Un brindis por el diablo

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Estava tão entretida com a conversa que não percebi que Mariana estava demorando. O anfitrião bateu um talher na taça de espumante, assim, chamando atenção de todos na sala.

Todos estavam se alocando em seus lugares, comecei a sentir leve desespero, quando me sentei em meu lugar e Mariana não estava lá.

Meu pai percebeu a minha inquietação e estranhou também a falta de Mariana.

Diana aproximou-se da mesa e sentou em sua respectiva cadeira. Me olhou um pouco confusa.

— Está tudo bem, Ana? — Indagou.

— Estou bem sim, só estou esperando a Mariana. — Fiquei um pouco em silêncio. — Ela foi pegar espumante e não voltou... — Me levantei da cadeira, me voltei para Diana. — Fale para o papai que já volto, vou ver se encontro a Mari. — Sai da mesa e segui o caminho, parei em um canto isolado, olhei para fora. Olhei para a lua e sorri.

Ao mesmo tempo, senti um pressentimento horroroso instalando-se em meu peito. Balancei a cabeça para que aqueles pensamentos intrusivos se apagassem.

— Vou ter que ligar... — Tirei o celular da bolsa e procurei o nome na agenda. Tocou e tocou, nada!

O desespero começou a bater.

— Droga! — Esbravejei quando foi redirecionado para caixa postal.

Desliguei o celular.

Alguma coisa no jardim me chamou atenção. Um brilho incomum na grama e ela estava claramente amassada – como se alguém tivesse pisado intensamente sobre.

Me atrevi a sair para fora e o brilho foi aumentando com a intensidade da luz do céu noturno. Decidi pegar o brilho e era uma correntinha muito parecida com a que dei para Mariana. Tentei afastar os pensamentos novamente, mas em vão.

Meu coração começou a bater de forma desacelerada e forte, comecei a suar frio com qualquer possibilidade. Sai do local para procurar qualquer segurança.

Nesse momento, entrei um segurança (inserir descrição do cara do cap anterior), ele parecia bem tranquilo.

— Boa noite... — Me controlei para cumprimentar, tentei transpassar serenidade. Uma coisa que não era existente no meu ser. Seus olhos se direcionaram para mim, um arrepio percorreu toda a minha espinha e um mal-estar instalou-se em meu peito. Aquele mesmo pressentimento, mas preferi ignorar. — Você viu uma moça de 1.75, cabelos longos com vestido de cetim branco por aqui, principalmente no jardim? — Ele pareceu nervoso ao relatar que ela estava no jardim, porém, sua atenção voltou-se para mim.

— Senhora, não vi nenhuma moça com essa descrição para esses lados. — Respondeu secamente, levantei às sobrancelhas. Isso não era tom a ser usado comigo, todavia respirei fundo. Mariana era mais importante.

— Okay. — Decidi sair de perto daquele incompetente que não sabia me dar uma informação e segui novamente para o salão. Minha respiração estava falha, não sabia como lidar com isso, nunca passei por tal situação.

Ao adentrar o salão, meu pai estava terminando o seu discurso. Aguardei que ele encerra-se para poder anunciar que Mariana sumiu como se tivesse evaporado no ar. Meus olhos preencheram de lágrimas, não poderia a perder agora. Olhei para cima para disfarçar o possível choro que estava por vir. Meu pai terminou discurso e voltou para mim, que estava ao lado dele esperando que terminasse de fato.

Ele saiu do seu lugar a mesa e fomos para um lugar mais reservado. Eu estava nervosa, trêmula e com medo.

— Está bem, filha? — Indagou esperando minha resposta.

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