Capítulo 29

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Ele tentou, mas Daniel não falou nada e realmente ele não sabia. Poncho ficou bem cabisbaixo, porque só queria que Anahí soubesse que Dulce não tinha perdido bebê nenhum por causa deles. Mas não sabia onde encontra-la. Estava muito preocupado, que agora carregava um filho dele, sabendo que ela estava angustiada com toda aquela situação. Queria sair como louco e como passe de magina a encontrar, mas como não podia fazer isso, ele foi até a mansão dela, sorte que as chaves dela ainda estava com ele, talvez ela tivesse esquecido quando entregou as cópias.  Ele ia deixar a casa do jeitinho que ela sempre quis e o adicional seria um lindo quarto de bebê. Não sabia o sexo do bebê, mas ia decorar o quarto com cores neutras e ia ficar lindo.

Já na sala, ele estava sentado no chão, sonhando com Anahí como sua esposa, seu filho correndo por todas aquelas partes. Como ele queria! Já se via pai, brincando e mimando aquela criança que ele já amava e sabia que Anahí também.

Anahí, a única mulher que despertou amor nele, a mulher que ele fez e faria loucuras. Ele era viciado nela e estava arrependido de ter feito sofrer.

Mas a certeza que ele tinha na vida é que a amaria para sempre, que depois dela ele jamais pensou em outra, ela era a mulher mais linda do mundo para ele e sabia que ela o amava a apesar de tudo.

Mas tinha perdido!
E perdido feio.

Ela não queria mais ele.
Por tanto que ela tinha ido para longe e ao menos dissera onde estava. Ela queria deixar ele louco, era a única explicação. Queria castiga-lo por tudo que ele a tinha feito passar. Apesar de estar mal com tudo, ele sabia que merecia.

Os dias foram passando, ele estava obcecado pra deixar aquela casa a mais perfeita e estava encaminhando para aquilo.

Em cada detalhe ele lembrava dela, do que ela gostava.

Duas semanas depois, ele já estava empenhado no quarto do bebê.

Ele ordenava os pedreiros e organizadores para que fosse tudo lindo. E assim estava!

O quarto estava um sonho!
Lágrimas desceram de sua face.

__ Só quero que volte Anahí, volte pra mim.

*****

Já era a segunda vez que os pais de Dulce tinham ido atrás dela depois que a mãe de Alfonso disse tudo. Ela estava irredutível, mas seu pai ainda não tinha desistido e ia levar ela embora.

__ Eu sou adulta! -disse gritando -

__ Eu sei! Mas está agindo como uma criança.

Reclamou o pai.

__ Você pode ter outro namorado, você é linda minha filha.

A mãe de Dulce falou para convence-la ir embora com eles.

__ Podem ir embora! Vou ficar aqui...eu gosto de morar no México, não precisam se preocupar, ficarei bem! Logo vou visitar vocês.

Ela já não aguentava mais os pais no seu pé. Eles pensavam que ela era adolescente ainda.

__ O problema não é você ficar aqui, mas sim querer ir atrás de Alfonso. Ele não gosta de você. Entenda!

__ Não estou atrás dele, apenas esperando ele voltar e ele vai voltar. Só estou dando um tempo, porque agora não tem nada que atrapalhe o nosso amor. Ele logo dará conta que sou a mulher da vida dele. Vocês vão ver!

__ Desisto!

O pai saiu da casa inconformado, mas não podia fazer nada. Só esperava que a filha não fizesse uma loucura.

***

Ana estava de férias, conversou com Daniel e foi ficar uma semana com Anahí. Estava morrendo de saudades.

Anahí foi buscar ela no aeroporto.

__ Anny! Ah, pensei que ia encontrar você com barrigão!

Fingiu ficar decepcionada.

__ Não! Só tem um ovinho. Nem dar pra saber que estou grávida ainda.

__ Mas logo vai aparecer, porque você é bem magrinha.

__ Sim, quero ver minha barriguinha de grávida. -sorriu-

__ Vai ser a coisa mais linda!

Disse abraçando a amiga.

__ Tem enjoado muito?

Já estavam na casa jogadas no sofá.

__ Não! Graças a Deus. Eu estou tomando remédios pra enjôo. Até que não estou sentindo, por enquanto está sendo tranquilo.

__ Que continue assim. Está animada?

__ Sim, muito! Estou muito ansiosa para ver o rostinho dele ou dela.

__ Tem preferência de sexo?

__ Não, o que vier estarei feliz.

Passou a mão na barriga.

__ E qual foi a reação de Alfonso?

__ Eu não sei! Contei e não demorou muito, desliguei.

__ Daniel falou que ele perguntou onde está morando. Está desesperado. Estou até com dó.

__ Sério, Ana? Está com pena dele? Estou fazendo terapia por causa dele.

__ Eu sei Anahí! Mas não pode negar que ele te ama. Parece que está sofrendo bastante.

__ Mas mesmo assim. E ainda tem a Dulce. Deixa ele com ela.

__ Você é quem sabe!

Deu de ombro.
Logo mudou de assunto.

__ E como está a terapia?

__ Estou me sentindo muito melhor. Claro que ainda tenho um sentimento de culpa que me abate, mas estou melhor que antes. Quero que Dulce possa gerar outro bebê para suprir o sofrimento de ter perdido o seu.

__ Chega, chega! Não vamos falar sobre isso. Não quero que fique triste. Tem que ficar sempre feliz, você merece. O que aconteceu não foi culpa sua.

Anny respirou fundo.
Porque sabia que era tão culpada como Alfonso.

__ E o nome do bebê, já tem ideia?

Anny sorriu.

__ Se for menina Aurora, se menino Anthony.

__ Que nomes lindos! Eu como madrinha, aprovo!

__ Que alívio! -sorriu-

__ Sua boba!

__ No próximo mês, vou lá pra colocar minha casa a venda.

Trocaram de assunto mais uma vez.

__ Tenho que ter imobiliária e tudo mais. Aquela casa está lá só pegando poeira.

__ Mas você ama aquela casa, Anny! Seu pai amava e você sempre falou que um dia ia morar lá.

__ Eu sei! Mas não quero voltar a morar lá. Tenho medo da Dulce fazer alguma coisa com meu filho. Ela me disse tantas coisas ruins.

__ Mas ela não é louca! Você sempre morou na cidade, agora até se acostumar com o interior.

__ Eu me acostumo!

__ Vai ficar longe de mim?

Fez bico.

__ Para de ser dramática! Você sabe onde sua anja mora. Pode vir sempre.

__ Sempre que tiver de férias, né?! Eu não aguento não ter você por perto. Como vou ser madrinha do seu filho e você longe?

__ Vamos dar um jeito Ana.

Perdonate AbsurdaOnde histórias criam vida. Descubra agora