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Bruno

Letícia: Para Bruno! — falou puta me empurrando e saiu em direção do banheiro.

Kamila: Quem manda ser otário, fica dando papo pra Carla. Sabe que ela paga maior pau pra você e fica nessa. Tens que se foder Bruno! — falou gesticulando com as mãos, me fazendo mandar o dedo do meio pra ela.

Bruno: Que papo? Só respondi o que ela me perguntou, sem neurose. — falei de boa. — Cê sabe que a única que tem meu coração é a Letícia, que fez macumba pra mim e agora tô aí comendo o pão que o diabo amassou. — ela me olhou rindo negando com a cabeça.

Kamila: Boa sorte, porque ela tá voltando aí. — sorriu irônica se levantando e foi pra um grupinho dela. Letícia se sentou do outro lado da mesa com uma cara de cu, pegando o celular fingindo nem se importar com a minha presença.

Bruno: Vai ficar nessa mesmo? — perguntei olhando pra ela que desviou o olhar do celular pra mim, querendo me matar só pela expressão do seu rosto, que não era nada agradável.

Letícia: Sério isso Bruno? — largou o celular na mesa impaciente. — Duvido que se fosse comigo, já tava lá fazendo treta com os moleques. Cresce Bruno! Cresce! — falou mordendo o canto da unha, muito puta por sinal.

Bruno: Oh minha vida, cê sabe que meu coração é teu morena... — ameacei levantar, mas ela apontou pra eu ficar sentando. Mulher brava tá maluco!

Letícia: Vou começar a falar com todo mundo também, vou evitar ninguém não. — falou me fazendo fechar a cara, sabendo que eu fico puto com isso e ela ainda me testa.

Bruno: Vai fazer gracinha pra vê se eu não te tranco num quarto, igual a Rapunzel! — falei apontando pra ela, fazendo ela soltar uma gargalhada irônica da minha cara.

Letícia: Vai lá rei delas! Não é como você era chamado? — falou debochada com uma cara de nojo.

Bruno: Rei da Letícia. Pega a visão! — falei mandando beijo pra ela, que negou com a cabeça.

Letícia: Graças a Deus. — falou revirando os olhos, quando o sinal bateu pra voltar pra sala. Letícia estudava no segundo e eu no terceiro, por mim reprovava só pra ficar perto dessa maluca.

Bruno: Tá querendo ficar longe de mim mesmo né? — falei me levantando, passando meu braço no pescoço dela em seguida.

Letícia: E não é que você adivinhou? — sorriu falsa se esquivando do meu beijo. — Sai Bruno! Já falei que não tô boa com você! — falou retirando meu braço e saiu sem nem olhar pra trás.

Olhei pra aquela raba maravilhosa e passei a mão na cabeça, voltando pra minha sala com uns pensamentos proibidos. Ela sabe que me tem fácil, desgraçada!

Mandei mais de 10 mensagens e quem diz que ela me responde? Respondeu nada mano! Visualizava e não respondia, sabendo muito bem que eu fico puto com isso.

O sinal da saída bateu e eu só peguei minha mochila e vazei pra esperar minha encrenca. De longe avistei ela conversando com um moleque em cima de uma moto, que por sinal era o tal amigo dela.

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