LADY-LUTHOR -KARLENA

CAPÍTULO DEZOITO

Kara está deitada na pequena maca dobrável que serve de cama em um quarto minúsculo na casa de Nia-Nal. Sua cabeça está a mil; ela tem muita coisa para fazer, mas seus pensamentos voltam mais uma vez para a Lady de olhos verdes. Ela a vê ao piano. Os olhos fechados, a testa sempre franzida e aqueles lindos lábios no tom vermelho vivo, estão entre aberto enquanto sente a música. Os longos cabelos negros estão para o lado, dando  uma visão maravilhosa do  pescoço. Os lábios curvados formando um sorriso convidativo. Ela se pergunta como seria beijá-los.

  Passa a mão pelo próprio corpo, sobre os seios.

  A Lady poderia beijá-la ali mesmo.
  Ela suspira, abraçando a fantasia, e desce mais a mão, então imagina que é a mão de sua patroa.

  Tocando-a.

   Ali.

Ela começa a se acariciar, contendo os gemidos, ciente das paredes finas do quarto.

Pensa nela enquanto seu corpo se prepara.

Subindo.

Mais alto.

O rosto dela.

Os seios fartos e lindos.

A barriga chapada.

Ah e aqueles braços fortes.

Ela sobe mais.

Aquela bunda maravilhosa.

Imagina-se dando uns tapas.

Ela geme ao gozar e, exausta, adormece.

  LENA POV

Eu me remexo na cama.

Ela está de pé na porta. Uma visão de azul. Entre. Venha se deitar comigo. Quero você. Mas ela dá meia-volta e vai até a sala. Está polindo o piano. Veste apenas uma calcinha cor-de-rosa. Estico o braço para tocá-la, mas ela desaparece.

E eu acordo.

Merda.
Estou muito excitada. Excitada demais. Toco minha calcinha e estou muito molhada.
Droga. Preciso foder urgente.
Quando foi a última vez que fiz isso? Preciso trepar. Amanhã. É o que vou fazer. Viro de lado e caio em um sono agitado.

Na tarde seguinte estou no escritório trabalhando ao lado de Jack, quando meu celular vibra com uma mensagem de Samantha. Quando leio suas palavras sinto um nó na garganta.

   NÃO ESTOU GRÁVIDA.  :(
   NÃO TENHO NADA DE LEX.
   NEM UM FILHO DELE.

Merda! O sofrimento me abate de repente, como em uma emboscada.

Digito uma mensagem para Samantha.

Estou indo aí.

NÃO. QUERO SAIR.
VAMOS ENCHER A CARA.

Ok. Onde?

ESTÁ EM CASA?

Não. No escritório.

OK. ENCONTRO COM VOCÊ NO CENTRO.

Loulou's?

NÃO.  SOHO HOUSE.
GREEK STREET.
TEM MENOS GENTE CONHECIDA.

Vejo você lá.

O clube privado está lotado, mas encontro uma mesa no segundo andar, perto da lareira acesa. Eu me sento e não preciso esperar muito até que ela chegue. Parece cansada, triste e esquálida. Não parece a Samantha animada que conheço, meu coração  apertada quando ela se aproxima. Vejo a dor em seu rosto.