Anahí ficou tão emocionada pelo gesto dele, mesmo ele estando com Dulce ainda se preocupava com ela. Ela o amava e estava morrendo de saudades e saber que ele tinha ficado tão preocupado deixou ela triste pelo que ele passou.
Ela estava dividida entre pedir o número dele a Daniel ou não. Como ela não sabia que ele não estava mais com Dulce, isso a impedia.
Ela deitou a cabeça no travesseiro novamente depois de ter levantado milhares de vezes, estava muito inquieta. Lembrou da sua bolsa que tinha deixado na sua casa, no outro dia iria lá para pegar.
No outro dia.
__ Bom dia, Anny! Dormiu bem?
Quis saber Ana.
__ Sim, muito bem...demorei um pouco, mas quando peguei no sono, dormir direto.
__ Fico feliz que tenha conseguido descansar. Bom,vou trabalhar. Daniel já foi! Fica a vontade.
__ Pode deixar! Depois vou lá na casa pegar minha bolsa.
__ Mas você acha prudente? Está bem?
__ Vou de táxi e volto do mesmo jeito. Vai ficar tudo bem.
__ Qualquer coisa me liga. Ah, come um pedaço desse queijo, está muito bom.
__ Hummm! Vou experimentar.
Ana foi embora, deixando Anahí sozinha.
***
Anahí tomou um banho, colocou um vestido verde. Ela tinha levado uns vestidos, já que se sentia mais confortável. Cabelos soltos, rasteirinha.
Passou uma leve maquiagem, estava se sentindo pálida aquele dia.
Pediu um táxi.
Não demorou muito a chegar.
Quando chegou, tinha um jardineiro na casa. Ele a cumprimentou.
__ Bom dia!
__ Bom dia! Quem o contratou?
Quis saber, já que ela não tinha contratado ninguém para o serviço.
__ Alfonso! Eu cuido do jardim da casa dele há anos. Agora, ele me pediu para vir cuidar desse jardim! Olha como já está, somente em três semanas.
Ele realmente estava cuidando de todos os detalhes.
__ Obrigada!
Ela agora estava até se sentindo segura sabendo que tinha alguém ali. Entrou na casa, viu como realmente estava maravilhosa. Não teria aquele gosto, era divino.
Foi até o quarto de bebê onde tinha deixado a sua bolsa, mas ela não estava mais ali. Será que tinha deixado em outro lugar?
Abriu a janela do quarto, olhou pra fora. Tudo que queria era poder criar sua filha ali naquele ambiente.
Ela não conseguiu lembrar quanto tempo ficou ali olhando da janela e imaginando uma vida impossível, até que uma voz a fez quase pular.
Ela virou bruscamente, encontrando o olhar de Alfonso, esse não demorou a chegar até ela. Se encararam sem dizer uma palavra, depois a abraçou com sofreguidão. Ela chorou, ele também.
Se afastou um pouco, olhou a barriga dela. Passou suas mãos emocionado.
__ Você ainda não conhecia o papai! Eu sou o papai. Beijou a barriga...
Anahí desabou em um choro sofrido. Mas não conseguia conter aquela emoção.
__ Eu não me importo se você é menino ou menina...
Ela o interrompeu.
__ É Aurora! Nossa Aurora.
Ele ficou muito feliz.
__ Uma menininha linda! Que eu vou proteger...
No pensamento de Anahí estava mostrando outra coisa. Porque pra ela ele estaria longe.
__ Anahí, você quase me levou a loucura. Como pôde sumir desse jeito? Você está esperando minha filha.
Ela o fitou. Viu como ele não tinha mais aquele semblante feliz, ele estava triste e isso a entristeceu. Mesmo sabendo que ele merecia o que estava acontecendo.
__ Você sabe porque fui! Foi melhor assim...eu descobrir que estava grávida só pouco dias que estava lá.
__ Você vai deixar eu ficar perto de minha filha, né?
Ela olhou pra ele sentindo muito, mas não podia ficar.
__ Eu vou ter que voltar! Pretendo ficar por lá, ficar longe de Dulce. Tenho medo que ela possa fazer algo com minha filha, já que fui a culpada por ela ter perdido o dela.
__ Por isso queria falar com você, esclarecer as coisas. Não temos culpa, ela armou. Foi tudo mentira. Eu te procurei para tirar a culpa de você, queria que se sentisse melhor, mas não pude, porque não tinha seu contato.
Anahí já não estava entendendo nada. O que havia acontecido afinal?
__ Como assim?
A Dulce não estava grávida, ela mentiu para eu continuar com ela. Sempre soube que nunca a amei.
__ Mas...
__ Ela perdeu o bebê no começo da gravidez, resolveu então fingir que ainda estava grávida. Aproveitou que nos viu juntos e inventou toda aquela história pra ficarmos mal. Entendeu?
Anahí estava desacreditada do que Dulce tinha se tornado, mas está a aliviada por não precisar mais carregar a culpa por ela ter perdido o bebê.
__ Meu Deus. Não sabia que Dulce era capaz disso. Mas graças a Deus eu não tive culpa disso pelo menos...
Alfonso pegou a mão dela, deu um beijo. Ela fechou os olhos. Ele falou:
__ Eu não estou mais com ela, Anny! Eu quero você, quero casar com você. Pra gente morar aqui e criar nossa filha. Como você sempre sonhou.
__ Não é assim! Eu não sei se quero ficar com você depois de tudo que fez. Eu sei que tive culpa, mas já te amava. Ainda amo.
Ela o encarou.
__ O amo muito.
__ Eu só quero que me perdoe! Eu mudei. Eu nunca tinha amado ninguém. Você é minha vida.- Se corrigiu: vocês.
__ Passou a mão na barriga dela.
Ela olhou para o chão.
Não sabia o que fazer.
Era tão difícil.Ela queria muito dizer sim a ele, mas tinha muito medo.
Sabia que ele tinha mostrado de várias formas seu amor, mas a insegurança era grande.
__ A casa está linda! Obrigada!
Sorriu.
__ Fiz com muito amor! Agora posso colocar cor nesse quarto.
__ Está lindo desse jeitinho!
Ela olhou nos olhos dele, ele chegou mais perto que pôde, sabendo o que ela queria. Então ele ofereceu a boca para que ela iniciasse o beijo. Ela sentiu os lábios dele nos dela, estava precisando tanto daquele contato que tinha vontade de chorar. Ele era o amor da vida dela e nada ia mudar isso. O problema era apenas o fato da confiança e viver no mesmo lugar que Dulce. Apesar da mesma falar que não ia fazer nada com sua filha, ela ainda sim tinha medo. Tinha que pensar e muito.
Ainda será cedo para pensar em ficar com ele ou não.
Mas era tão bom estar nos braços dele, se sentir amada como nunca tinha sido. Ele definitivamente era o homem da sua vida, o homem que fazia loucuras por ela.
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Perdonate Absurda
FanfictionUma amiga, uma noite...a traição. A vida nunca mais seria a mesma, nem Anahí.