Estaré a su lado

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Diana e Roberto me encaravam há 10 minutos, mas não vou iniciar essa conversa. Diana se sentou no sofá, ela já estava impaciente o suficiente. 

– O que está rolando? Alguém pode me explicar? – Levantei as sobrancelhas, apoiando meu queixo na mão e olhando para o meu pai.

Os olhos azuis de Diana desviou para ele. 

– O que? – Indagou, curioso. Fechei os olhos, suspirando e contando mentalmente até 100. 

– Tem algo a dizer, pai? – Diana o indagou. Ele engoliu em seco, deu para ouvir na sala toda.

Suspirei profundamente, abri meus olhos.

– O que você quer que eu diga? – Indagou impaciente, passando a mão em seu cabelo grisalho. 

Soltei uma leve risada irônica, os olhos azuis profundos me observaram.

– Quero saber o que o senhor faz aqui? – Diana estava completamente sem nenhuma paciência. Super entendo, sempre. A paciência não era uma virtude estabelecida na família Servín. 

– Eu vim a procura de uma líder executiva. – Desviei os olhos, qualquer canto da sala parecia interessante. – Estou com novo projeto, muito importante e sei o quanto a Ana é boa em vender boas opiniões. – Dei um sorriso cínico, apenas ouvia tudo aquilo.

– Só uma pergunta… – Dei uma pausa, antes da grande pergunta. – Aquele senhor irá fazer parte, será seu sócio? – Meu pai me olhou confuso e Diana estava mais perdida que cego em tiroteio.

O silêncio se estabeleceu no ambiente. Diana levantou e começou a andar de um lado para outro.

– Okay, o que está acontecendo aqui? – Movi a cabeça para o lado em dúvida. Ele não havia contado o real motivo.

– Você não contou para ela? – Indaguei, tentando não explodir.

– Ana… – Ele levantou a mão em sinal de rendição. Olhou para nós. – Já se passaram 19 anos, ela não precisava saber disso. – Soltei uma gargalhada cínica, quando ele terminou de se explicar.

– Por esses motivos, que demorei para estabelecer confiança novamente em alguém… – Joguei essa informação em cima dele. 

– Filha, esse assunto já estava resolvido e não foi comprovado nada. – Eu me recusava a ouvir aquilo pela segunda vez.

Passei a mão no cabelo e me sentei totalmente relaxada na cadeira. Diana me olhava pedindo explicações.

– Nosso queridíssimo pai, decidiu que confiar no sócio saqueador dele era mais divertido do que em mim. Esse desgraçado me fez de otária, mas tenho provas bem concretas do que ele fez. – Lancei olhar mortal para o meu pai, que não me olhou muito satisfeito. – Não confio naquele homem, se ele estiver no projeto, não estarei. Onde ele está, estarei do outro lado. – Suspirei, estava furiosa. 

– Espera aí! – Diana quase gritou. – Que história é essa? Pai, se você não me contar, vou fazer com que Ana me conte e será bem pior. – A persuasão vem de família também, ela estava sendo usada, nesse momento, pela minha irmã. 

– Meninas, posso explicar! – Ele falou calmamente.

– E queremos explicações… – Diana não calava a boca nervosa. – Caso contrário, vou ficar do lado da Ana. Ela não teria tempo de inventar nada, lembro bem que ela se esforçava horrores e que não tinha tempo para o coitado do Daniel. Então, de qualquer forma, ela não inventaria uma coisa dessas… – Me surpreendeu ver Diana me defendendo, parecia um sonho, uma miragem.

– Ele preferiu usar uma estratégia do que acreditar em mim, pois aquele asqueroso conseguiu manipular todos os dados que coletei, inclusive não sei se o senhor sabe, mas ele também me ameaçou e me assediou. – O olhar de surpresa do meu pai me atingiu em cheio, não conseguia analisar, de fato, o que se passou em sua mente. 

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