Deslizándose hacia el paraíso

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Passaram-se algumas horas após a reunião discreta que tivemos. Minha cabeça estava a mil. Estava de volta ao quarto de Mariana; ela se mantinha dormindo devido às medicações. A visita matinal estava acontecendo, o médico a examinou.

Minha mente discorria sobre os dados que encontrei por conta própria, os quais eram discrepantes. Sem a mínima ideia do que as pessoas que solicitamos os serviços encontrariam. Não tínhamos certeza de qual patamar a empresa estava, nem quais eram os números reais da parte designada ao Anthony. O médico finalizou a visita. A enfermeira foi chamada, e consegui ouvir que as doses da medicação poderiam ser diminuídas, pois Mariana estava reagindo bem ao tratamento, e, por consequência, as doses poderiam ser reduzidas. Meu coração palpitou de alegria.

O médico me informou sobre a melhora de Mariana, que seu estado de agrado melhorou de forma favorável nas últimas horas. Não pude deixar de sorrir com a notícia. Ele alertou que Mariana acordaria nas próximas horas, provavelmente desorientada e agitada. Assenti e faria o que fosse possível para mantê-la bem. A alta estava prevista para os próximos dois dias, dependendo de como ela reagiria a partir da diminuição da dose. 

Adentrei ao quarto, estava feliz. A enfermeira estava efetuando o que foi solicitado, me sentei e aguardei.

Não demorou muito tempo, e logo a morena que amava estava dando os primeiros sinais de despertar. Me levantei e toquei a sua mão.

– Oi, meu amor. – Sussurrei, colocando seu cabelo atrás da orelha.

Mariana apertou minha mão, e seus olhos abriram lentamente.

– Onde estou? – Indagou com a voz atordoada de medicação.

– Está no hospital. – Ainda estava sussurrando. – Está com sede ou dor? – Questionei fazendo carinho em sua mão.

– Apenas sede. – Me desloquei até a mesa um pouco longe da cama e coloquei água em um copo com canudo.

Me aproximei da cama e levei o canudo próximo à boca de Mariana, que urgentemente deu goladas desesperadas.

– Ei, com calma, não quero que você se afogue. – Alertei puxando o canudo da boca dela.

Ela assentiu. Coloquei o canudo novamente na boca dela e deixei que tomasse toda a água do copo.

– Está melhor? – Indaguei colocando o copo em seu devido lugar. Ela positivou.

– Eu estou... bem? – Questionou olhando para o seu corpo e quarto.

– Segundo o médico e os exames, sim. Acredito que logo você estará em casa. – Ajustei o cobertor no corpo dela e depositei um beijo em sua testa. Ela fechou os olhos em resposta.

– Você pode me dar um beijo decente? – Perguntou sem nenhuma vergonha na cara. A olhei com olhar falso de indignação.

– Posso sim. – Me aproximei e dei um beijo lento e curto.

Mariana resmungou quando tentei me afastar e aprofundou o beijo. Estávamos com saudades e tive que pausar o beijo.

– Ei, eu sei que você quer muito, mas estamos em um hospital e você está medicada. – Alertei e me sentei na cama ao lado dela.

– Eu sei... – Respondeu chateada. – Não estou morta ainda. – O bico se formou.

– Ainda bem que você não está morta. – Deixei que o tom de brincadeira tomasse conta da sala. Depositei um beijo casto em seus lábios, e ela me abraçou em seguida. Sentir o cheirinho dela e seu calor fez com que meus olhos ficassem molhados, mas me segurei.

Ficamos uns minutos aproveitando nossa companhia. Não tocamos no assunto que a levou ao hospital. Nesse meio tempo que voltei para o quarto, liguei para Laura para conversarmos sobre a medida protetiva; logo em seguida, liguei para as pessoas necessárias que nos ajudariam nessa batalha em relação ao Anthony. Entrei em contato com duas psicólogas, pois Mariana precisaria de acompanhamento psicológico, isso sem sombras de dúvidas.

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