ENCANTIA: A Ninfa e o Príncipe Rebelde

Cap 11: Fuga

Como todos da gangue haviam se retirado. Usei minha magia para fazer as raízes de uma árvore próxima brotarem do chão fazendo uma parede entre mim e o príncipe.

- É brincadeira! - Éder diz rindo

- Eu juro que vou te matar! - gritei

- Mas vai ser melhor inclusive para você, não vai? - ele pergunta destruindo minha pequena parede com apenas um toque - Agora pode se concentrar nos assuntos de Encantia, porque se estivesse com sua família humana, com certeza iria ceder.

Encarei-o com ódio, porém logo em seguida suspirei.

- Você está certo, que raiva - digo - Mas se dizer dessa forma, ele vai associar que você me sequestrou e vai vir atrás!

- Não vamos ficar por aqui por muito tempo de todo jeito... É só até você descobrir uma forma de voltarmos para Encantia, tudo vai voltar ao normal.

- Menos Gael Chevalier - falo - Que irá ter morrido.

- Não, ruivinha, Éder Encantia é quem morreu, eu ainda estou bem vivo.

- Você não pode reinar Encantia sendo Gael Chevalier - protestei

- Quem disse que eu vou governar Encantia?

- Você não quer mais seu trono?

- Não é isso, é que já fazem mais de 6 anos que não piso naquele lugar.

- Mas ainda continua sendo o próximo rei - falo - E eu juro, por Encantia, levar você de volta para lá, pois sem você tudo vai desabar... E o meu erro nunca vai ser concertado...

Ele me encarou em silêncio por alguns segundos.

- Me conte sobre esse seu erro, parte por parte - diz - E sobre esse seu sonho com o tal mago da luz.

Assenti e nós dois andamos de volta até o carro dele. Assim que fechei a porta tive a impressão de ver algo andando no telhado. Éder deu a partida e eu olhei novamente pela janela, vi o gato acinzentado de antes me encarar de longe e segundos depois o animal andou cautelosamente para detrás do prédio.

- Adria Meyrinck Ectoria - Éder diz meu nome completo

- Como sabe meu sobrenome?

- Não sabia, mas você se parece com a lady Meyrinck e tem a personalidade do Raul Ectoria. Deve saber como os dois eram conhecidos no reino.

Suspirei.

- Me conte, ruivinha, o que aconteceu naquele salão?

- Era a minha Cerimônia da Marca Celestial... Você invadiu com vários guardas cobrando uma dívida da minha família, minha mãe usou magia para tirar eu e meus irmãos do salão, mas você os atacou por isso, enquanto uma batalha mágica se iniciava eu chorava na floresta... Não tinha conseguido minha marca por conta da invasão, por isso não possuía meus poderes... - digo, as memórias daquele dia vieram na mente - E foi quando, um homem me pediu para entregar uma carta que realizava desejos e eu pedi que a família real desaparecesse por um tempo...

- Então você desejou minha morte?

- Não! Eu só queria que a família real saísse por um tempo! Que deixassem o trono, umas férias, eu só queria que eles deixassem minha família e os cidadãos de Encantia em paz...

- Você é boa demais.

- O que?

- No seu lugar eu teria desejado uma morte lenta e dolorosa para cada membro da família real.

- Mas você...

- Eu nunca disse que era uma boa pessoa...

- Enfim, quando cheguei no salão, todos estavam paralisados, fui jogada nessa realidade por uma onda escura... - falei mudando de assunto - E então tive aquele sonho, aonde o mago me contou sobre você, ele disse algo como "Encontre-o! Encontre a versão verdadeira! Resolva o enigma entre as realidades, encontre ele e salve Encantia da destruição!" E depois falou para enfrentar o mal que me enganou, aquele que enviou o mensageiro...