um das camas.

— Como foi o primeiro dia de aula ? — Sam estava concentrado em seu computador, provavelmente procurando por pistas. — Você gostou ?

— Foi legal... Cadê o Dean ? — pergunta calmante olhando em volta do quarto.

— Saiu pra comprar torta.

— Espero que ele traga bastante. — Suspira Lambendo os beiços.

— Eu preciso ir agora, avisem se surgir qualquer problema. — Castiel assente para Sam discretamente deixando o quarto pouco tempo depois.  Aquela foi uma das primeiras vezes que Elly o viu tão sério, como se estivesse focado em um propósito.

Mas mesmo achando tudo aquilo extremamente estranho a menina prefere não questionar, se deixando distrair pelo som do Impala se aproximando.

— Eu abro. — Fala animada correndo em direção a porta.

— Toma cuidado com o degrau. — A voz de Sam foi a última coisa que a garota escutou. E em questões de segundos seu corpo estava caído ao chão, trêmulo e pálido.

— Elly. — Grita Sam indo a seu encontro. — Ei, fala comigo.

Com o som dos gritos Dean correu imediatamente até o quarto, pegando a garota em seus braços. — O que houve? — Pergunta.

— Eu não sei ela foi abrir a porta e derrepente caiu.

Os olhos de Dean ficaram paralisados sob o rosto pálido da garota. Suas mãos estavam frias, como se todo seu corpo congelasse de dentro pra fora.

Era difícil saber o que estava acontecendo, nem se aquilo se tratava de algo sobrenatural. Todavia, Ele achou que a melhor opção naquele momento era lava-la a um médico, torcendo para que pudesse se tratar de uma simples queda de pressão.

— Ela precisa ir pra um hospital. — Dean tira as chaves do carro do bolso de sua jaqueta as jogando para seu irmão. — Você dirige, vou ficar com ela no banco de trás.

Sam não questiona suas ordens e imediatamente vai até o impala.

— Vamos garotinha, acorda. — Dean manteve as mãos no rosto da menina durante todo percurso, se certificando de que sua temperatura não estava caindo ao extremo.

— Esta sentindo o pulso dela ? — Pergunta Sam, sem tirar os olhos da estrada.

— Estou, mas a temperatura está caindo, ela pode acabar tendo uma hipotermia. — Responde impaciente.

— Essa droga de trânsito não ajuda. — Sam estava tão nervoso quanto seu irmão. E faltando apenas um quarteirão para chegar ao hospital, os carros haviam congestionado toda rua, impedindo que continuassem o percurso.

— Dane-se. — Sopra Dean abrindo a porta do carro.

— O que vai fazer ? — pergunta Sam.

— Ela precisa de um médico, não dá pra esperar. Me encontra no hospital quando essa fila finalmente resolver andar. — Ele sai correndo em meio ao congestionamento carregando Elly em seus braços até chegar a recepção, onde foi atendido por uma senhora de cabelos grisalhos.

— Por favor ela precisa de um médico. — Grita.

— O que houve ?

— Ela desmaiou, está muito gelada e a temperatura não para de cair.

— Qual o nome da paciente ?

— Olha aqui minha senhora ela está doente, será que não pode apenas chamar alguém que possa atendê-la ?

— Está vendo alguém aqui que não esteja doente ?

— O nome dela é Elly, Ela é minha filha e precisa de ajuda. — As palavras foram se embaralhando em sua garganta. E conforme a palidez da menina aumentava, mais nervoso ele ficava.

— vá por essa porta por favor. — A moça orienta para que Dean siga até o corredor da emergência, onde um médico finalmente os receberam.

— Por favor ela precisa de ajuda. — Suplica a colocando sob a maca.

— Vamos cuidar da sua filha senhor, mas preciso que por favor espere no corredor e preencha o formulário da paciente.

Fora da sala Dean leva as mãos em seu rosto tomando alguns suspiros profundos de preocupação. — Você tem que ficar boa...tem que ficar...

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