Filha do Tráfico

Capítulo 62

Maria Clara

Após mais uma sessão com meu marrento, voltei pra área plena como se nada tivesse acontecido. Fui de encontro a Isa e sentei ao lado dela.

Isa: onde cê tava?
Maria: fui no banheiro
Isa: e é por isso que o Gringo tá te comendo com os olhos? - Apontou.
Maria: ele tá doido amiga
Isa: é o período fértil dele - Rimos.
Maria: acho que ele quer quebrar algum recorde pessoal, não tem outra explicação, nessa madrugada foram quatro vezes, com mais uma agora no banheiro, esse homem vai me matar
Isa: faz a sonsa não que você gosta
Maria: talvez
Isa: tira esse short, vamo tomar um sol
Maria: então, acontece que não poderei estar tirando o short
Isa: por que maluca?
Maria: problemas pessoais
Isa: tá menstruada?
Maria: digamos que sim - Ela me encarou confusa e eu sorri sínica.

Isa foi deitar em uma das espreguiçadeiras e eu continuei sentada, peguei meu celular do bolso e fui fuçar o instagram.

Gringo tava junto com GB e meu padrinho, enquanto meu pai conversava algo com o Tralha. Minha tia tava bebendo na piscina com o Índio e Castro servindo carne pra Leti, minha morta de fome, mas ela eu relevo porque come por dois.

Não vejo a hora do Nicolas nascer, quero ele aqui nos meus braços, vou mimar tanto esse menino.

A Ana ainda não fez o exame e será um chá revelação, quem vai saber primeiro é a tia Bruna que irá organizar. Espero que aconteça logo, porque eu já to morrendo de ansiedade.

Já imagino os dois bebês sendo amiguinhos, e quando crescerem enchendo a cabeça do Castro e do meu pai. Vai ser icônico.

Voltei minha atenção ao celular, rolando o feed do insta e entrei numa lojinha pra olhar algumas roupas, 80% do meu tempo no instagram se resume a isso.

Surgiu uma notificação na tela, mensagem do meu pai mandando eu ir no quarto.

Levantei a cabeça olhando na direção que ele estava, mas o mesmo não se encontrava mais ali. Dei de ombros e fiquei de pé caminhando até meu quarto.

Subi as escadas e entrei no meu quarto, meu pai tava sentado na cama olhando pra um papel que segurava, logo ele me encarou.

Ret: quero que tu saiba que independente de qualquer resultado você sempre foi e vai ser minha filha
Maria: você fez o exame?
Ret: não, Ana tomou liberdade de fazer
Maria: eu não sei se quero ver o resultado
Ret: você é minha filha, de sangue e de coração - Me entregou o papel.

Meus olhos foram direto pra onde interessava e em seguida, abri um sorriso enorme pulando no colo do meu pai.

Maria: eu te amo tanto
Ret: você é a minha vida - Beijou minha testa.

Depois de mais abraços, nós descemos grudados pra área da piscina.

Eu estava feliz demais, não tinha como esse dia ser melhor.

Meu pai é realmente meu pai, estou cercada pelas pessoas que eu amo, queria poder morar nesse momento.

Gringo: que foi? - Me abraçou por trás.
Maria: to feliz
Gringo: seu pai fez o exame não foi?
Maria: como você sabe?
Gringo: intuição - Se gabou.
Maria: eu sou filha dele
Gringo: sempre foi - Me deu um selinho.
Maria: dorme aqui comigo hoje? senti sua falta
Gringo: por dormir você quer dizer pular o muro, escalar janela e correr risco de vida?
Maria: exatamente
Gringo: acho que dá pra mim sim - Sorri.
Maria: bobão
Ret: pra que esse grude aí? bora afastar - Puxou o Gringo.
Isa: com ciúmes Retinho? - Se aproximou. - imagina se vem mais uma menina na barriga da Ana ali
Maria: ele infarta em
Ret: muito engraçadinhas vocês, só por causa da graça... - Virou pro Gringo. - quero que você e o GB resolvam um bagulho
Maria: a não pai
Ret: anão é um bagulho pequeno
Bruna: para de ser insuportável Filipe - Abraçou ele.
Cabelinho: opa opa, família reunida - Passou o braço no meu pescoço.