Sakura abriu os olhos se sentindo um tanto tonta e grogue. Tudo em volta era branco e ela ouvia uns apitos estranhos que pareciam estar a uma grande distância. Na verdade, ela se sentia a uma grande distância, era como se estivesse fora de órbita. Afinal, onde estava? O que é que havia acontecido? Por que tudo tão branco?
Ela ficou algum tempo piscando os olhos fracamente e sem conseguir focar direito. E então começou a se lembrar. O show de talentos, sua apresentação sendo a última da noite, ela saindo correndo e chorando porque já havia tomado a decisão. Mas onde estaria? Seria aquilo o pós-vida? Não, era um hospital. Ela percebeu isso quando virou a cabeça de lado e viu pendurada na parede uma prancheta em que se lia: Hospital de Konoha.
Então não havia dado certo... Ela olhou em direção ao braço e entendeu o motivo dos apitos. Estava ligada a uma máquina que monitorava seus batimentos. Além disso algum soro, provavelmente, com algum medicamento estava pingando devagar num pequeno tubo que ia direto para sua veia. Curativos haviam sido feitos em seus braços. Ela mordeu o lábio inferior, como explicaria toda essa situação para seus amigos e família?
...
Tsunade andava de um lado para o outro em sua sala de diretora. Sua cabeça doía, ela estava estressada e preocupada. Como? Essa pergunta em sua mente, não só na dela, mas na de quase todos presentes daquela escola.
Uma de suas alunas havia tentado suicídio e só conseguiu ser salva porque outro aluno desconfiou de algo e foi atrás. Como avisaria os pais dela? Já estava tendo que lidar com pais ligando e querendo retirar os filhos da escola, não poupando ofensas. Essa geração era rápida em compartilhar notícias, pais do outro lado do mundo já estavam sabendo e entraram em contato. Mas não os dela, não os pais de Sakura.
A diretora achava que seria mais fácil se fossem eles a ligar e assim ela daria a notícia. Mas cada minuto que passava ela via que deles não iria receber nenhuma ligação e quanto mais tardasse pior seria. Era isso, ela não poderia demorar mais. Pegou o telefone em sua sala e discou.
Cada segundo de chamada foi uma tortura. Tsunade procurava algo em que pudesse apertar e descontar seu nervosismo. Sua bolinha antiestresse havia sumido. Precisava de algo, estava difícil ouvir a mulher chorando e gritando, o pai tentava se manter mais calmo, mas não estava tão longe do estado de sua esposa.
Tsunade não podia julgar. Sabia que se tivesse filhos e um deles fizesse isso ela também teria essa mesma reação. Mas precisava tentar não fazer a mulher surtar por ligação. A diretora disse que precisava dos dados deles, pois compraria uma passagem de avião em seus nomes para que eles pudessem ver a filha. Isso pareceu dar uma acalmada, mas não durou muito tempo.
A loira andava de um lado para o outro inquieta. Todo aquele choro na linha e o estresse que já estava tendo estavam fazendo com que ela mesma entrasse num modo de choro. Por sorte, em seguida os Haruno desligaram.
Depois de respirar profundamente e tomar um enorme copo de água, a diretora ligou seu notebook para que pudesse comprar as passagens. Em dez minutos, seu trabalho estava feito. Mas ela sentia que precisava ligar para alguém, afinal uma decisão teria de ser tomada após esse infeliz acontecido.
Itachi. Itachi seria quem a ajudaria com o que viria a seguir. Além de ter estudado na escola, ele era médico e poderia dar uma opinião mais voltada para a medicina a respeito do que poderia ser feito. Além disso, o irmão dele, Sasuke, era muito próximo da garota. Inclusive, foi ele quem encontrou o corpo a tempo do salvamento. Ou seja, Itachi ainda poderia ajudar o irmão com o momento em que estava passando. E foi pensando nisso que a diretora ligou para seu antigo aluno.
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Konoha High School - Nossa Geração
FanfictionKonoha High School é um internato de ensino médio conhecido mundialmente. Quatro garotas e sete garotos irão iniciar o primeiro ano do ensino médio, e assim desenvolver novas amizades, um turbilhão de emoções e sentimentos e isso sem esquecer da pro...