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Lele

Lele: Eu tô partindo agora irmão, tô pouco me fudendo pro o que o TH acha ou deixar de achar! — peguei minha mochila botando as roupas dentro dela, com o coração a milhão só querendo pegar meu filho no colo.

Dino: Eu tô ligado, mas essas horas cê pegar a estrada também não é bom parceiro! — segurou meu ombro, onde nada iria entrar na minha mente, até porque eu estava convicto que eu queria ver meu filho.

Lele: Meu filho porra! — falei alterado, mermo não querendo ter falado com ele daquela maneira, mas eu tava aflito sem notícias dela, e quando eu tenho, vejo o Bruno segurando a barra que era pra mim ter essa responsabilidade pô.

Dino: Eu vou com tu, não vai ficar sozinho nessa parada não! — falou pegando suas coisas, mermo eu não querendo envolver ninguém nisso, pois TH enxeria a mente de geral, mas tô ligado que o
Dino segue na caminhada comigo.

Por fim, se ajeitamos pra pegar a estrada, querendo somente ver o meu pivete e a minha mulher, me culpando de todas as formas quando ela me cobrou esse momento da gente.

Mas o que eu posso fazer? Eu não tinha escolha naquele momento, e eu também não iria imaginar que ela ia parir por agora. O tempo não tem mais volta, agora é tacar o pé na estrada e ir de encontro com a minha família.

Dino ia pilotando a moto enquanto um filme se passava na minha cabeça, parecendo que tudo que a gente viveu veio tomando minha mente, até chegar a notícia que eu ia ser pai.

Tudo muda tá ligado? As responsas, a rotina, a vivência com a tua mina. As metas que a gente queria antes de ter filho ficou de lado, pois a partir do momento da sua descoberta, começamos a focar em preparar tudo de bom pra ele.

Tô ligado que a Bárbara deve estar magoada comigo, mas ela sabe dos proceder que eu levo, querendo que ela entenda o meu lado, pois ela sabe mais do que ninguém que eu sempre esperei por esse dia pô!

Eu tava nervosão, fazendo meu coração disparar de uma forma louca, ainda mais quando eu vi ele pela a tela do celular, ali não deu irmão. Chorei mermo, querendo gritar pro mundo todo que o meu filho tinha vindo ao mundo, principalmente pro meu coroa, que deve tá felizão por tudo que eu tô conquistando na minha vida.

Lele: Só te peço pai, protege minha mulher e o meu filho de todo o mal, cuida deles! — falei baixinho quase não dando de escutar, deixando uma lágrima escorrer pelos os meus olhos. — Obrigada por ter enviado alguém que cuidou da minha Bárbara pô... — mal consegui terminar de falar, um arrepio tomou o meu corpo de uma forma surreal, fazendo eu me segurar na rabeta da moto tentando controlar os meus sentimentos, que tava uma mistura dentro de mim.

•••

Lele: Amor? — abri a porta do quarto vendo ela dormindo, fazendo eu encostar a mesma sem fazer barulho e caminhar até a sua cama.

Um sorriso brotou nos meus lábios, fazendo eu me aproximar mais e acariciar seu rosto cansado. Analisando aquela garota que eu me apaixonei quando eu tinha uns 8 anos de idade, aquela que foi a minha primeira namorada, aquela que eu já magoei tanto e meu deu uma segunda chance, que só enche meu coração de gratidão por ter uma mulher tão parceira, que muda os meus dias pra melhores papo reto.

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