📍Rio de Janeiro.
"O amor verdadeiro sempre merece um novo recomeço. Cometer erros é da natureza humana, visto que não somos perfeitos. Conceder o perdão uma única vez é acreditar na evolução do indivíduo. Temos o dever de acreditar, que o amor e a...
Esses dias um silêncio se formou dentro dessa casa, onde eu respeitei os sentimentos do Bruno que tinha entrado com tudo no seu coração. Eu sabia que ele não queria me sobrecarregar com nada do tipo, ainda mais desse assunto sobre a sua mãe.
Ele estava mal, abatido, não gostava de tocar no assunto, não sabendo ao certo se era por conta de mim em relação a mãe dele, ou se era por se sentir culpado não conseguido ter feito nada por ela.
Nesse momento eu tinha que esquecer de tudo e ficar ao seu lado, pois ver ele chorando pelos cantos me quebrava demais. Por isso me coloquei em seu lugar, nunca queria perder a minha mãe apesar de qualquer coisa, pois ela continuava sendo a minha mãe, então eu tinha que ser madura e demonstrar que ele não estava sozinho nessa, que ele tinha a sua família do seu lado.
No dia que eu peguei ele me analisando sobre o sofá, me deu uma dor imensa dentro do meu coração, ainda mais vendo ele invulnerável me pedindo desculpas por ter perdoado a sua própria mãe.
Aquilo pra mim foi o fim, pois era numa inocência naquele momento por cada palavra e gesto seu, doendo na alma em saber que ele pensava na gente o tempo inteiro, sempre botando a sua família em primeiro lugar.
Acabei colocando o último sapatinho da minha filha na gaveta, onde eu estava aqui terminando de arrumar tudo pra sua chegada, pois ela poderia vir a qualquer momento. Esperando muito por isso, pois vai marcar a minha vida novamente de uma forma inesquecível!
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Bernardo: Mãe? — parou no batente da portão fazendo eu me despertar, me virando na sua direção. — Eu posso sair com a tia Bina e o tio Breno? — perguntou com cara de cachorro sem dono, fazendo eu soltar um sorriso de lado.
Letícia: Você já pediu por seu pai? — ele negou sem jeito, fazendo ele entrar parando no meio do quarto, analisando algumas coisas com curiosidade.
Bernardo: Ele está no sofá assistindo televisão, não quis incomodar. — falou vendo alguns brinquedos que o Bruno comprou esses dias, deixando um sorriso tomar seu rosto. — Ele tá triste porque minha vó morreu né? — me olhou de relance um pouco sem graça, fazendo eu concordar contragosto, doendo um pouco por ele chamar ela assim, não querendo entrar naquela vibe de novo.
Letícia: Sim meu amor! Mas acho legal você chamar ele pra jogar um vídeo game. — pisquei pra ele, que parou na minha frente passando a mão na minha barriga. — Ele precisa se distrair, você não acha? — passei a mão nos seus cabelos fazendo ele concordar com a cabeça, sentindo minha filha se mexer para o irmão, que estava ali com a sua mão quentinha sobre a minha pele.
