cinquenta e oito

2.5K 216 45
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Já podemos ir? — Perguntei impaciente pela demora da amiga da Manu

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Já podemos ir? — Perguntei impaciente pela demora da amiga da Manu.

— Ela acabou de mandar mensagem avisando que chegou lá, vamos! — Manuela respondeu animada e pegou a bolsa. Fomos até o carro dela e já seguimos direto até a localização compartilhada pela garota.

— Bom que a Sabrina não fez o favor nem de falar o nome do jogador, não é? — Falei olhando as casas ao redor, o endereço passado pela Sabrina não era longe de onde eu morava, levamos pouco menos de vinte minutos para chegar ao condomínio privado.

Não foi tão complicado encontrar a casa, estava bem iluminada por fora, luzes coloridas, era notável a movimentação do lugar. Manu começou a sorrir animada e começou a fazer uma dancinha quando a música ficou audível.

— Minha chance de agarrar algum jogador é agora. — Manu falou animada e descendo do carro assim que estacionou.

— Não recomendo. — Falei saindo do carro e ela me olhou com cínica.

— Não vem estragar meu sonho não, garota. — Ela falou vindo na minha direção e me dando o braço.

Entramos na casa sem problemas, a música estava alta, mas era boa. Manu estava dançando enquanto andávamos até o ponto principal da festa.

— Vou matar a Sabrina, cacete! — Manu falou assustada e parou na frente de um quadro de fotos, observei bem e abri um grande sorriso.

— Tá de sacanagem que essa casa é do Emerson? — Perguntei animada e minha amiga me olhou surpresa. — Você veio pro melhor lugar, pronta pra encontrar um jogador do time rival?

— Isabela, eu até tô, mas e você? Pronta pra encontrar o Richarlison? — Ela perguntou séria e preocupada, meu sorriso fechou em um instante quando raciocinei a fala da Manuela.

— Ah merda. Cadê a Sabrina? Vou matar aquela garota. — Reclamei e deixei meus ombros pesarem. — Não era um jogador inglês?

— Duas opções, vamos pra casa e afundamos no sofá ou arriscamos ficar aqui, você decide. — Manu falou séria, encarei ela por alguns segundos e em um instante, desviei minha atenção para um cara que tinha acabado de passar por mim, ele não hesitou em ficar me olhando e sorrir.

— Vamos ficar, certeza. — Respondi determinada e comecei a puxar minha amiga até o meio do pessoal.

Não vou perder a chance de transar com um cara daqueles ou de me divertir com a Manu por medo. Se ele vier falar comigo, eu apenas me afasto e saio de perto, foi tão fácil pra ele conseguir me tirar da vida dele, por quê seria diferente para mim?

Manu me puxou direto pra dançar, não neguei em nenhum momento, juntamos nossas — poucas — habilidades de dança e seguimos o ritmo da música.

— Perto da escada tem um cara te olhando há minutos. — Manu falou alto o suficiente no meu ouvido, sem parar de dançar e disfarçar, fiquei de costas pra Manu e observei o cara, do jeitinho que eu queria.

— Vou no bar pegar alguma coisa pra beber e ir atrás dele, qualquer coisa me liga. — Avisei no ouvido da minha amiga e fui até o bar.

Sentei em um dos banquinhos e olhei pros lados, estava praticamente vazio nessa área. Pedi um gin pro barman e voltei a olhar ao redor.

Em alguns segundos uma mulher começou a se aproximar e sentou do meu lado, eu conheci ela de algum lugar, só não consigo lembrar. Ela sorriu gentilmente para mim logo depois de se arrumar no banquinho.

— Você está me olhando como se não me conhecesse. — Ela falou rindo simpática, ri sem graça e cocei do lado do rosto. — Andréia, prima do Richarlison.

— Meu Deus, claro, me desculpa! — Pedi envergonhada e me aproximei para beijar sua bochecha. Conversei algumas vezes com ela por ligação de vídeo quando o Rich sentia saudades. Ela sempre foi um amor comigo.

— Você é tão linda pessoalmente, tá de parabéns em mulher. — Ela me elogiou e eu ri um pouco envergonhada, não sei reagir a elogios.

— Digo o mesmo de você, Andréia. — Falei simpática e agradeci ao barman pela bebida. Nos observamos por alguns segundos antes dela voltar a falar.

— Sinto muito pelo que o Richarlison fez, Isa. — Andréia falou como se tivesse culpa das decisões do primo.

— Você não tem que pedir desculpas por nada, ele fez besteira, não você.

— Eu sei... — Ela falou séria, olhou ao redor e voltou a me olhar como se tivesse um grande segredo escondido. — Isa, sei que não tenho o direito de me meter na relação, mas será que seria tão ruim você tentar falar com ele?

— Andréia, segui minha vida, depois de meses me sentindo culpada por uma decisão escrota dele, estou finalmente bem e sem vontade de escutar qualquer coisa que ele tenha para falar, podemos mudar de assunto, por favor? — Pedi com toda educação que tinha no coração. Quero muito ter uma boa relação com ela, mas sem o Richarlison no meio.

Conversamos por alguns minutos ali no bar, mas me despedi em seguida, ainda tenho um objetivo aqui e aparentemente ele também.

Passei pelo homem da escada e segui direto para dentro da casa novamente, cheguei até a cozinha e aproveitei a pouca claridade do ambiente. Sentei no balcão que tinha ali e logo senti a aproximação do homem.

A mão dele acariciou minha coxa esquerda, abri um pouco as pernas e ele se encaixou ali no meio. Coloquei as mãos no rosto dele e me aproximei lentamente de sua boca.

Sentia que ele estava sorrindo, a respiração dele tocava meus lábios, fazendo pequenas cócegas. Finalmente ele colou nossas bocas e não esperou nenhum pouco para aprofundar nosso beijo.

Abracei meu corpo ao dele, pronta para ver até onde ele me levaria e até onde iria sem ficar com frescura como outros caras que já tive o azar de conhecer por aqui.

A mão do homem desceu das minhas costas, passou pela minha coxa e quando estava chegando no meio das minhas pernas, a luz da cozinha foi acesa, fazendo nós dois nos afastarmos igual adolescentes assustados.

— Não fode.

𝙞𝙣𝙨𝙩𝙖𝙜𝙧𝙖𝙢 || 𝘳𝘪𝘤𝘩𝘢𝘳𝘭𝘪𝘴𝘰𝘯Onde histórias criam vida. Descubra agora