Yo he encontrado que tú eres mi hogar

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Ele estava parado em nossa frente com aquele sorriso presunçoso e asqueroso. Anthony Collins. Em seus 65 anos, se encontrava em forma para um belo filho de uma puta - conviver com Mariana me fez desbloquear palavrões. Então, falando em Mariana.

- Seu belo de um filho de uma puta! - Mariana havia dado um soco no rosto daquele velho.

Em outras situações, não aprovaria esse comportamento dela, porém, nesse caso, se ela não fizesse, eu mesma faria.

Anthony nos olhou com tanto ódio, seu nariz sangrava. Mariana voltou seu olhar para mim. Dei um sorriso, aprovando o comportamento dela.

- Não esperava diferente de pessoas que andam com você, Servín. - A voz grave me causava arrepios. - Você não merece nem ser chamada pelo Servín, porque não se parece nada com a família do seu pai. - Esbocei um sorriso super falso, aqueles bem sociais.

Me aproximei dele, o olhei firmemente.

- Você continua o mesmo velho asqueroso, não é mesmo? Saiba que tenho orgulho de não parecer nada com a família do meu pai, apenas carrego esse sobrenome, que demorei anos para desvincular dele, então se você pensou que poderia me ofender com esses comentários, saiba que estou bem orgulhosa. - Deixei transparecer meu ódio de anos. Geralmente, sou bem controlada em relação às minhas emoções, mas naquele momento, estava certa das minhas ações.

- Nada me surpreende. Você continua a mesma petulante que seu pai deserdou. - Ele avançou um passo a frente ficando mais próximo, podia sentir sua respiração. Senti um nojo inegável.

Soltei uma leve gargalhada. Mariana estava me olhando, seus olhos imploravam uma explicação.

- Esse é o asqueroso do sócio do meu pai. Anthony Collins ou como gosto de chamar saqueador das empresas Servín. - Os olhos azuis ferviam de ódio.

Suspirei profundamente.

- Aninha, você deveria parar de falar coisas que não sabe, coisas criadas nessa cabeça de vento. Você está me acusando de coisas que não se pode provar. Hoje em dia, não vou deixar barato. - Seus olhos analisaram meu corpo, não foi nada fácil de encarar. Meu estômago embrulhou, ele descaradamente estava me secando com os olhos.

- Eu sei, como sei. Você acredita que foi único a ter provas, né? Tenho muitas delas espalhadas com pessoas diferentes, em lugares diferentes e em nuvens diferentes. Você pensa que sou burra? Aliás, com o passar dos anos, aprendi muito como funciona tudo isso. - Usei meus dedos para apontar para cada canto da empresa Williams&Williams.

- Você é uma petulante. Se eu fosse você, calaria essa boca para não amanhecer cheia de formigas. - Anthony levantou o rosto em sinal de superioridade, seus olhos indicavam apenas uma coisa, que ele estava me ameaçando e não era brincadeira.

Engoli em seco, uma ameaça explícita. Mariana avançou para cima dele, novamente. Desta vez, a segurei. Seria mais seguro.

- Você deveria tomar cuidado com essa pirralha, quero te refrescar a memória da última vez que alguém me enfrentou, não acabou bem. - Ele fez a mesma coisa com Mariana, mas me coloquei em frente a ela. Ele que vá secar mulher na casa do caralho, me segurando demais para complementar o soco, mas estávamos na empresa e não queria arrumar problemas com a corregedoria.

- Fique tranquilo. A pirralha tem muito mais caráter e honestidade do que você. E o nome da pirralha é... - Decidi não falar e dar mais informações, que poderiam ser usadas contra nossa segurança.

- Pode continuar. - Esboçou um sorriso presunçoso.

- Não, obrigada. Temos que ir, diferente de alguém, não preciso saquear e criar rombos nas empresas alheias. - Me afastei e olhei para Mariana, indicando que não estava nada segura do rumo daquilo.

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