Capítulo 61

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Ret

Cheguei em casa, joguei a chave do carro no sofá e tirei o tênis deixando encostado no canto da porta. Subi pro quarto, a doutora tava deitada na cama com a cara no notebook.

Ret: suave? - Tirei a camisa.
Ana: voltou cedo
Ret: não tem graça sem você - Ela murmurou um "uhum". - vou tomar um banho, já jantou?
Ana: há muito tempo

Entrei no banheiro, tirei o resto da roupa e caí no banho. Tomei de água fria mesmo, pra ver se afasta a porra das neurose. Assim que acabei, me enxuguei e saí enrolado na toalha.

Voltei pro quarto abrindo o guarda-roupa, peguei uma bermuda qualquer e vesti.

Ana: eu fiz uma coisa - Encarei ela. - eu não sei se você vai gostar, mas eu fiz e não me arrependo
Ret: o que cê fez?

Ana tirou um papel de trás do travesseiro e ficou de pé vindo na minha direção.

Ana: eu sei qual foi a sua ordem em relação ao que ocorreu com a Maria, mas eu também te conheço o suficiente pra saber que você é neurótico
Ret: onde você quer chegar?
Ana: a Maria é e sempre vai ser sua filha independente de sangue ou não, mas uma resposta concreta vai fazer você relaxar - Estendeu a mão com o papel e eu peguei. - eu tomei a liberdade de fazer o dna
Ret: você o quê?
Ana: lê

Abri o papel quase rasgando de ódio, não se faz nada pelas minhas costas, principalmente quando digo pra não fazer.

"O que significa que o suposto pai, Filipe Cavaleiro de Macedo da Silva Faria, tem uma probabilidade de 99,999973% de ser o pai biológico de Maria Clara Macedo Faria."

Ana: aquele exame era falso Ret, é você, sempre foi você
Ret: caralho - Respirei aliviado. - é minha filha porra, do meu sangue - Sorri.
Ana: você vai contar pra ela?
Ret: é claro, não quero que ela duvide disso nunca mais
Ana: é o certo
Ret: valeu doutora - Abracei ela.
Ana: não foi nada

Quando soltei ela que fui reparar no corpo apenas coberto por uma calcinha e sutiã. Fiquei como? Louco. Quase quatro meses sem fuder, só na punheta, minha mão não aguenta mais.

Parece que a desgraçada tá ainda mais gostosa, maior peitão po.

Ret: é pra me provocar? - Ela desviou o olhar. - porque se for, você tá conseguindo
Ana: eu nem sabia que você já estaria em casa

Passei a mão na lateral do seu corpo e me aproximei mais.

Ret: diz pra mim que cê tá com vontade doutora

Coloquei o dedo por dentro do cabelo e agarrei de leve trazendo ela pra mim, que estava com os olhos fechados e a respiração desregulada.

Ret: deixa eu matar sua vontade
Ana: a gravidez tá me deixando louca
Ret: é? - Ela assentiu. - então pra quê você tá se segurando?
Ana: só pelo tesão

Ana tomou minha boca em um beijo agressivo do caralho, sem massagem essa daí. Porra, que saudade eu tava dessa mulher.

Empurrei ela na cama e rasguei a calcinha.

Ana: eu vou te matar
Ret: só se for de sexo

Abri as pernas dela e caí de boca no que é meu.

Filha do TráficoOnde histórias criam vida. Descubra agora