Cap 18: O gato e a coruja

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Olhei para o gato.

— Você estava no mundo humano... — sussurrei

— Sim, eu estava e você também.

— Sim mas... Era diferente.

— Ah é? E por quê? — ela fala lambendo a pata

— Uma longa história, mas como você consegue falar?

— Sempre consegui, eu não sou uma gata normal, está bem óbvio!

— Certo, senhorita gata... Bom, poderia me dizer...

— Meu nome é Katy — ela me interrompeu — E você? Ninfa da floresta?

— É Adria, agora por favor...

— Adria do quê? Adria Flores? Adria Edwards? Existem várias Adrias no mundo, tanto em Homeroud como no mundo humano.

— Adria Meyrinck, agora me escute! Eu estava junto do meu... Hã... Amigo, estávamos atrás de algo parecido com uma coruja gigante, você viu?

— Coruja? Não, não vi não... Eu odeio corujas.

— Tem certeza?

— Absoluta — falou em seguida miou e me encarou.

— Espera um pouco aí, senhorita gata.

— Katy.

— Katy... Hã... O que você faz no meio da floresta?

— Estou vigiando uma garota ninfa como... Você.

Arregalei os olhos.

— Opa, Hm... Esquece essa última parte — ela fala rapidamente — Não foi o que eu quis dizer, eu hã... Bem...

— Porque está me vigiando? Esteve fazendo isso desde o mundo humano, então!?

— Esses gatos — uma terceira voz masculina diz

Arregalei os olhos, Katy também arregalou os olhos desviando o olhar algumas vezes logo em seguida.

— Quem... Disse isso? — pergunto ainda muito surpresa

— Eu não sei não, hein — a gata diz — O vento talvez... né?

— Eu já estou cansado dessa atuação de principiante, boule de poils — a voz masculina falou novamente

— Vou te mostrar a bola de pêlos, sua ave nojenta com sotaque francês fajuto! — a gata gritou se virando agitada como se falasse com alguém atrás de si

— Essa voz... Veio de você? — digo confusa

— Permita-me explicar melhor esta histórria — a voz diz

Na mesma hora, uma luz envolve a gata e ela se transforma na criatura que eu havia visto antes. Uma enorme coruja. Arregalei os olhos.

— VOCÊ! — gritei

— Senhorita Adrria Meyrrinck Ectorria, é deveras prazerroso conhecê-la.

— Hã... Digo o mesmo? E como sabe meu nome completo?

— Eu e minha... Parrceira de corrpo, somos um único ser, duas almas em um. Fomos enviados para observar sua busca, sabemos tudo o que se passou com a senhorita.

— Observar?

A coruja se transformou novamente em um gato.

— Somos o equilíbrio entre o bem e o mal, eu deveria ser o mal e ele o bem — a gata diz revirando os olhos (Se é que gatos fazem isso) — Somos parte de um feitiço que deu errado de um ser poderoso.

ENCANTIA: A Ninfa e o Príncipe RebeldeOnde histórias criam vida. Descubra agora