CAPÍTULO 11

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Enquanto ela caminha pelo corredor em direção ao quarto, kara murcha ao lado da vassoura e inspira fundo, aliviada. Observa ela andando e rebolando a bunda. É uma distração...uma distração e tanto. Ela distrai ainda mais de pé do que deitada. Desaparece dentro do quarto, e ela fecha os olhos, desapontada.

Ela não pediu que ela fosse embora. Mas talvez ligue para Kelly, a amiga de Nia-Nal, e a mande encontrar outra pessoa para limpar o apartamento. Afinal, ela pareceu bem brava por ter sido atrapalhada por ela,e depois ficou mais brava ainda.
POR QUÊ?

Kara franze a testa e tenta acalmar o pânico crescente enquanto observa a sala e o piano.

NÃO. ISSO NÃO PODE ACONTECER.

Ela vai implorar para ficar,se for necessário. Não quer ir embora. Não pode. O piano é sua única fuga. Sua única felicidade.

E também há a Lady em si. Aqueles decotes lindos e fartos. Aquela barriga chapada e trincada, os pés descalços e o olhar intenso ardem em sua imaginação. Ela tem um rosto angelical, um corpo...bem..... kara fica vermelha. Não devia pensar nessas coisas,ainda mais com uma mulher.

ELA É MUITO BONITA.
NÃO. PARE. CONCENTRE-SE.

Com gestos frenéticos,ela continua varrendo o piso de madeira, tirando sujeira inexistentes. Vai precisar ser a melhor faxineira que aquela mulher já teve se não quiser ser substituída. Decidida, ela vai até a sala para varrer,arrumar e polir.

Dez minutos depois,ouve a porta da frente bater quando está terminando de afofar as almofadas pretas do sofá em L.

QUE BOM. ELA SAIU.

Vai imediatamente até o quarto dela para trocar os lençóis. Está bagunçado como sempre. Roupas e algemas estranhas no chão, cortinas semiaberta e lençóis embolados,mas ela logo recolhe tudo e desfaz a cama. Kara se pergunta por que há um pano de seda comprido amarrado na cabeceira, mas desfaz o nó e o coloca na mesa de cabeceira, ao lado das algemas. Ao jogar um lençol branco limpo na cama cai a cinta strap no chão,kara se assusta com o objeto e faz cara de nojo. Imagina por que uma mulher linda e rica precisaria daquilo, será que era para uso próprio, não fazia a menor ideia e não quer tentar advinhar. Arruma o resto da cama, e põem objeto na cabeceira e então vai limpar o banheiro.





Corro como nunca antes. Faço oito quilômetros na esteira em tempo recorde, mas não consigo parar de repassar a conversa com a nova diarista.

DROGA.DROGA.DROGA.

Eu me abaixo e levo as mãos aos joelhos, tentando recuperar o fôlego. Estou correndo da porcaria da diarista. Faxineira, sei lá o que ela se considera. Fugindo de seus grandes olhos azuis.

Aqueles olhos vão me perseguir o dia todo. Enxugo o suor da testa,e uma visão dela com o lenço na cabeça, ajoelhada diante de mim,surge em minha mente.
Sinto um calor de novo.
E isso é só de pensar nela.
Pego mais pesado nos exercícios talvez me faça tirar ela da minha cabeça. Talvez isso seja estresse. É a explicação mãos lógica. Estou sofrendo pela morte de Lex e lidando com as consequências.

Lex, você é um babaca por ter me deixado com toda essa responsabilidade.
Afasto qualquer pensamento sobre meu irmão e a diarista me concentrando somente nos exercícios.
E ainda tenho que almoçar com minha mãe daqui a duas horas.
MERDA.

LADY-LUTHOR -KARLENA Onde histórias criam vida. Descubra agora