dezesseis

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Acordei com a colchão mexendo e abri os olhos aos poucos. Isabela ainda estava dormindo, ela é tão serena, não pensei duas vezes e comecei a acariciar seu rosto com as costas do meu dedo indicador. 

Aos poucos ela foi abrindo os olhos e sorrindo, ela colocou a mão na minha e levou para perto da boca, depositou um beijo e voltou com a mão no meu rosto.

— Bom dia... — Ela falou baixo e em tom de voz manhoso, ri fraco em como escutar a voz dela cedinho assim fez meu coração acelerar.

— Conseguiu descansar? — Perguntei e ela balançou a cabeça positivamente, admirei ela por mais alguns segundos. — Tá com fome?

— Muita fome! — Ela falou animada e veio na minha direção, senti que iria infartar ali mesmo.

Ela me deu um selinho demorado e acariciou meu cabelo.

— Que horas são? — Ela perguntou passando uma das pernas por cima da minha cintura e sentando em mim para conseguir pegar meu celular ao lado.

Olhei aquela cena e encarei ela confuso, preciso pensar em outra coisa antes que eu passe vergonha.

— Ô Isabela, cê ta de zoação com minha cara, tá não? — Perguntei tentando não ceder a provocação.

No instante em que ela me olhou com confusão, percebi que ela não fez por mal e nem para provocar, ela continuou me olhando sem entender. Desci o olhar pelo corpo dela sentado em mim e depois de alguns segundos ela riu e saiu do meu colo.

Ela riu envergonhada e se encolheu do lado dela da cama, puxei ela pela cintura para perto de mim e voltei a admirá-la.

— Sei que cê pediu pra ir devagar, mas me dá só um beijo mais... — Pedi sério e ela riu envergonhada. — Um só, quero sentir teu gosto de novo. — Insisti e me aproximei para beijá-la.

— Hoje temos um jantar, certo? — Ela perguntou se afastando de mim e saindo da cama.

— Tu é filha de puta mermo! — Reclamei bolado e cruzei os braços, ela riu e foi até a varanda do quarto.

— Que horas vai me buscar? — Ela perguntou da varanda e continuou admirando a cidade.

— Negou meu beijo, quero papo não. — Respondi chateado e ela riu enquanto voltava pro quarto.

— Você é um mau caráter, isso sim! — Ela falou e se apoiou na parede, olhei pra ela que me encarava fingindo estar brava. — Vai pedir nosso café? 

— Vai me dar um beijo? — Insisti, ela pegou um travesseiro e jogou em mim.

— Vou pra casa então, tu passa lá e me busca às 20:00, pode ser? — Ela falou num tom mais irritado e foi saindo do quarto.

Corri até ela na sala e a segurei pelo braço.

— Qual foi? — Perguntei confuso da reação dela.

— Você fica com graça, não vou ficar aturando isso. — Ela respondeu bolada e me olhou parecendo estar brava mesmo.

— Cê estressou rapidinho... — Falei rindo dela brava e puxei ela pra perto de mim.

— Me erra! — Ela reclamou e relutou contra mim.

— Te busco ás 20:00, mas quero que tome café aqui, fecho? — Perguntei em confirmação e ela balançou a cabeça positivamente.

Fui até o telefone da cozinha e fiz o pedido do nosso café da manhã, Isabela aproveitou para andar pela suíte e conhecer tudo que tinha ali.

Passei alguns minutos admirando ela, namoral, essa mulher é de outro mundo.

Assim que o café da manhã chegou, ela me ajudou a organizar as coisas na mesa e logo sentamos para comer.

— A comida daqui é sensacional, não acha? — Ela perguntou enquanto comia uma panqueca doce que eu não sei o nome, não me importava com o gosto da comida, sabia que estava boa pela cara que a Isabela fazia cada vez que comia.

Não tinha o que reclamar dessa mulher, tô firme de que quero ela e pronto, sei que ela vai resistir, mas não to nem ai, uma hora ou outra essa mulher vai ser minha.

— Não quer mesmo ficar com o carro? Sei que você tem dinheiro, mas não custa nada economizar um pouco. — Isabela insistiu me entregando a chave do carro enquanto estávamos no estacionamento do prédio dela.

— Não, pô! — Recusei novamente e ri sem graça pela insistência dela. — Já tô com um carro alugado, preocupa não.

— Okay... — Ela finalmente aceitou e se aproximou para se despedir. — 20:00, certo? — Ela perguntou e passou uma das mãos na minha nuca, senti meu corpo arrepiar e meu coração acelerar com o olhar dela em mim, parecia que estava me atravessando.

— Em ponto! — Respondi tentando manter a postura com ela, mas tava impossível. 

Ela riu percebendo que eu estava mole, me deu um selinho rápido e afastou o rosto do meu, me observou uma última vez e se afastou. Fiquei observando ela entrar no elevador e continuei parado igual um babaca bobão ali.

Eu tô caidinho nessa mulher.

𝙞𝙣𝙨𝙩𝙖𝙜𝙧𝙖𝙢 || 𝘳𝘪𝘤𝘩𝘢𝘳𝘭𝘪𝘴𝘰𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora