Capítulo 31

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Ela estava perplexa enquanto andava na grama que estava na frente da casa. Estava muito bem cuidado o jardim, a casa pintada do lado de fora. Não conseguia entender. Como a casa tinha mudado em um passe de mágica. Isso era que ela ainda não tinha visto dentro.

__Sera que minha mãe vendeu?

Se perguntou.

__ Mas ela não teria como sem minha autorização.

E sabia também que se fosse o caso as chaves não seriam as mesmas.

__ Talvez a chave da porta principal não seja mais essa. Meu Deus, o que está acontecendo?

O que ela tinha reparado também , era que a casa estava pintada exatamente da cor que ela queria.

A chave abriu a porta.
Então ela entrou.

As mãos foram de encontro a boca. Estava magnífico, como ela queria. Então lágrimas desceram do rosto delicado. Ela já estava começando a entender. Não podia ser!

Ele fez tudo do jeitinho que ela queria, ainda melhor.

A piscina estava linda.
A sala principal
A de estar.

Ainda não tinha visto tudo, mas já estava muito emocionada pelo que viu.

E agora, como ela ia vender aquela casa? A casa que seu pai te deu, que viveu a infância e adolescência lá. Agora a casa que em cada ponto tinha o amor de Alfonso por ela.

Ela lembrou que deu as cópias pra ele quando ela não sabia daquela história toda.

Ele falou que ia fazer e fez!
Estava impressionada porque tinha feito tudo muito rápido.

Poderia estar louca, mas sentia o perfume de Alfonso ali.

Então continuou a explorar a casa, em todos os cômodos de baixo, estava lindíssima.

Subiu as escadas que agora estava tão elegante que parecia até nos tempos antigos quando as meninas que debutaram desciam. Estava sem palavras.

Entrou no quarto que seria dela, anteriormente era de seus pais.

__ Está perfeito! -falou para si- melhor de como imaginei.

Olhou a paisagem pela janela.
Seria mágico morar ali com sua filha e com Alfonso. Mas desviou o pensamento. Infelizmente ela não seria feliz com a infelicidade de outra pessoa.

Para Alfonso ficar com ela, ele teria que deixar Dulce e não queria fazer isso. E assim ela também não viveria em paz. O melhor era se contentar. Ia ser feliz com sua menininha.

Saiu do quarto, tinham mais três. Já estava um pouco indisposta, mas ia continuar a ver a casa. Entrou em outro quarto, estava muito lindo também, depois entrou no quarto a frente do seu, mas dessa vez, a emoção foi maior que tudo.

Ele tinha decorado um quarto de bebê. Ele era bege e branco, a coisa mais linda. Ela chorou, encostou a cabeça na parede.

Então ele tinha pensado no bebê!

__ O que isso quer dizer?

Ela queria aquela resposta.
Ela já sabia que Alfonso a amava, mas não sabia como ele estava em relação ao bebê.

Era o quarto de bebê mais lindo que vira na vida.

Passou a mão no berço.
Já estava tudo no seu devido lugar, com muito cuidado e carinho.

Estava perfeito.

Mal sabia ela que Alfonso tinha escolhido tudo. Ido em cada lugar comprar cada detalhe daquele quartinho.

Ela também não sabia que sempre ele ia até ali, para ver o quartinho e ter esperança que um dia seu filho estaria ali.

Ela já não aguentava mais de emoção, ia embora. Não sabia mais o que fazer em relação a casa.

Pediu um táxi e foi embora, mas tinha esquecido sua bolsa lá.

Quando chegou na casa de Ana percebeu que sua bolsa não estava. Pediu ao taxista que esperasse para ela pegar dinheiro.

Depois de ter pago, voltou para o apartamento.

__ Amanhã tenho que pegar minha bolsa. Deixei lá na minha casa.

Comentou mais tarde com Ana.

__ Tirou as fotos?

Quis saber.

__ Se eu te contar, não vai acreditar. Estou bebendo bastante água porque com certeza fiquei desidratada de tanto chorar.

__ Por que? Vai me contar que viu Alfonso?

__ Não! Ainda não. Mas estou com tanta saudades que queria ver.

__ Sério? -sorriu-

__ Sério! Eu o amo tanto que não sei te explicar.

__ Eu sei disso! Mas por que resolveu falar, já que foi pra longe para não ver ele?

__ Mas nunca deixei de amar. O que ele fez por mim, está me fazendo ama-lo mais.

__ Me conta, estou ansiosa!

__ Ele reformou minha casa inteira. Do jeito que sempre sonhei!

__ Mentira? Que romântico.

__ Verdade! Tem que ver o quarto de bebê. Coisa mais linda!

__ Eu quero ver!

__ Não sei o que fazer! Porque agora não quero mais vender a casa.

__ Claro que não! Ah, Anny, Daniel falou pra mim o quanto ele está sofrendo, querendo saber onde você está. Eu sei que ele pisou na bola, mas aposto que ele está arrependido e que te ama muito.

__ Mas você sabe o porque não podemos ficar juntos...

__ Por causa da Dulce! Eu sinceramente não entendo, ele não ama a Dulce, não serão felizes. Então não adianta ele ficar com ela, porque os três serão infelizmente, agora se vocês ficarem juntos, vocês dois serão felizes...pelo menos dessa vez só um sai perdendo.

__  Tem a parte que ela mora perto e eu tenho medo dela depois de tudo que me falou.

__ Acho que ela pode ter falado muitas coisas, mas acho que foi na hora da raiva. Aposto que ela não é má pessoa.

__ Ela não era, mas tenho medo de querer se vingar.

***
__ Alfonso entrou na casa de Anahí, sempre ia lá a noite para ficar no quartinho de bebê. Queria sentir que Anahí estava ali...era estranho, mas estava até sentindo o perfume dela.

Quando ele entrou no quarto, viu uma bolsa preta encima de uma cômoda, que fazia parte da decoração do quarto. Com a mão trêmula, ele pegou a bolsa. Abriu e logo viu que era de Anahí, ele conhecia aquela bolsa e o cheiro que estava nela era irreconhecível. Era dela...então ela esteve ali. Ela estava por perto.

***

Daniel, Ana e Anahí tinham saído para jantar. Anahí estava com um vestidinho colado ao corpo e sua barriga já estava ali. Aquele dia ela estava maior, querendo dar o ar da Graça.

__ Já estava com saudades desse lugar.

__ Esqueci minha carteira.

Disse Daniel.

__ Eu pego pra você!

Se ofereceu Anahí.

__ Imagina, até parece que vou deixar uma grávida ir fazer favor pra mim.

Anahí riu.

__ Ainda bem que sou grávida e não doente.

Devolveu.

Ana riu.

__ Então vai, Anny!

Daniel deu a chave pra ela.
O carro estava no estacionamento.
O local era escuro, como outro qualquer.

Anahí foi até o carro, abriu e pegou a carteira de Daniel, mas quando ela bateu a porta do carro e depois virou, deu de cara com Dulce que olhava para ela fixamente e logo depois para barriga.

Anahí já estava soando frio.

Perdonate AbsurdaOnde histórias criam vida. Descubra agora