Nadie sabe si algo va a ser para siempre

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Estou há uma semana, sem notícias da Mariana, sem uma ligação, sem nada que desse uma noção que ela está viva.

Estou há uma semana, trabalhando como uma louca enfurnada no meu quarto, ouvindo ópera tão alto que meus miolos não pensam por si.

Eu sinto falta dela! Deus, como sinto.

Hoje, não consegui levantar da cama. Estava deitada sentindo todo meu corpo dolorido, sem nenhum motivo. Me aconcheguei mais na cama, queria ser sugada por um vácuo onde às lembranças com a Mariana fossem vividas.

Meu peito apertou e meus olhos denunciavam o que estava por vir. Estou há uma semana bancando a forte, bancando a mulher forte que não existe neste momento.

Me enfiei embaixo das cobertas e me permiti chorar um pouco com toda culpa do mundo em minhas costas, pois não deveria ter a deixado sozinha na festa para ir atrás das minhas ambições para poder fechar com clientes interessados no nosso aplicativo.

Ouvi um falatório no corredor, mas continuei no meu estado vegetativo. Não queria conversar, não queria ser a forte da vez. Só queria sentir a dor de não conseguir me mover.

Minha porta abriu com tudo. A voz menos provavelmente começou a falar.

— Vamos levante dessa cama! — Elena entrou no quarto e puxou a coberta. — Você ama tanto a Mariana, então levante e vá perturbar aqueles policiais como ninguém consegue. — Não me mexi e voltei a deitar. — Eu vou ter que te chutar, velhota? — A olhei com expressão fechada.

— Não precisa, tenho duas pernas. — Me sentei na cama.

— Então, as use.  — Respondeu com deboche.

— Então, as use. — Imitei com deboche.

Elena revirou os olhos.

— Mãe, vamos! Levante! — Cecília estava como complô daquela mulherzinha. — Você vai ficar sofrendo aí? Se a Mariana estiver sendo tortura por um maluco maníaco que estava naquela festa?

— Muito obrigada pela ajuda, Cecília! — Respondi ríspida, revirando os olhos. Me pus de pé.

— Isso, vai tomar banho porque o tanto de tempo que está nesse quarto enfurnada, deve estar cheirando mal. — Disse Elena. Revirei os olhos. Encontrei alguém que compete em ser insuportável com a Diana.

Entrei no banho. O banho foi demorado, pois estava arrancando força de lugares inimagináveis para dar conta disso tudo. Em todo esse momento do banho, podia sentir as lembranças me pegando desprevenida. Deixei que alguns respiros profundos escapasse durante o banho. Como era dolorido ter que passar por essa situação.

Após longos minutos de banho, decidi que já estava ótimo. Não iria escorrer e cair no ralo para não ter que agir diante dessa situação que está me desgastando há uma semana.

Como será que ela está? Bem? Viva? Machucada? Espero que nada de ruim tenha acontecido.

Senti minhas pernas ficarem bambas. Me recordei que não estava comendo o que Alta estava me trazendo. Belisquei uma coisa ou outra, mas comer mesmo... não!

Sai do banheiro para o closet. Estava sozinha novamente no meu quarto. Entrando no closet me deparo com um hobby florido de Mariana. Meus olhos preencheram de lágrimas. Meu coração estava pequeno e se quebrando aos poucos.

Balancei a cabeça pedindo para aquelas pensamentos fossem embora. Me arrumei como a normalidade... Quando a Mariana estava bem e ao meu lado. Fui até a cama e peguei meu celular. Tantas mensagens e ligações. Nenhuma foi aberta.

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