Perdonate Absurda

Capítulo 1

A vida parecia maravilhosa! Enfim Anahí estava se formando em pediatria, como sempre sonhara, adorava crianças e sonhava ter uns filhos com seu noivo, Aaron.

Agora sim poderia se casar!

O dia parecia estar lindo quando Anahí entrou no apartamento do namorado pra fazer uma surpresa, já que ela tinha a chave. Então ela foi direto pro quarto, escutou água caindo e percebeu que ele tomava banho. Mas ela constatou que ele não estava sozinho. A cama bagunçada, roupas no chão. Ela colocou uma mão na boca para abafar um grito.

Como ele pôde fazer isso com ela? Ela sempre fora dedicada, fiel e companheira. As vezes ela não podia dar tanta atenção a ele por causa da faculdade de medicina que exigia muito dela, mas ela sempre deu um jeito pra que Aaron não sentisse sozinho.

Grossas lágrimas saíram de seus olhos, ela só queria acordar daquele pesadelo.

Aaron saiu do banheiro primeiro e deu um pulo ao ver Anahí.

__ Anny, o que está fazendo aqui meu amor? -Nervoso-

__ Vim fazer papel de trouxa! Mas pode continuar sua brincadeira particular.

__ Não Anny, eu posso te explicar!

A menina que estava com ele, percebendo a situação, continuou dentro do banheiro.

__ 6 anos me dedicando a você Aaron! 6 anos sonhando em me casar e formar uma família e você brincando comigo.

__ Me perdoa meu amor! Por favor!

__ Va a merda! Não adianta vir atrás de mim.

Anahí saiu aos prantos do apartamento batendo a porta com toda força.

Logo veio a cabeça a conversa com sua melhor amiga Dulce Maria no dia anterior.

_ Não falta muito pra eu me casar. Estou tão feliz Anny! O amo...ele é lindo!

_ Que bom amiga! Eu também vou me casar. Sabe que amo Aaron desde a adolescência.

_ Claro que sei! O amor de vocês é lindo! Ah, quero que seja minha madrinha!

_ Claro...você também será a minha. Quando casa mesmo?

_ daqui à 6 meses. Falta pouco! Os preparativos estão intensos. Mês que vem estou de volta ao Mexico. Meu noivo já está aí.

_ Falta pouco mesmo! Eu já vou começar a preparar o meu também, mas será daqui há um ano. Porque quero algo lindo, como conto de fadas...-suspirou-

Muitos falavam que não existia contos de fada, mas Anahí só tinha caído na real àquele dia.

Ela andava desnorteada pela calçada. Suas lágrimas saindo uma atrás da outra. A cabeça dela girava, parecia que nada daquilo era real. As pessoas a olhavam com pena, mas ela não se importava, ela queria morrer e não sentir mais aquela dor intensa. Não acreditava que Aaron tinha traído dessa forma. Quantas vezes ele devia ter feito isso com ela? Com certeza várias. Na cama que fizeram amor várias vezes, era a mesma que ele levava outras mulheres.

Anahí atravessou a rua sem olhar e um carro quase a atropelou.

__ Sua louca! -gritou- quase te matei.

Anahí olhou para o homem querendo pedir desculpa, mas não conseguia parar de chorar.

__ Não precisa chorar, não pegou em nenhum pedaço de seu corpo.

__ Não...tudo bem!

__ Vem, posso te dar uma carona.

__ Não devo aceitar.