trinta e sete

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𝗥𝗶𝗰𝗵𝗮𝗿𝗹𝗶𝘀𝗼𝗻 𝗼𝗻

Esses dias sem a Isabela me fizeram perceber que eu tô viciadão nela. Eu não sou um cara de partir pra agressão, mas eu já tinha acumulado um ciúmes enorme daquele maluco e quando ele ousou tocar na minha mulher, eu juro que queria matá-lo.

Com os dias passando, minha cabeça me mostrou a real. Nunca culpei a Isabela por nenhuma ação dela no dia, fiquei malzão por ela ter defendido aquele maluco, mas confio na palavra dela e sei que ela tá 100% comigo, não desconfio disso e nem dela, mas não posso negar que aquela briga me causou inseguranças que sei que vou precisar de tempo para conseguir superar, mas não vou abrir mão da Isabela por isso.

Estava no banho, deixando a água cair no meu corpo, estava com o braço apoiado na parede e minha cabeça apoiada no braço, quando senti as mãos pequenas da Isabela abraçando meu abdômen e vários beijos dela nas minhas costas.

— Quer conversar agora? — Ela perguntou depois de dar mais um beijo perto do meu ombro e apoiou o queixo nas minhas costas.

— Eu tô fechado com você, Isa. Não quero perder você, sério mermo. — Falei sério e peguei uma das mãos dela, depositei um selinho e coloquei do lado do meu rosto.

— Eu também não. — Ela falou e eu senti ela arrumando a cabeça ainda atrás de mim. — Vira aqui, por favor. — Obedeci o que ela falou e fiquei de frente pra ela, ela sorriu para mim e eu segurei o rostinho dela com as duas mãos.

— Acha que eu agi errado? — Perguntei a encarando e ela negou com a cabeça.

— Foi nosso primeiro instinto, o único errado foi o Guilherme. — Ela falou e começou a desenhar no meu ombro com a ponta do dedo indicador. — Mas por favor, não parta pra agressão mais, eu fiquei preocupada. — Ela falou depois de alguns segundos e voltou a me olhar, sorri com o olhar de pavor dela, sei o quanto ela tenta ser real.

Balancei a cabeça positivamente e beijei a testa dela. Não quero problema com ela, Isabela é cabeça, firmeza demais. Tomamos nosso banho juntos e depois fomos caçar alguma coisa pra comer.

— Quem era a loira? — Isabela perguntou admirando a vista da varanda e comendo mais uma garfada do macarrão dela.

— Uma amiga. — Respondi sendo sincero, nos olhamos ao mesmo tempo, ela levantou uma das sobrancelhas, mas voltou a olhar São Paulo da varanda dela.

— Não quero ser ciumenta, mas quase entrei em colapso com a fofoca mal contada. — Ela falou séria, mas soltou uma risada envergonhada rápida. — Estávamos sem conversar e por insegurança, minha cabeça jurou que eu poderia ser trocada facilmente.

— Isabela, tô tão apaixonado em você, que não consigo olhar para outra mulher com malícia, você é prioridade minha agora, sacou? — Perguntei sério, ela me olhou parecendo surpresa, sorriu um pouco receosa e bebeu um pouco do vinho. — Você conversou com o Guilherme depois da briga?

— Não. — Ela respondeu certeira e esticou a mão para pegar a minha, segurei a mão dela e dei um beijo ali.

— Laura me contou que são amigos de infância, esses dias pensei se você iria conversar com ele, nem que fosse uma despedida, não sei. — Falei um pouco sem jeito, esse assunto me incomoda, mas sei que não tenho o direito de acabar com as relações da vida dela por ciúmes ou por não gostar de alguém.

— Ele me procurou dias depois, mas confesso que ainda não sei se quero vê-lo. — Ela falou e levantou vindo na minha direção.

— Tô me sentindo muito otário por ter perdido esses dias longe de você. — Falei assim que ela sentou no meu colo, tirei o cabelo dela do rosto e a observei bem.

— Precisávamos do tempo, Rich. — Ela falou me observando bem. — Você é lindo.

— Eu amo você, Isabela. — Falei rápido, falei como se aquelas palavras fossem vidros me rasgando por dentro, eu sou ruinzão para demonstrar essas paradas, mas não tô afim de perder tempo com ela.

Isabela deu uma leve afastada com o tronco, as mãos dela deslizaram pelo meu peito e ela me olhou com espanto, naquele momento eu quis correr dali, estou me sentindo tão vulnerável agora, caralho, que sensação ruim.

Em segundos a reação dela mudou para uma risada gostosa que fez meu coração errar as batidas, eu não conheço nada melhor que esse som, mas a cada segundo sem uma resposta, estava me fazendo ficar apavorado.

— Ô vei, tô constrangido, namoral, Isabela. — Falei baixo e apavorado.

— Eu também amo você, Richarlison. Eu não esperava isso, foi como se minha realidade mudasse para melhor. — Ela falou animada, segurou meu rosto com força e me beijou.

Agarrei a cintura dela em um abraço forte, ela passou as pernas na minha cintura e passou os braços pelo meu pescoço.

Sei que temos muita coisa pra resolver com ela ainda, mas tô certo do meu relacionamento com ela e sei que ela também. Não tô afim de perder tempo mais não, tô sentindo dentro do meu peito e vou demonstrar o máximo que conseguir.

Nunca fui um cara de namorar, nunca tive esse interesse, mas desde que vi a foto da Isabela no Instagram e fui a conhecendo com o tempo, me amarrei legal.

Nosso beijo foi interrompido pela campainha do apartamento tocando, Isabela me olhou confusa e ofegante, meu olhar desceu dos olhos dela até a boca e assim que a vi avermelhada, não aguentei e a puxei para um beijo novamente, ignorando a campainha.

Que tocou mais agora e acompanhada de batidas na porta. Isabela se afastou do beijo resmungando frustrada, saiu do meu colo e praticamente se arrastou até a porta.

Respirei fundo e com um sorriso no rosto, admirei a vista preferida da Isabela, São Paulo diretamente da varanda dela.

Escutei uma voz masculina um pouco exaltada vindo da porta de entrada e não pensei duas vezes antes de ir ver o que era. Assim que entrei na sala, reconheci o cara que segurava o punho dela, era o babaca do ex dela, o Pedro.

...

Sentiram falta dos dois grudadinhos?
A aparição do Pedro veio para causar uma certa intriga para vocês. Palpites dos próximos capítulos?

Espero que gostem e me ajudem com votos e comentários.

𝙞𝙣𝙨𝙩𝙖𝙜𝙧𝙖𝙢 || 𝘳𝘪𝘤𝘩𝘢𝘳𝘭𝘪𝘴𝘰𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora