Capítulo 17

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Ele repetiu:

__ Diz que não me ama...

Ela desviou o olhar, não conseguia mentir olhando nos olhos dele. Por que ela tinha conhecido aquele homem? Ele ia desgraçar sua vida.

Ele virou o rosto dela pelo queixo e obrigou que ela o olhasse. Deu outro beijo nela, a abraçou.

__ Diz...

Ele sussurrou.

Ela não tinha como negar, nem queria. Ela o amava e mentir de nada adiantava. Ela não queria ficar longe dele, já tinha se acostumado e mesmo esses meses longe, ela ainda ansiava de acordar todos os dias ao lado dele.

__ Eu te amo! Mas...

__ Nada de "mas"... -Ele se afastou- eu a amo e não tem que pensar em nada mais além disso.

__ Mas a Dulce é minha amiga e você não entende.

__ Mas você não sabia! O único culpado dessa história sou eu e eu quero consertar.

Ela chegou perto dele.

__ Um dia ela vai saber e nossa amizade vai acabar. Eu não quero que isso aconteça.

__ Sinto muito! Nunca que ia imaginar que eram amigas, nunca a vi.

__ esses anos de faculdade custaram muito pra mim. Eu não a via e ela morava em outro país.

__ Anny, eu só quero que me entenda. Eu sei que errei, eu queria muito ter te conhecido bem antes, mas infelizmente estamos nessa situação e ela está grávida. Eu não queria ter um filho, mas está feito.

__ Não sei o que fazer...

__ Você tem que ficar comigo. Eu não tenho nada com ela.

Ele então capturou a boca dela em um beijo de saudade, precisava muito dela. Ele não ia deixar ela escapar. Nunca.

Ali mesmo, na sala, ele a despiu e ela não reclamou. Queria muito, não ia fingir.

Ele segurou o queijo dela com um pouco de violência.

__ Você é minha, não a quero com ninguém.

Ela assentiu.

Não queria estar com ninguém que não fosse ele.

Voltou a beijar, enquanto iam tirando o resto da roupas, deixando-as jogadas no chão.

Ela suspirou enquanto ele beijava seu corpo todo, mostrando a ela que nenhum outro a faria se sentir daquele jeito.

Ele a enlouquecia.

Como ia se render aquele homem?

Já não pensava em mais ninguém: não lembrava de Dulce e nem de si mesma.

Ela agora se sentia tão mal caráter quanto ele. Sabia que ele era casado e estava ali fazendo sexo como uma selvagem.

Agora estava em cima dele fazendo movimento e adorando o rosto do prazer que ela o oferecia.

__ nenhuma é como você. Você me deixa louco.

__ Nenhum é igual a você! Me odeio por pensar isso.

Ela deu uma risadinha e continuou no ato.

Ficaram ali fazendo amor até que ficassem saciados.

Então ele se levantou, catou suas roupas e foi para o banheiro.

Ela foi atrás.

__ Agora tem que ir embora?

__ Não agora! Por mim não iria.

__ Mas você tem que ir.

Ele assentiu.

__ Mas só depois que você dormir.

Eles tomaram banho, depois ele deitou na cama com ela.

__ Eu não quero que se sinta sozinha. Porque posso não estar sempre, mas meu pensamento só tem você.

__ Eu senti tanta saudades! Foi tão difícil ficar longe...

__ Eu sei meu amor! Pra mim foi muito ruim também. Eu fico o tempo todo pensando que possa estar com alguém...

__ Eu não estou com ninguém!

__ Eu sei! Só vou esperar Dulce ter o bebê. Prometo que volto sempre aqui.

Ela deitou no peito dele.

Se sentia tão submissa a ele. Era mais forte, sabia que não era o certo.

E sabia também que enquanto ele estava ali Dulce estava grávida em casa esperando por ele.

__ Acho melhor você ir.

__ So depois que voce dormir. Não quero te deixar sozinha.

Beijou o cabelo dela.

Anahi demorou, mas pegou no sono. Alfonso saiu delicadamente para não acorda-la. Era tão difícil deixar sozinha sua mulher, porque ela que era sua mulher.

Não entendia como não tinha um pingo de remorso por Dulce estar sozinha em casa e esperando seu filho. Mas não conseguia sentir sentimento algum por ela. Era louco, mas era mais forte que ele.

As vezes ele até queria dar atenção, conversar e ser melhor com ela, mas ele não conseguia, nem ao menos sentir amor pelo filho.

Não sabia nem ao menos com quantos meses a mulher estava, só naquele dia tinha se dado conta que a barriga não tinha crescido, nem um pouco.

Chegou em casa, ela estava de pijama na sala.

Se levantou e foi até ele.

Enlaçou os braços no pescoço dele, tentou dar um beijo. Mas o mesmo desviou.

Ela o soltou.

__ Está com um cheiro diferente.

__ Ah, tomei um banho na minha mãe antes de vir. Agora quero só dormir.

__ Você sabia que sou sua mulher?

__ Não esqueço nem so um dia. Acredita?

Foi irônico.

__ Você não liga pra mim. Olha a hora que você chegou?

__ Posso ir dormir?

Fingiu não escutar.

__ Nem pra nosso filho...

__ Aliás, você está com quantos meses?

Ela parou para pensar, não conseguiu de imediato. Instintivamente levou a mão a barriga. Ali não tinha um bebê e nem poderia ter, já que não ia pra cama com seu marido.

__ Você está querendo mudar de assunto. Pra que quer saber? Você não faz questão do nosso filho.

__ Eu estou aqui não estou? Isso se deve a esse filho. Porque se não fosse por isso nem casamentos teria.

Isso a magoou profundamente. Óbvio que ela sabia, por isso não tinha falado nada sobre ter perdido o bebê.

Quantos meses teria? Uns 5...6? Não lembrava.

Mas do que adianta ter ele perto e ao mesmo tempo não ter?

Mas ainda assim, ela insistia e não tinha amor próprio.

Lágrimas amargas rolaram no rosto, encontrando os lábios. 

__ Se eu passar mal a culpa é sua. Você não tem compaixão.

Depois de ouvir essa última frase, ele foi para o quarto dormir.

Aquele casamento era um inferno, não suportava olhar para Dulce todos os dias.

Infelizmente ia ter que continuar naquele papel, onde era o vilão.

Se sentia mal as vezes, mas aquele amor que tinha por Anahi o deixava muito louco. Ele amava aquela mulher, a única que fez despertar aquele sentimento nele.

Não queria continuar com Dulce, deixando Anahi sozinha.

Mas não estava tão mal aquele dia, porque tinha conseguido amolecer o coração de Anahi.

Perdonate AbsurdaOnde histórias criam vida. Descubra agora