quarenta e quatro

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— O doutor Paulo acabou de me ligar. — Falei animada, Richarlison tinha acabado de entrar no quarto e me olhou confuso antes de entender minha felicidade.

— Marcaram a reunião? Pra quando? — Ele respondeu animado e veio na minha direção. — Você ficou bonitona com esse vestido.

— Amanhã. — Respondi e passei meus braços pelo pescoço dele. — Sabia que iria gostar, é especialmente para você.

— Ah é? — Richarlison perguntou sorrindo maliciosamente e apertou minha cintura para mais perto do seu corpo.

Respondi com um "uhum" e mordi o lábio inferior. Ele tentou me beijar, mas eu abaixei um pouco mais a cabeça e ele acabou beijando a ponta do meu nariz.

— Tenho que te levar pro hotel, Rich. — Falei baixo tentando manter a voz firme, ele fez um carinho no meu nariz com o dele e se afastou.

— Cê poderia decidir ir comigo, quando acabassem os jogos da seleção, iriamos atrás de tudo. — Ele começou a falar manhoso e resmungão, se jogou na cama com os braços levantados para trás e barriga para cima. — Eu tô disposto até em construir um hospital só pra você. — Ri e caminhei até as pernas dele que estavam para fora da cama.

— Em dois meses estarei lá, passará rápido. — Falei e acariciei a coxa dele.

— Melhor irmos pro hotel mesmo... — Rich falou tenso, tirou minha mão da coxa dele e levantou da cama em um pulo. — Sem toques físicos, senhora. — Ri com o apavoramento dele.

Terminei de me arrumar e fui até a sala em encontro ao Rich. Ele já estava com as malas prontas, mochila nas costas e usando um conjunto preto que deixava ele mais gostoso que o normal.

— Isso é pra você lembrar de mim. — Richarlison falou e pegou uma caixa que estava no sofá, me aproximei dele para abrir, mas ele recuou com a caixa. — Só quando eu estiver no hotel.

Fiz uma careta pra ele e fui até a varanda, estava chovendo muito forte, o céu estava escuro e era impossível enxergar um prédio próximo ao meu.

— Isa, acho melhor eu pedir um uber, não? — Richarlison perguntou se aproximando de mim e encaixando o corpo atrás do meu, neguei com a cabeça, mantendo o olhar fixo na vista.

— Quero aproveitar cada minuto ainda. — Respondi e escutei a risada nasal dele ressoar na pele do meu pescoço.

Passei por ele e voltei pra sala, peguei meus documentos e coloquei na minha bolsinha, Richarlison  voltou pra sala também e já pegou as malas.

Saímos do apartamento e fomos direto pro estacionamento. Guardamos as malas dele no porta malas e entramos no carro, dessa vez eu vou dirigir, com toda essa chuva, ficará difícil para fazer a troca de motorista depois.

Assim que sai do estacionamento, ficava quase impossível conversar com ele dentro do carro com as gotas grossas e pesadas batendo no teto do carro, dirigi bem devagar por quase não enxergar nada do lado de fora. Richarlison colocou a mão na minha coxa e começou a acariciar com o polegar.

O hotel ficava um pouco mais de 30 minutos do meu apartamento, era próximo do aeroporto de Guarulhos. Richarlison apresentou a credencial que tinha do hotel e o porteiro liberou nossa entrada pro estacionamento.

— Ei... — Richarlison me chamou assim que estacionei em uma vaga, olhei pra ele séria, ele sorriu e me puxou para um beijo. Levei as mãos para perto do seu rosto e tentei puxá-lo para mais perto. Vou sentir tanta falta desse homem, cacete.

Parecia que estávamos com raiva, nossas línguas travaram uma guerra, as mãos dele apertavam minha cintura como se pudesse me quebrar, eu apertava seu rosto como se de alguma maneira isso fosse capaz de não nos separar mais.

𝙞𝙣𝙨𝙩𝙖𝙜𝙧𝙖𝙢 || 𝘳𝘪𝘤𝘩𝘢𝘳𝘭𝘪𝘴𝘰𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora