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Letícia

Bernardo: Meu pai não sabe dançar mãe, ele tá pisando no pé da minha vó o tempo todo! — falou cochichando me tirando uma risada, não me aguentando com esse menino, fazendo ele gargalhar junto a mim jogando sua cabeça no meu ombro.

Bruno girava minha mãe pro lado e pro outro, fazendo graça o tempo todo com ela, que nem gostava né? Logo ela que é a defensora dos genros!

Letícia: Não tem nem como ajudar ele nessa ocasião, porque o Bruno é muito ruim mano! — arregalei os meus olhos, fazendo uma careta pra Bárbara que concordou.

Lele: Eu nem me arrisco, faço maior papelão, capaz de deixar a velha cair pô! — soltou um riso de lado, me fazendo gargalhar com a Bárbara.

Maria Paula: Cansei! — se aproximou da mesa suspirando, onde bebeu um gole do seu copo, fazendo Bruno se sentar do meu lado cansado.

Lele: Amassou hein? — prendeu o riso, fazendo Bruno olhar com deboche pra ele, sabendo que ele tava era tirando com a sua cara.

Bruno: Eu não danço, eu dou aulas! — devolveu a brincadeira piscando na sua direção, fazendo a gente gargalhar, onde minha mãe estava olhando pros dois e negando com a cabeça, com certeza se passando várias paradas naquela mente perturbada.

Bernardo: Que horas vai ser o parabéns? — mexeu no guardanapo em suas mãos. — Não tem nada pra fazer, não tem ninguém pra brincar! — pousou sua mão debaixo do queixo sem ânimo, um pouco sem paciência.

Letícia: Vai lá jogar vídeo game com o seu tio. — apontei pro Leonardo que tava de graça com a Tatá, que segurava o Lucas em seu colo toda babona.

Bernardo: Não mãe, eles não me dão mais atenção, agora é só o Lucas! — falou cabisbaixo revirando os olhos fazendo todos se entreolhar, sabendo que isso era ciúmes do primo, mas era algo normal de criança.

Bruno: Claro que não filho, só que ele é menorzinho e precisa de mais atenção, entendeu? — passou a mão nos cabelos dele, que encarou o Bruno perdido. — Quando a gente chegar em casa, desenrolamos uma partida, fechou? — ele concordou sorrindo, vendo que eu vou ter que trabalhar isso com ele, ainda mais quando sua irmãzinha nascer.

Bernardo sempre teve toda atenção do mundo pra ele, aí agora que a casa tá cheio de criança, ele acaba sentindo que ninguém quer dar mais atenção que ele sempre teve. Ele era único neto, único filho, único sobrinho, tudo era basicamente pra ele, mas agora ele tinha que dividir isso com o primo e a irmãzinha que ia nascer.

Leonardo: Esse moleque tá estragado papo reto! — falou com nojo se aproximando da mesa com a Tatá, se referindo que ele tinha feito cocô.

Tatá: Saí pra lá então meu filho! — empurrou ele pro lado, fazendo gesto pra Bárbara dar a bolsa do menino. — Vou lá trocar ele e já volto! — falou  sorrindo cheirando a testinha dele, onde Bárbara se levantou e foi junto com ela pra dentro de casa.

Letícia: Ela é tudo né? — falei amorosa fazendo todos concordarem. — Cê segura ela hein, porque igual essa você não acha! — apontei pro Leonardo que imitou as minhas palavras afinando a voz, fazendo careta pra mim em seguida.

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