El comienzo de las conspiraciones

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Durante a noite, Mariana teve altos e baixos em sua recuperação gradual, mantendo-a sob cuidados intensivos. Os médicos, enquanto nos tranquilizavam sobre seu estado, ressaltaram a necessidade contínua de atenção. 

Nesse período da madrugada, minha inquietação impediu que eu fechasse os olhos, e havia razões substanciais para isso. Mariana estava "segura", embora a confiabilidade dessa segurança ao lado desse indivíduo questionável fosse sempre duvidosa.

Enquanto eu mergulhava em pensamentos sobre a segurança de Mariana e a busca por maneiras de diminuir a influência de Anthony na empresa da família, senti uma tensão profunda. Respirei fundo, consciente de que enfrentar esse indivíduo seria uma batalha árdua.

Com o notebook em mãos, eu não estava simplesmente trabalhando; estava abrindo documentos para elaborar a documentação necessária para convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE). A necessidade dessa AGE era evidente, mas a revisão do estatuto, que havia passado por várias alterações, era crucial para me manter atualizada.

Em meio à busca por razões específicas que justificassem a exclusão de Anthony como sócio, eu precisava reunir provas concretas, identificar brechas e realizar uma investigação detalhada. Meus olhos estavam cansados de examinar telas, e, ao verificar o relógio do celular, percebi que eram 03 horas da manhã.

Estiquei-me na poltrona, fechei o notebook e o guardei na bolsa. Embora não quisesse deixar Mariana sozinha, a presença de dois seguranças na porta do quarto, colocados por meu pai, proporcionava uma sensação momentânea de segurança.

Decidi tomar um café e, ao cruzar o corredor, encontrei Diana. Nossa interação inicial foi carregada de desconfiança e tensão.

– Boa noite! – Diana exclamou, adotando um tom irônico.

– O que faz aqui a essa hora? – Indaguei, preocupada.

A resposta de Diana trouxe leveza, aliviando parte da tensão.

– Calma! Estou aqui porque sei que você não consegue se desligar em situações assim. – Respirando profundamente, ela observou minha inquietação. – O que você estava indo fazer sem um segurança pelo hospital? – Perguntou, expressando preocupação.

– Estava indo tomar um café. Estou exausta. Completamente. – Minha voz saiu arrastada, refletindo minha exaustão física e emocional, principalmente por Mariana.

– Certo. Só um momento! – Diana enviou uma mensagem, e um dos seguranças apareceu ao nosso lado. – Se puder nos acompanhar, pois a senhorita aqui – apontou para mim – se acha super-heroína e pensa que pode andar sem um segurança, depois de tudo que aconteceu.

Revirei os olhos.

¡Tú sabes que es verdad! – Respondi com uma careta infantil.

Caminhamos pelos corredores frios do hospital luxuoso, onde os privilégios que sempre desfrutei eram evidentes.

Após pedir café, nos sentamos em poltronas extremamente confortáveis. Um gole de café foi apreciado, e um suspiro de satisfação escapou de mim. Finalmente, algo que proporcionava algum conforto.

– Precisamos tomar medidas legais contra Anthony. Uma ordem de restrição seria um bom começo. – Diana sugeriu, lançando-me um olhar sério.

– Sim, é necessário. Mariana precisa de uma medida. – Ingeri mais um gole.

Diana negou com a cabeça.

– Não somente Mariana. Vocês. – Surpreendentemente responsável, Diana enfatizou.

– Eu sei. Vou entrar em contato com a minha advogada para tratar disso. – Ressaltei e continuei degustando o café.

Minha mente continuava a mil. Minha boca falou sem filtros.

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