ENCANTIA: A Ninfa e o Príncipe Rebelde

Cap 13: O Traidor

— Éder é maluco — digo olhando a marca do juramento em meu braço, já faziam três dias que estávamos morando juntos e ele não havia desfeito a magia de juramento.

Suspirei e olhei para os itens que possuíam vestígios de magia, nada ali tinha ajudado em muita coisa

— Só pude concluir que não é a primeira vez que o mundo humano recebe a presença de magia e não tive mais sonhos com o mago da luz, aquelas escritas no livro foram as únicas novidades de Encantia...— falei — Espero poder consertar tudo... Assim como espero que a Adria humana possa voltar.

"Mãe, pai, Adam, Adrian, Adrianny... Como será que eles estão?" pensei "E Mia? Ela com certeza está preocupada e até mesmo se culpando já que eu desapareci no dia em que fomos para a boate".

— Acho que vou ir vê-los, avisar que vou ter que ficar fora... Será que é isso que falta? — digo

De repente a porta abre bruscamente.

— Adria.

— Lincoln? O que você... Meu Deus, isso é sangue?

— Venha comigo, vou te levar para a Foice Escarlate.

— O que aconteceu?

— Ainda haviam alguns membros vivos da Estrondosa e eles encontraram nossa base, mataram muitos dos nossos — ele fala ofegante

— Precisa voltar para dete-los! Eu não vou me meter na briga, não se preocupe.

— Seu irmão se uniu com a Estrondosa...

— Espera... O QUÊ? ADAM NUNCA FARIA ISSO!

— Não ele, foi o Adrian.

— Ah, ele faria isso.

— Adrian ameaçou Gael, os dois vão se enfrentar eu vim atrás de você para que pare essa briga... Respeito muito Adrian, mas isso vai colocá-lo em risco, tanto ele como o resto da sua família, conheço meu chefe, ele não vai perdoar o garoto mesmo que seja seu irmão.

Arregalei os olhos.

— Vamos — falo séria e corri junto dele até sua moto no estacionamento.

Partimos pela estrada o mais rápido possível até a Ametista da Lua. Por todo o caminho eu estava nervosa, independente do desfecho daquela luta, não iria acabar bem. Não poderia de jeito nenhum haver um vencedor naquela batalha. Não demorou para que cruzassemos a floresta e com as árvores fora do campo de visão, pude ver de longe a fumaça vinda do esconderijo da Foice Escarlate. O som de tiros também ecoava.

— Droga — sussurrei, haviam pessoas lutando por todo lado e gente caída no chão, ferida.

Lincoln parou a moto perto da casa, nós dois descemos e ele me entregou sua arma.

— Respeito Adrian, estou fazendo isso para quitar nossa dívida no pôquer.

— Obrigado — digo e corri para dentro da casa.

Todos estavam mortos na entrada, comecei a ficar nervosa e a tremer.

— Gael? — o chamei sussurrando

A casa estava extremamente silenciosa por dentro, assim que virei no corredor. Arregalei os olhos, meu irmão e o líder da Foice Escarlate se encaravam. O olhar de morte de Éder Encantia e o olhar determinado de Adrian se encaravam de frente, ambos com armas apontadas um para o outro.

— Aonde a Adria está?

— Tem muita coragem de falar comigo, garoto.

— Vamos ter que acabar com isso do jeito difícil pelo visto