vinte e oito

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𝗥𝗶𝗰𝗵𝗮𝗿𝗹𝗶𝘀𝗼𝗻 𝗼𝗻

Assim que abri a porta, foi como se tivesse vendo uma criança. Isabela estava com um sorriso enorme no rosto, assim que me viu, começou a dar pulinhos e bater palmas.

— O que aconteceu? — Perguntei com um sorriso confuso formando em meus lábios, ela ergueu as sobrancelhas como se aquilo fosse um jogo de adivinha.

— Ela endoidou? — Escutei a Andressa perguntando de uma distância atrás de mim.

Continuei olhando pra Isabela por alguns segundos e juntei as peças, Mathias mandou ela ir no hospital que ela foi demitida por não ter testemunhas e agora está comemorando.

— Você conseguiu? — Perguntei animado e ela balançou a cabeça positivamente. Abri os braços para um abraço e ela correu pra mim, o corpo dela encaixa certinho no meu, ela aconchegou o rosto entre meu pescoço e ombro, acariciei o cabelo dela e senti uma alegria indescritível, é ótimo vê-la assim.

— Mathias contou a verdade pra diretoria, vão me devolver o CRM. — Isabela falou ainda no meu abraço, sua voz parecia de alívio e eu entendo o porquê.

— Ele serviu em alguma coisa, pelo menos. — Falei e ela deu um tapa nas minhas costas. Ri e aconcheguei minha cabeça na dela.

Ficamos ali um tempo, a paz de saber que ela vai conseguir trabalhar de novo, me tranquiliza muito.

Nos separamos e ela foi abraçar a mãe que também estava emocionada com a notícia, fiquei observando o carinho das duas no abraço.

Decidimos comemorar bebendo vinho, elas se serviram e sentaram na varanda para conversar sobre a novidade. Não quis estragar o momento delas e então fui pro quarto assistir alguma coisa na televisão ou mexer no celular.

— Ei, tudo bem? — Isabela falou entrando e fechando a porta do quarto, balancei a cabeça positivamente e sorri pra ela. — Minha mãe foi dormir, ela bebe um pouco e dorme. — Ela continuou falando e deitou do meu lado, abracei ela e nos aconchegamos nos braços um do outro, ela me observou e começou a fazer carinho com a ponta do dedo no meu nariz. — Acho que não te agradeci por tudo que fez, não é? 

— Não precisa, não são favores. — Respondi sério e ela riu. — Sérião, fiz de coração, achou que eu ia te largar em momentos ruins? Tá maluca, tô contigo nas horas boas e ruins, tem essa não.

— Rich, quero ir pra Inglaterra ano que vem. — Ela falou séria. — Vou precisar ficar na sua casa mesmo, tenho um dinheiro guardado, mas nunca conseguiria pagar um aluguel lá por três meses, prometo que vou arrumar um emprego e nem encherei o saco da sua prima. — Tirei ela de perto de mim, sentei na cama e ela fez o mesmo e, segurei a mão dela.

— Isa, não quero ser o cara que tira a 'muié do emprego para ir morar com ele, você ama o hospital e eu vou ficar malzão com essa culpa. — Falei sendo sincero com ela.

— Sou oncologista em qualquer hospital, Richarlison. Amo a medicina, não o ambiente de trabalho. Quero ir pra Inglaterra por uma nova oportunidade de emprego e por você, não quero forçar nada, se me quiser com você, eu vou sem nem pensar duas vezes. — Ela falou séria e se explicando, a encarei por alguns segundos até assimilar aquilo e aos poucos um sorriso foi surgindo no meu rosto.

— Eu quero, se você quer, eu quero, muito mermo. — Falei animado e ela riu feliz, ficou de s joelhos e me abraçou. — Sobre o que tu falou, a casa é sua, os carros são seus, eu sou seu, tudo é seu agora.

— Você é meu? — Ela perguntou segurando meu rosto e rindo, balancei a cabeça positivamente e envergonhado, nem tinha reparado no que tinha falado.

𝙞𝙣𝙨𝙩𝙖𝙜𝙧𝙖𝙢 || 𝘳𝘪𝘤𝘩𝘢𝘳𝘭𝘪𝘴𝘰𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora