Bruno
Bruno: Fala Leandro, o que você quer tanto falar comigo! — falei encarando ele sério, onde o mesmo estava de cara fechada, mas não tinha tanta raiva nos olhos como da última vez.
Lele: Aqui não é lugar pra isso! — falou grosso ainda de braços cruzados. — Vou desenrolar um endereço, meia hora tô marcando lá! — falou rude, fazendo eu entregar meu celular pra ele, que digitou o tal endereço me entregando o mesmo em seguida.
Troquei meu último olhar com ele saindo sem me virar pra trás, só pensando no que esse bosta tem pra me falar depois de tudo que me fez. Eu só queria uma explicação por que tanta raiva de mim, ainda mais naquele dia que eu inventei de brotar naquela barreira.
Embarquei no carro abrindo a tela do meu celular, vendo milhares de mensagens da Letícia totalmente desesperada pra falar comigo. Acabou que até um sorriso brotou em meus lábios, por saber que ela estava toda assim por minha causa, deixando meu coração palpitado por essa mulher.
Eu não queria encher a mente dela com qualquer coisa, sabendo que ela ia ficar mais nervosa do que já estava. Primeiro eu iria escutar tudo que esse cara tinha pra falar, pra depois eu conversar com a Letícia com calma.
Por fim, abri o tal endereço que ele tinha me passado, respirando fundo vendo o mesmo marcar em um apartamento no Leblon.
Girei o pulso vendo a hora no relógio que marcava 17:40h da tarde, seguindo pro meu apartamento antes de brotar por lá, pois eu sabia que a conversa não ia ser rápida, tínhamos muito do que tratar... eu tinha muita coisa pra botar pra fora!
•••
Lele: Tu tá ligando que eu não vou com a tua cara antes, ainda mais agora que tá se pagando de bom pro lado da Letícia né não? — assoprou a fumaça do cigarro pro ar, onde o mesmo estava sentado em um sofá e eu em outro só olhando seu jeito de me fitar.
Bruno: É sério que você me trouxe aqui pra dizer que não gosta de mim? — ri sarcástico. — Eu também não gosto de você, nenhum pouco Leandro! — fechei a minha cara, vendo ele não desviar seu olhar do meu.
Lele: Tu foi um fudido Bruno! — se levantou puto, apontando pra mim. — Sabe o que é ver uma mina que você tem como irmã, se privar de várias paradas? Porque o bosta que ela amou um dia, meteu o pé e deixou ela com uma cria na barriga? — seu rosto estava vermelho de raiva, deixando suas veias aparecerem no seu pescoço.
Bruno: Tu não fala o que não sabe! — apontei pra ele de volta, me deixando puto com essa história que todo mundo me culpa o tempo todo, onde várias pessoas mentiram pra mim me deixando com uma cara de babaca. — Eu nunca na minha vida deixaria a Letícia passar por aquela barra sozinha, eu nunca iria embora sabendo que ela tinha ido atrás de mim! — respirei fundo, deixando meus olhos vermelhos querendo chorar. — Eu sempre fui louco pra ela me escutar, pra que a gente se entendesse, corri feito doído por todo canto desse Rio de Janeiro atrás dela! — falei impaciente querendo me explicar pra um cara que eu não precisava, mas ele tinha que saber da minha boca tudo que fizeram questão de dizer ao contrário.
Leandro se jogou no sofá novamente, me encarando querendo escutar tudo que eu tinha pra falar, mas ele tava impaciente batendo o pé no chão.
Bruno: Eu sofri pra caralho... — minha respiração começou a ficar pesada. — Eu tive que fazer uma parada que eu não queria, por conta que meu pai ameaçava a Letícia botando sua vida em risco! — meus olhos marejaram, vendo ele não acreditar no que eu acabei de falar. — Cê sabe o que é fazer isso doendo na alma? — senti meu peito arder em me lembrar disso. — Eu perdi a pessoa que eu mais amo Leandro... — minha voz saiu falha. — Eu perdi meu mundo quando eu tive que partir daqui, de onde eu tinha uma vida com ela, partir pra um lugar completamente longe de tudo! — falei chorando, vendo ele me olhar perdido, com certeza não esperando isso da minha parte.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Nosso Recomeço
Fanfic📍Rio de Janeiro. "O amor verdadeiro sempre merece um novo recomeço. Cometer erros é da natureza humana, visto que não somos perfeitos. Conceder o perdão uma única vez é acreditar na evolução do indivíduo. Temos o dever de acreditar, que o amor e a...