Cap 3: Lembre-se quem você é

89 8 1
                                    

Duas semanas depois

Corri desesperada por entre as ruas da cidade, quase sendo derrubada no caminho.

- Olha por onde anda... DE NOVO ADRIA?! - o velho padeiro berrou quando eu tropeço pela milésima vez nas caixas que ele deixa do lado de fora da padaria.

- Foi mal, senhor Williams! Denovo... - gritei rindo

Assim que cheguei na loja que trabalhava, a segurança me barrou.

- Opa, opa, opa, calma lá apressadinha - ela diz - Identificação.

- Eu estou atrasada! Por favor, me deixa entrar só dessa vez...

- Identificação.

Resmunguei

- Adria Faulkner, 19 anos, setor de vendas - repetindo a mesma frase que digo toda manhã quando chego atrasada no trabalho.

- Você sabe que são medidas de segurança desde que a gangue da Foice Escarlate roubou a Sidane! - ela diz marcando algo em uma prancheta.

Assim que a segurança me deu passagem para entrar, eu corri para dentro da loja.

- Desculpa, desculpa, licença - falo entrando, minha supervisora só me ignora e continua organizando alguns papéis perto do balcão na entrada.

Corri até meu posto na máquina registradora, no caixa.

- Como sempre - minha melhor amiga Mia diz rindo ao me ver chegar

- Valeu por ficar no meu lugar, eu perdi o horário...

- Cuidado para não ser demitida, sabe como o chefe é... E a supervisora então...

- Vou tentar! Mas me dá um desconto, eu moro praticamente do outro lado da cidade!

- Meninas, por favor - a supervisora falou nos fazendo ficar em silêncio.

Nós duas rimos e Mia voltou ao seu trabalho reabastecendo o estoque.

Quando meu expediente finalmente se encerrou, eu me despedi de Mia e caminhei animadamente na direção da minha casa

- Ei você! É a Adria Faulkner certo? - uma garota de cabelos cacheados surge junto com um grupo de garotas de repente, elas me cercam

- Hã... Sou... - falo

- Ótimo, queremos o número do seu irmão - elas falam dando risadinhas entre si - Adrian Faulkner!

- Ele não curte muito ser perseguido por grupos de garotas

A garota de cabelos cacheados me encara de cima a baixo.

- Está dizendo que não estamos à sua altura, é isso? - ela pergunta empinando o nariz

Uma das meninas que me rodearam tomou a frente. E puxou uma mecha do meu cabelo

- Você fica aí se achando só porque é ruiva natural, você é mais o quê? Estrangeira? É filha de alguma família real, queridinha? - indaga

Dou um tapa na mão dela para que solte meu cabelo.

- Isso não tem nada a ver, sua maluca! - digo

Empurrei aquelas garotas, e segui meu caminho.

- Que merda, todo dia isso - praguejei - Parece que toda cidade quer namorar o Adrian.

Revirei os olhos, ele com certeza iria rir da minha cara e dizer pela milésima vez o quão bonito e desejado era.

Olhei para o céu, o sol estava perto de se pôr no horizonte, não demoraria tanto para escurecer. Peguei meus fones na minha bolsa, conectei no meu celular e comecei a ouvir uma música qualquer da minha playlist. Logo estava diante da porta de casa, girei a maçaneta e entrei.

ENCANTIA: A Ninfa e o Príncipe RebeldeOnde histórias criam vida. Descubra agora