ENCANTIA: A Ninfa e o Príncipe Rebelde

Cap 38: Duas em uma

— Eu avisei para você não acertá-la com força! — uma voz masculina soou no ar.

— Do jeito que você é tapado, capaz de guiar o irmão dela de volta!

— Mas que...— sussurrei me sentando.

Pisquei algumas vezes tentando entender o que havia acontecido e arregalei os olhos ao ver que estava em um lugar totalmente diferente. Parecia uma sala de estar, de uma casa que eu nunca havia visto antes... Mas o pior era ter duas pessoas desconhecidas me encarando.

— QUEM SÃO VOCÊS?! — berrei me levantando de uma vez já concentrando minha magia — Já percebi que sabem quem eu sou, então...

— Nossa... I-isso é magia? — o rapaz que havia roubado o celular de Adam diz sem acreditar.

A mulher de cabelos platinados sorriu e disse, impressionada:

— Isso é bizarro, você se fundiu de alguma forma.

Os encarei confusa. Até que meus olhos descem para o braço do rapaz, havia uma tatuagem em seu braço direito.

A tatuagem de uma coruja.

E naquele instante que eu estava começando a entender, caiu a ficha.

— Quais... são seus nomes? — perguntei.

— Katy — a mulher falou

— Louis Benjamin! — o rapaz completou logo depois, mas assim que a mulher lançou um olhar irritado em sua direção, ele revirou os olhos — Ben, meu nome é Ben.

— É exatamente o que eu pensei, m-mas quando Katy estava aqui ela manteve a forma de gato... Como vocês conseguiram essas formas? — falei — Espera...

— Exato — Katy diz se sentando ao meu lado — Você ferrou tanto Encantia que estamos presos aqui agora para sempre, como você.

— QUE?!

— KATY! — Ben gritou irritado — Me perdoe senhorita, essa mulher é tão insensível... Nós somos a versão humana do Ben e Katy que você conheceu.

Pude reparar melhor no rapaz. A versão humana da coruja, era um rapaz alto, cabelos castanhos, olhos escuros como os de uma coruja rasga mortalha e usava um par de óculos. Os dois lembravam muito suas formas animais, principalmente suas personalidades.

— Se vocês são as versões humanas, como sabem sobre... Encantia? — perguntei

— Não sabemos como descobrimos — Ben respondeu — Talvez por nossas versões mágicas serem seres do equilíbrio acabamos meio que sendo o equilíbrio da magia e a humanidade aqui também.

— Você mesmo viu que seres mágicos incompetentes deixam rastros de magia quando voltam, somos nós que limpamos esses rastros — Katy explica

— Vocês também tem poderes?

— Queria, mas não, somos humanos senhorita ninfa.

— Não é bem assim, temos sim habilidades! — Bem intervém.

— Ter sentido aguçado pra sentir a magia e me transformar num gato não conta como uma habilidade. E nem sequer nos transformamos de verdade seu pamonha — a outra retrucou e em seguida se voltou para minha direção e explicou — A gente dorme e troca de lugar com um gato e uma coruja aleatório daqui em um "sonho".

— É real, tá? E eu já te provei isso! — o rapaz falou, ofendido

Olhei os dois discutindo entre si. Eram realmente Katy e Ben.

— A questão é que não podemos ir em outros mundos como nossas versões do do seu mundo — a mulher de cabelos platinados falou olhando pra mim — Mas sabemos sobre a magia.