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Bruno

Estacionei e caminhei até a areia me sentando na mesma, onde meu peito ardia de uma forma que eu nem conseguia decifrar, como se alguém tivesse arrancado meu coração fora.

Tinha umas 30 chamadas da Kamila, mas eu nem fiz questão de atender. Eu só queria ela, a minha encrenca, a minha morena...

Eu tô sentindo minha vida desabar cada vez mais, começando pelo meu namoro, que acabei perdendo a pessoa que eu mais amo. E agora pela proposta do meu pai, que só pensou nele sem querer saber dos meus sentimentos.

Fiquei ali a manhã inteira vendo o mar, quando deu 12:00h eu fui pra casa tentar lidar com essa dor e pensar nessa distância, que ela fez questão entre a gente.

Estacionei a moto na garagem e entrei vendo minha mãe almoçar com o Breno. Seus olhares pararam sobre mim, fazendo minha mãe se levantar e vir na minha direção, com certeza notando meu rosto vermelho pelo choro.

Leila: Você estava chorando Bruno? — perguntou preocupada, fazendo eu negar na hora.

Bruno: Entrou um bicho no meu olho enquanto dirigia, só isso. — menti tentando passar por ela, mas ela me impediu parando na minha frente.

Leila: Aconteceu alguma coisa? — perguntou e eu neguei saindo dali, subindo as escadas indo pro meu quarto sem querer trocar uma palavra com ninguém, muito menos com ela.

Me joguei na cama e chorei pra caralho, de saber que eu perdi ela por culpa minha mesmo. Em saber que ela pode gostar de outro me deixa doido, porque eu tenho olhos só pra ela, ninguém entra na minha vida a não ser ELA!

Breno entrou no meu quarto fechando a porta, automaticamente limpei meu rosto fazendo ele me encarar de braços cruzados, encostado na escrivaninha não falando nada por alguns segundos.

Bruno: Que foi Breno? — perguntei indo no banheiro lavar meu rosto, sabendo que ele tava preocupado comigo.

Breno: O que rolou mano? — perguntou se sentando na cadeira giratória, querendo entender a minha reação de quando eu cheguei.

Bruno: Ela terminou comigo Breno. — ele me olhou surpreso como se não tivesse acreditando, achando que eu tava de graça com a cara dele.

Breno: Pera aí! Tá de brincadeira né? — olhei pra ele com cara de poucos amigos. — E a viagem que você preparou Bruno? — perguntou espantado querendo uma resposta.

Bruno: Começo foi tudo muito bom, mas acabei fazendo merda e isso esgotou tudo entre a gente. — falei vendo a foto de tela no meu celular, onde era a gente na praia abraçados como gostávamos de ficar.

Breno: O que cê fez mano? Cara se não é um, é o outro, não é possível... — falou negando impaciente, onde o mesmo ficou me esperando eu soltar tudo que aconteceu.

Contei tudo pra ele, desde os ciúmes até hoje. Porra, cada palavra que eu falava eu me sentia um merda de ter feito todas essas coisas com ela, onde Breno me olhava sem expressar nada, só me escutava tentando assimilar tudo.

Breno: Deixa as coisas esfriarem! — falou me olhando firme. — Da o tempo dela Bruno, no fundo, ela tá certa! — falou de boa e eu neguei eufórico, não aceitando esse término nosso.

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