Cap 37: Humanos

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Eu me sentei novamente na cama do hospital.

— Gael... — Adrian repetiu o nome do líder da Foice Escarlate.

Suspirei.

— De tantas pessoas você foi criar sentimentos pelo líder da pior gangue da cidade? Tipo, isso parece tão estranho de falar, parece uma daquelas fanfics da internet.

— Eu não criei sentimentos por ele! — falei rapidamente — Eu só... Precisava da ajuda dele e ele... Acabou fazendo muito por mim.

Meu irmão me encarou por alguns instantes.

— Nossos pais estão confusos e preocupados — diz por fim, mudando de assunto.

— Eu sei...

— Adam e Adrianny também.

— Eu sei...

— A Mia e sua supervisora também.

— Eu já entendi, Adrian — murmurei.

Ele respirou fundo, mas em seguida riu.

— Sempre pensei que quem fosse dar um sumidão do nada seria o Adam — ele disse em seguida.

Sorri de leve, em situações normais, eu jamais faria tudo o que tinha feito. Tanto humana quanto como ninfa.

— Vai voltar para casa não é? — perguntou.

O encarei.

— Não posso deixar que vá embora assim do nada dessa vez, irmãzinha — ele continuou, sério — Não seria justo com o resto da família.

— Eu não pretendo ir embora mais — digo, porém ficou evidente que não era verdade.

— Pelo menos... Espero que saiba o que está fazendo.

"Eu também" pensei.

— Bom, o horário de visitas acabou, mas você me parece bem, quer voltar para casa agora? Estão te esperando — ele pergunta despreocupado

— Mas eu não recebi alta...

Meu irmão mais velho puxou um papel dobrado do bolso e o ergueu me mostrando algumas informações escritas.

— Recebeu sim, bati um papo com sua médica que por sorte era uma conhecida minha — falou sorrindo.

Arregalei os olhos sem acreditar.

— Você é outro nível — falei ainda em choque, porém me levantei.

Algum tempo depois

Logo depois que chegamos em casa (E minha mãe dar um sermão de meia hora em Adrian por me tirar do hospital), eu me desculpei para minha família pelo sumiço.

Tentei contar o que conseguia e o que não envolvia magia, mas foi muito difícil. No entanto, eles não me fizeram perguntas sobre onde eu estive, apenas ficaram felizes por eu estar de volta. Os abracei sem conseguir conter minha felicidade.

Queria que aquele momento durasse para sempre, queria... Ficar ali.

Mas eu sabia que por mais que me sentisse em casa, havia algo que eu precisava acabar. Eu tinha um erro para consertar, um príncipe para salvar e uma rival que eu havia jurado fazer pagar.

Por isso, ainda naquela tarde, quando tudo se acalmou em casa e a noite caiu com força no horizonte. Eu fui para meu quarto e levei o vaso de flor da cozinha comigo (com a desculpa de que estava com vontade de tentar desenhar algo para me distrair e usaria o vaso de referência)

Encarei o vaso.

— Você me mostrou que meus poderes funcionavam aqui — falei em voz baixa

Fechei os olhos e tentei concentrar minha magia. Ergui lentamente a mão, torcendo com todas as forças para que desse certo.

ENCANTIA: A Ninfa e o Príncipe RebeldeOnde histórias criam vida. Descubra agora